quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Import/Export # 138: A cigarra e o coelho

 
«O povo português é, globalmente, uma cigarra caloteira, lamechas e excedentária. Que o Governo continue interessado em dirigir este lamentável insecto é quase milagroso. (...)
[Todavia, a crítica do ministro Miguel Macedo não era] dirigida aos portugueses, mas ao primeiro-ministro. Um exame mais atento à fábula da cigarra e da formiga [de La Fontaine] não deixa dúvidas. A cigarra da história tem dois desejos: cantar e ficar com uma parte do fruto do trabalho da formiga. Passos Coelho anunciou a intenção de ficar com [mais] uma parte do fruto do trabalho dos portugueses e depois foi cantar (a "Nini" para o concerto de Paulo de Carvalho).»

by Ricardo Araújo Pereira in revista Visão (27.set.2012)

Underdogs


«Com 20% do teu tempo, consegues atingir 80% dos teus objectivos.»

by Vilfredo Pareto

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Import/Export # 137: A mentira da aldrabice


«A credibilidade da política da austeridade deixou de ser uma divergência ideológica, é hoje um problema matemático. Não está a resultar. Como se confia em quem estimava um crescimento de receitas do IVA de 11,6% quando ele, afinal, cai 2,2%? Que credibilidade técnica tem quem, em março, anunciava um aumento dos encargos com o subsídio de desemprego de 3,8% quando eles, em agosto, crescem quase 23%? Como se confiará nas previsões para 2013 depois do fracaso de 2012?!»

by Pedro Santos Guerreiro in Jornal de Negócios (25.set.2012)

Import/Export # 136: O Messias de Massamá

 
«É este Messias, Passos Coelho, que vai regenerar Portugal e que não respeitará os que não tiverem visão, sejam juízes do constitucional, empresários instalados ou bispos com a língua mais desbragada. Quem sabe que vem salvar o país do seu próprio povo não pode estar preocupado com a opinião de eleitores, não se pode condoer com gente piegas, tem de ir muito além da troika e adoptar o lema custe o que custar, ou vai ou racha.
Ajoelhemo-nos perante o Homem, o Messias de Massamá, dele irradia a luz e a inteligência que nos conduzirá pecadores ao Reino de Deus e nele só terão lugar os que Nele acreditarem, os outros terão de emigrar, de se suicidar, de serem condenados ao purgatório eterno do desemprego, da fome, da entrega da casa ao banco ficando com as dívidas.»
 
by Jumento in blog "O Jumento"

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A frase da semana # 85


"As pessoas quando metem a mão ao bolso e não sentem lá dinheiro, saem à rua. Nada vai serenar."

by José Junqueiro, vice-presidente da bancada parlamentar do PS

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A frase da semana # 84


"Portas é dos poucos políticos do mundo com habilidade suficiente para criar uma crise enquanto se gaba de a ter evitado."

by Ricardo Araújo Pereira in revista Visão

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ide roubar pó caralho!

 
«"Portugal vive hoje, sem dúvida, uma das horas mais graves, senão a mais grave, da sua História, pois nunca as perspectivas se apresentaram tão nebulosas como as que se deparam à geração actual." Ao contrário do que parece, esta frase não diagnostica a presente crise, sendo o início do livro "Portugal e o Futuro" do general Spínola, surgido em Fevereiro de 1974. Dois meses depois, o antigo regime acabou. O actual pode não resistir muito mais tempo.»

by Luís Menezes Leitão (Professor de Direito na FDUL)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Import/Export # 135: Astronomia dos bolsos


«(...) A realidade demonstra que não há limites para os sacrifícios [em Portugal]. O limite da algibeira dos portugueses é como a linha do horizonte: por mais que nos aproximemos dele, nunca o atingimos. Passos Coelho e Vitor Gaspar descobriram que, tal como a Terra, também a algibeira dos portugueses é redonda - e serão ambos apontados como pioneiros quando se fizer a história da astronomia dos bolsos.
Atrás de sacrifícios, sacrifícios vêm. E só os sacrifícios que fizemos no passado nos ofereceram agora a possibilidade de estar na posição privilegiada de poder fazer novos sacrifícios. Pouco a pouco, o Governo começa a fazer cortes significativos na despesa: ainda agora cortou 100 milhões de euros na despesa dos grandes empresários. E o trabalho está muito mais barato - excepto para o trabalhador, que tem de pagar um pouco mais para trabalhar. Mas são as leis do mercado: quando um bem escasseia, o seu valor aumenta. Como há poucos empregos, os que existem são caros.»

by Ricardo Araújo Pereira in "Boca do Inferno", revista Visão (13.set.2012)

A frase da semana # 83

 
«É fácil perceber que a maioria dos apoios [às empresas com a diminuição da TSU] vão para sectores dependentes de uma procura interna em queda, que dificilmente vão aumentar as contratações ou fazer novos investimentos em 2013 e nos anos mais próximos. A receita do Governo vai assim acentuar a recessão. Esperemos que isso em 2013 não surja como uma surpresa a justificar medidas adicionais.»
 
by Manuel Caldeira Cabral in Jornal de Negócios

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A frase da semana # 82

"O dinheiro que os portugueses vão perder em 2013 dá para pintar o céu de cinzento."

by Pedro Santos Guerreiro in Jornal de Negócios (12.set.2012)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Pantominices # 1


"Hoje saiu a notícia que o Sporting rejeitou categoricamente, em nome do rendimento desportivo, uma série de milhões por alguns jogadores.
Logo a seguir saiu a notícia que devem dinheiro a outros clubes e a funcionários, pelo que não recebem para já dinheiro da UEFA (os 30 euros mais um Bongo de 8 frutos que a Liga Europa paga)."

by B. in blog "Gordo, vai à baliza!"

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Coelhos, falcões e um bando de cabrões!!

 
«No sábado à noite, Pedro Passos Coelho escreveu, como “cidadão e como pai”, um texto com meia dúzia de parágrafos na sua página do Facebook. Nessa breve nota, quase “intimista”, assinada por Pedro, pretendeu dizer o quão “ingrato” foi, para ele, o discurso em que teve de anunciar as medidas no dia anterior e, ao mesmo tempo, avisar “que os sacrifícios ainda não terminaram”, não fosse alguém esquecer-se que ainda tem muitas “culpas” para expiar antes do “juízo final”. O conteúdo das breves linhas, aparentemente dirigidas pelo primeiro-ministro aos seus “amigos” daquela “rede social”, é uma desastrada tentativa de “humanizar” o primeiro responsável pela sórdida política – a mais sórdida executada em Portugal desde 1976 –, que consiste, em nome dos “falcões” do dinheiro e da especulação financeira, rapinar até ao último cêntimo os magros salários da maioria dos portugueses, sujeitando-os a um indigno calvário de pobreza e humilhações. Como não podia deixar de ser, o tiro saiu-lhe pela culatra: a maioria dos comentários que horas depois já tinham sido feitos, mais de dezoito mil, são críticas de quem não acredita que estas medidas resolvam os nossos problemas, feitas com violência verbal, com achincalhamento político e pessoal do visado, com um requintado exercício de escárnio e maldizer, em muitos casos roçando o impropério e a ofensa que, caso representassem a indignação e a revolta de um país, o colocaria à beira de uma implosão social sem precedentes na sua história. Nem em Dezembro de 1640, nem em Outubro de 1910, nem em Abril de 1975.
[Muitos] milhões de portugueses acreditaram que Passos Coelho falava verdade durante a campanha eleitoral, quando lhes disse que não aumentava impostos ou que não lhes roubava salários inteiros de uma assentada; uma grande parte destes milhões de portugueses acreditou que Passos Coelho lhes falava verdade quando disse que as “gorduras” do Estado davam e sobravam para pagar a factura de todos os desmandos dos governos anteriores, desde Cavaco Silva; uma grande parte destes milhões de portugueses acreditou que Passos Coelho falava verdade quando lhe disse que os sacrifícios eram a dividir por todos os portugueses, incluindo os que possuem riquezas imensas e os que lucram e ganham fortunas; uma grande parte destes milhões de portugueses acreditou que não era possível que alguém eleito o espoliasse desta maneira, como acreditou no equilíbrio dos poderes constituídos pelo regime democrático: que o Tribunal Constitucional servia para alguma coisa, tal como a eleição de um presidente da República.
Agora que a trapaça está exposta na montra, sem embalagem, nem fitinhas a adorná-la; agora que sabemos que o único objectivo deste governo é a redução dos salários e o empobrecimento dos portugueses, aguardamos o desfecho final. Ou tudo isto é só fumaça? Ou apenas “somos, socialmente, uma sociedade pacífica de revoltados”, como disse Miguel Torga?»
 
by Tomás Vasques in Diário Económico (10.set.2012)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Um País à deriva e um coelho ao leme

 
"Neste momento, os portugueses não sabem ainda quanto vão perder em 2013. Isto revela mais do que amadorismo. Mais até do que insensibilidade. Demonstra crueldade. A crueldade de um anúncio mais preocupado com a imagem do Governo do que com a vida dos portugueses. (...)
Estas [novas] medidas de austeridade mostram [que o país é gerido de fora para dentro]: a troika quer, Gaspar sonha, a obra de Passos [Coelho] nasce. Um escreve o texto, o outro implementa, o último lê-o. (...)
Governar é mais do que aumentar impostos e ter "coragem" para anunciar a medida. Até uma criança saberia governar assim."

by Pedro Santos Guerreiro in Jornal de Negócios (10.set.2012)

O b-a-ba desta (incompetente) austeridade


Até o José Gomes Ferreira fica indignado com estas medidas bacocas...!
Enfim, já vai sendo tempo de alguém romper com os "brandos costumes" que nos caracterizam e colocar um lindo e reluzente projéctil  prateado dentro da bonita e oca cabecinha do Pedro. Até porque assim matava-se um coelho...

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A frase da semana # 81

 
"A que espécie pertence o Dr. [António] Borges, com o seu arzinho catedrático e o seu part-time no Pingo-Doce?!"
 
by Vasco Pulido Valente

Poliandrias e outras porcarias













"A culpa da crise é de todos, a culpa do fracasso no combate à crise [em Portugal] não é de ninguém. Como país, evoluímos da culpa para a não-culpa. É mais um indicador em que estamos a fazer progressos."

by Ricardo Araújo Pereira

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A frase da semana # 80

 
"Digo olhos nos olhos: o nosso país não é corrupto, os nossos políticos não são corruptos, os nossos dirigentes não são corruptos."

by Cândida de Almeida (Directora do DCIAP)

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Piadecas d'algibeira # 1


"O Zenit veio a Portugal com uma saca de notas para comprar o Hulk ao FC Porto e o Witsel ao SL Benfica. Sabem porque é que não comprou ninguém ao Sporting CP?! Porque não tinham moedas!!
 
by Anónimo