segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Os Princípios da Bandidagem! (ou a resposta ao Cactus Jack)


Se há actividade que não se compadece com regras, obrigações ou vínculos de outra espécie, essa actividade é a bandidagem!
The way I see it, são poucos (mas bons!) os princípios que nos orientam, a nós bandidos na demanda pelo gado. Esses princípios, que mais do que princípios poderiam ser elevados a uma categoria superior, quiçá ao nível de um imperativo categórico kantiano (isto sou eu a tentar mostrar que, não obstante o orgulho de pertencer à classe de tão reles bandidos, tento espalhar, aqui e ali, um pouco de magia e cultura para que os visitantes do nosso versátil pasquim possam beber todo o tipo de néctares da sapiência).
Assim, a máxima pela qual todos nos regemos é “roubarás, mentirás, ludibriarás, enganarás, e farás tudo o que for necessário para tresmalhar gado, excepto desrespeitar os teus colegas bandidos!” Julgo que, mais coisa menos coisa, será isto – caros colegas bandidos, sintam-se à vontade para emendar a mão, sugerir alterações ou retoques (embora isso fosse um pouco abichanado...).
Ainda que a máxima possa ser objecto de discussão, o que julgo ser incontestável é que a bandidagem é uma arte livre, comprometida apenas com o desígnio máximo tão bem postulado no sub-título deste blog. A bandidagem é uma arte que vive do timing, da situação e, por que não, da inspiração.
Por mim falo (estou a falar, não se metam com merdas!) quando digo que não sinto a obrigação de vir aqui partilhar todos os meus presságios de bandidagem convosco. Aliás, invejo a profusão de trampa que sai do teclado do Cactus que mais parece o tiro de rajada de uma Tommy Gun! Meu caro, alvíssaras para ti! E até proponho um título ad hoc para tão valiosa contribuição, a Bala Joaquina (estenógrafa do tribunal de Freixo de Espada à Cinta que, de nada ter que fazer e de ser um daqueles bagulhos que ninguém toca, treinava a técnica profissional a toda a hora, de tal modo que se tocava com dedos vários, como quem transcreve o testemunho do Carlos Cruz em sede de processo Casa Pia).
Ora, eu tenho este espaço como um saloon! Aqui a malta encontra-se, manda uns tiros, partilha uns copos, e depois vai para a rua assaltar bancos, arrombar cofres, roubar senhoras desnudas! Eu vou ao saloon quando tenho coisas para partilhar, não passo por lá todos os dias só porque sim. Aliás, qualquer ida ao saloon vestida no manto da obrigação não tem qualquer graça.
Para concluir, entendo que todos nos devemos reger pela máxima da bandidagem e que este saloon deve estar aberto para os bandidos que o querem frequentar, quando o querem frequentar. Isto sem prejuízo de bandidos que não bebem (aqui, falando metaforicamente porque todos sabem as capacidades de armazenar líquidos que ostenta o ex-bandido Síndrome) virem a ser impedidos de frequentar o saloon por não pagarem o dízimo.
Caro Cactus, não te excites. Este pasquim é volátil, mas não pára de crescer!

1 comentário:

Cactus Jack disse...

Não percebeste a ponta dum caralho do que eu disse! O que eu quero saber é se estamos nesta merda juntos (com a exposição que os nossos heterónimos permitem) a coisas tão insignificantes como os Prémios Bala (com o machado a pairar sobre as nossas cabeças sempre que fazemos alguma coisa menos boa) ou se, ao invés, decidimos que como já há 6 ou 7 pessoas que sabem a quem correspondem as identidades que aqui usamos, fazemos desta merda uma coisa totalmente diferente (na qual os Prémios Bala não têm lugar por total perda de justificação). Capice?!