segunda-feira, 28 de março de 2011

Um problema de origem escatológica



Um poema de João Vasconcelos e Sá escrito em 1934 e tão actual.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Futre e as "ideias" para o futuro do Sportem



Tão, mas tão, mas tão, mas tão GI-GAN-TE!!!

quinta-feira, 24 de março de 2011

A frase da semana # 57



"E porque é que eu havia de ter medo do FMI?! O governo já me tirou a pele e a carne, eles agora já só vêm roer os ossos."

by Anónimo

segunda-feira, 21 de março de 2011

I walk the line



Este fim-de-semana a lua esteve em sintonia comigo: estávamos os dois cheiiiiiiiiinhos!!!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Import/Export # 61: O golfe com IVA a 6%



«A intenção do Governo de reduzir para 6% a taxa do IVA sobre a prática do golfe é um orgulho para os golfistas e uma vergonha para os sindicalistas. (...) O fenómeno volta também a indicar uma relação preocupante entre a contestação social bem sucedida e o uso de calças ridículas: depois de manifestantes dos anos 70, com as suas calças à boca de sino, terem obtido conquistas sociais importantes, os golfistas conseguem agora o seu lugar na história da luta reivindicativa. (...)
Além dos golfistas, o Governo também está de parabéns. É verdade que cedeu a um grupo social, mas soube fazê-lo enviando um sinal à sociedade: em Portugal, o golfe é um desporto cada vez mais barato, e ser pobre é um desporto cada vez mais caro. A mensagem do Governo é clara: «Portugueses, não sejam pobres.» É tão caro ser pobre em Portugal, com todas as medidas que o Governo tem tomado para taxar a pobreza, que só por teimosia um grupo cada vez mais alargado de pessoas se mantém pobre. Por preguiça ou burrice não levam a sério o esforço que o Governo tem feito, através de cargas fiscais e outras penalizações, para desencorajar quem insiste em ter má qualidade de vida e premiar quem tem boa qualidade de vida.»

by Ricardo Araújo Pereira in "Boca do Inferno", revista Visão (17.Março.2011)

terça-feira, 15 de março de 2011

Uma compila... FEB/MARÇO



O drift do fim é de poeta, quero uma para mim já!!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

TOP!!!



Parar o autocarro é qualquer coisa!! Use The Force Luke... ( 1.59 min)

O jogo mais aborrecido de sempre!!!



Tão, mas tão bom!!!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Com a PT, quem paga é você!



«A PT não pagou impostos pela venda da Vivo por 7,5 mil milhões de euros, já que foi tudo feito pela Holanda. A PT aumentou os lucros em mais de 800% e conseguiu pagar menos impostos. A PT vai despedir - desculpem, "rescindir com" - 600 pessoas. A PT teve agora direito a 250 milhões de benefícios fiscais. É assim que se combatem as crises. Com a ajuda de todos. Obrigado.»

in Jornal i (09.Março.2011)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Coisas que me vão acontecendo...!



O discurso que segue infra é real e aconteceu à minha pessoa na passada noite de segunda-feira, por alturas de celebração do entrudo numa das muitas e boas (!) discotecas de Coimbra. É uma delícia e um motivo de orgulho!!

Random Girl #1: Olá.
Cactus: Oi.
Random Girl #1: Olha, sabes quem eu sou?!
Cactus: Nope.
Random Girl #1: Mas eu sei quem tu és.
Cactus: 1-0 para ti.
Random Girl #1: Sabes quem eu sou, sim senhora!
Cactus: Isto não vai correr bem...
Random Girl #1: Conheci-te há uns 3 anos, naquela discoteca ao pé do rio.
Cactus: Still nothing.
Random Girl #1: E se te disser que fui namorada do Paulo?!
Cactus: Ah!, okapa, já me lembro. Isso já foi há muito tempo. Que rica memória...!
Random Girl #1: Olha, diz-me uma coisa: estás à altura do que dizem de ti?!
Cactus: Muito dificilmente.
Random Girl #1: Mas ouvi dizer...
Cactus: Não acredites em tudo o que ouves.
[Entretanto aproxima-se outra fêmea, amiga da primeira]
Random Girl #2: O que é que estás a fazer?!
Random Girl #1: Deixa-me estar.
Random Girl #2: O Filipe está à tua procura. Anda.
Random Girl #1: Não me apetece. Prefiro ficar aqui com o Cactus.
Random Girl #2: Mas... mas ele é um dos malucos de Coimbra!!!

P.S.: O discurso e a minha indiferença são reais, sendo que apenas os nomes são fictícios (por razões de susceptibilidades e assim). Se isto não orgulha um bandido, não sei o que orgulhará...!!!

Nada sobra na Igreja...!



Eu, conforme prometido, até tenho andado calado no que a assuntos de bola diz respeito, mas não resisto a mostrar o vídeo que anda a correr no youtube onde se vê a "falta" (seguida de "agressão") que o Javi Garcia faz sobre o Alan no jogo Braga-Benfica do passado fim-de-semana.
Só estranho que imagens tão clarificadoras como esta (!) não tenham passado na SportTv que insistia em mostrar-nos as costas dos dois protagonistas...!!*

in http://www.youtube.com/watch?v=JSdCYgYXsiU&feature=player_embedded

E depois, vejam ainda a opinião independente e desinteressada do Eduardo Barroso sobre este lance no programa da TVI24:



*A minha figura de estilo preferida é a ironia (sarcasmo, se preferirem).
** E devo acrescentar que o vídeo (que ainda se encontra disponível no youtube), já perdeu a permissão para ser incorporado (razão pela qual não é aqui disponibilizado directamente), o que significa que em breve deverá "desaparecer" da Internet...!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Aula de atracção e/ou infidelidade # 1: A explicação biológica



«No pico da fertilidade, as mulheres estão mais interessadas em ir a festas e discotecas e vestem-se de maneira mais atraente (na opinião de homens e mulheres). Algumas atitudes delas em relação aos parceiros também mudam, de acordo com uma investigação de Haselton e Christina Larson, da universidade de UCLA.
"As mulheres que têm relações estáveis com homens que não são sexualmente muito atraentes - aqueles a quem falta o equivalente humano da cauda do pavão - começam de repente a reparar noutros homens e a entrar em jogos de sedução", explica Haselton. "Também são mais críticas dos parceiros habituais e sentem-se menos em uníssono com eles durante os dias anteriores à ovulação". [No outro lado da barricada], o homem pouco atraente ficou particularmente ciumento e controlador durante esse período.
Todavia, isso não quer dizer que estejam a planear ir-se embora. "Essas mulheres não revelam qualquer mudança no sentimento de compromisso", acrescenta Haselton.
Isto confirma a explicação evolucionista dos "genes bons" para o adultério: um caso rápido com um indivíduo bem-parecido pode produzir uma criança com melhores genes, que por sua vez terá mais possibilidades de transmitir os genes da mãe.»
in iReportagem (04.Março.2011)

Resumindo e baralhando, o conselho a dar aos bandidos é - como reza, aliás, aquela célebre anedota - estar atento às discrepâncias estéticas dos casais e... deixá-las poisar!!!

A tempestade perfeita



«Portugal tem a tempestade perfeita a formar-se sobre a sua cabeça. A Euribor vai subir, o petróleo bate recordes, os impostos estão a asfixiar o poder de compra e os juros a que o governo se está a endividar hoje vão custar mais de 10 mil milhões [de euros] por ano a partir de 2013.»

in Jornal i (04.Março.2011)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Malandro que é malandro não quer ser doutor!!!

Import/Export # 60: O cafajeste do smoking impecável



«Um amigo chegou e me disse: "Pare de ser conspícuo e seja mais perfunctório..." Humilhado, resmunguei de cara limpa: "Claro, claro...". Corri ao [dicionário]: "conspícuo" me parecia coisa de sexo, "concupiscência", mas não é; quer dizer "grave, sério, buscando a profundidade". Já "perfunctório" eu sempre desprezei; palavra feia, lembrando supositório, "perfunctórios de glicerina". Designa algo raso, rotineiro, óbvio.

Já contei que na internet rolam artigos que nunca escrevi sobre mulheres. São textos piegas, adocicados, com patéticos elogios à "mulherzinha objeto". Atribuíram-me uma crônica chamada "bunda dura", onde o falso eu fala que mulher pode ser bela com celulite e ter nádegas flácidas... Na rua, fui abordado por uma senhora fina que me declarou arquejante de orgulho: "Eu tenho bunda mole!" E saiu andando, em doce contentamento. Sou amado pelo que não escrevi. Por isso, por vingança e falta de assunto, hoje serei perfunctório sobre mulheres, neste texto apócrifo por mim mesmo.



Começo dizendo que é preciso muita atenção para saber se a mulher te ama mesmo ou se quer saber se é amada. Para o teste, Nelson Rodrigues criou a fórmula: "Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada, não há amor possível." Isso. A mulher está sempre atenta para saber se é amada ou não. Uma frase mal colocada, um olhar distraído para outra mulher podem deflagrar um drama de cinco atos. Tom Jobim sintetizou essa verdade universal, quando disse: "É... mulher enguiça!.." Essa frase é luminosa. Por exemplo, você foi jantar com ela, champanhe, flores, uma noite feliz e, de repente, você olha para o lado e ela está imóvel, olhando fixo para o nada, rosto duro. Pronto, enguiçou - igual a automóvel. Você implora uma explicação: "Que foi que eu fiz? Olhei para alguém?" Ela te fita com desprezo em lívido silêncio.

O pior é que isso te arremessa ao desesperante labirinto da D.R. (a "discussão da relação"). Nisso, elas nos dão banhos de dez a zero. Na D.R., elas fazem revelações terríveis, ódios secretos e fraquezas de menina. A mulher é mais verdadeira no ódio. Você fica emaranhado numa teia de acusações, lamentos, escárnio e é paralisado até a sentença final, como os machos de gafanhotos: "Eu sou boa e você é mau!"

Se você for realmente mau, saiba que isso é bom e lhe faz respeitado de forma oblíqua, sub-reptícia. "Meu marido é um canalha!" - geme a mulher para as amigas, com um tênue sorriso de orgulho. E as amigas suspiram, invejando-a pelo adorável canalha que a maltrata. Como são amados os malandros...

O fiel não tem graça. É tedioso, está ali para sempre, enjoado, sem drama. O canalha é aventureiro, malvado, encarna um sonho intangível para a mulher. Todo galã é impalpável. Uma mulher me falou: "Quando um cara me diz "eu te amo", perco o interesse na hora!"

Mulher desconfia de homem bom; o bondoso perde a aura de perigo, o bondoso humilha o favorecido - nada ofende mais que o benefício, nada agride mais que a bondade explícita.



Este texto está muito rodriguiano; aliás, Nelson me contou uma vez a parábola do "cafajeste do smoking impecável". A mulher insultava o amante aos berros; ele imóvel, num smoking perfeito, fumando de piteira, indiferente às ofensas que ela atirava, de dedo espetado e olho em brasa. Aí, ela arriscou: "Você não é homem!" O cafajeste jogou o cigarro fora, guardou a piteira com discreta elegância e assestou uma bofetada rutilante na mulher. Pronto! Banhada em lágrimas de paixão, ela agarrou-se às suas pernas. Era o amor, enfim.

Alguém disse que o desejo dos homens e mulheres é serem desejados. Ninguém ama um "sujeito". É impossível comer um "sujeito". O sexo exige objetos. Os homens pensam que são "sujeitos", donos de seu desejo; a mulher finge que acredita e se faz de "objeto" para ocultar o que realmente quer ser - toda mulher quer ser objeto, mas isso não as faz menos objetivas. Mesmo apaixonadas, as mulheres são pragmáticas; cada beijo tem a estratégia de um projeto de vida. Manipulam o galalau apaixonado, mais romântico e bobo que elas, que não entende que ela tem múltiplos sentidos e está sempre nos equivocando; não porque sejam "móbiles", frívolas, mas porque funcionam assim, como raízes buscando vida. A mulher não é linear e sucessiva; ela é constelada.

Por isso é que todas querem casar, para prender numa moldura a insuportável liberdade que pensam querer.

E muitas têm a secreta inveja da prostituta - pela coragem de viver uma vertigem de pecado e liberdade. "Por isso, certas esposas precisam trair para não apodrecer. Na mais degradada das prostitutas sobrevive algo de intacto, de intangível, de eterno. Esse mínimo de inocência sempre a salva." (N.R.)



E por aí vamos, baixando o nível para enxergar a verdade do óbvio.

O maior mistério que vivemos é a diferença entre sexos. Talvez o único mistério. Por mais que queiramos, nunca chegaremos lá. Há alguns exploradores: os veados, sapatões, travestis, que mergulham nesse mar e voltam de mãos vazias, pois nunca saberemos quem é aquele ser com útero, seios, vagina, aquele ser maternal, bom, terrível quando contrariado no "ponto g" da alma. Por outro lado, elas nunca saberão o que é um pênis pendurado, a porrada num jogo do Flamengo, nunca saberão do desamparo do macho em sua frágil grossura. Elas jamais saberão como somos.

A mulher se santifica quando é traída. A amante do marido sempre é uma "vaca ou vagabunda"...sempre. A mulher traída triunfa em sua dor e muitas não acreditam no abandono: "Ele me ama; não sabe, mas ama...".

E quando ela trai, sempre invoca o motivo mais alto: a paixão. A paixão da adúltera a justifica e absolve. Ela é conspícua; só o corno é perfunctório.

As mulheres são imprevisíveis como a natureza. O homem se crê acima, mas as mulheres estão dentro.

Elas ventam, chovem, sangram, elas têm inverno, verão, "TPMs", raiam com a luz da manhã ou brilham à noite, elas derrubam homens com terremotos, elas nos fazem apaixonados porque nelas buscamos um sentido que não chega jamais.»

by Arnaldo Jabor in www.estadao.com.br (01.Março.2011)

terça-feira, 1 de março de 2011

A frase do dia # 427



«Volto aos cantos do Barcelona: não é o espaço aéreo que eles buscam, onde domina o choque e o físico. É o [espaço] da relva, onde a bola - que vem do couro, da vaca, que come erva - se sente em casa.»

by Carlos Daniel in Jornal de Notícias (01.Março.2011)

Import/Export # 59: Portugal é um imposto



«Portugal já não é um País. É um imposto. No Estado ninguém tem uma ideia que não passe por um imposto, por uma taxa ou por uma coima.
Em Portugal vive-se para pagar impostos. Há quem lhe chame um suicídio colectivo. É por isso que ninguém se admira por Ana Jorge, acusada de ser ministra da Saúde, ter colocado a hipótese de se criar um imposto só para o sector que tutela. Julgava-se que um ministro existia para gerir inteligentemente, com os recursos que tem, o sector do Estado pelo qual é responsável. Ingenuidade nossa. Um ministro existe para aparecer na televisão e para ser o Professor Pardal dos impostos. Mesmo que sejam absurdos. Mesmo que os portugueses já não se consigam mexer no meio de tanto imposto. O imposto é uma rotina, o nosso circuito de manutenção. Em Portugal tudo paga imposto. Só estão isentos os ministros que dizem dislates como Ana Jorge. Ela pensa que o imposto é a solução para a sua falta de ideias e a sua incapacidade para gerir a Saúde. Portugal trabalha para pagar impostos. O Governo existe para os gastar em tudo e ainda pedir outros para coisas específicas. O Governo só sabe duas palavras: arrecadar e esbulhar. A sua única actividade conhecida é hoje legislar a taxa, cobrar o imposto, passar a coima. É a isso que se dedica o Estado. Consome o País e torna esqueléticos os portugueses. A carga fiscal em Portugal é absurda, mas há quem julgue que o saque não tem fim. Ana Jorge acha que todos os portugueses são Tio Patinhas e têm uma caixa-forte debaixo da cama para pagar os seus delírios. Deveria ser promovida a cobradora de taxas.»

by Fernando Sobral in Jornal de Negócios (28.Fev.2011)