sexta-feira, 28 de março de 2008

Balgina: vai uma, vão duas, vão três!


A propósito duma estéril discussão entre bandidos, uma de muitas, surgiu a problemática, a controvérsia, a querela, decididamente fracturante desta lusa sociedade de brandos costumes, que nos constringe e nos impede, por exemplo, de profanar túmulos, mormente aqueles com bélhas pejadas de oiro, mas também de brilhar, numa qualquer conversa de café, ou mesmo num palanque, quando é chegada a hora de fazer prova da riqueza vocabular amealhada, ao longo dos anos, por cada um de nós no que concerne ao órgão reprodutor feminino. E bem sei que todos concordarão comigo sobre a importância duma correcta graduação, chavascaló-brejeira, dos inúmeros sinónimos que o povo, a ciência e o meu vizinho Casimiro deram a conhecer a propósito do referido substantivo. Não alcanço, aliás, como pôde esta questão passar sem resposta à sacerdotisa tribo de Levi, a Galileu, nem tampouco como sobre ela se não debruçou o Padre Vitor Milícias, mais preocupados, vai-na-volta, com coisas menores como a fé dos homens, o universo e outras questiúnculas que não interessam nem a baby Jesus, e como pudemos nós, indivíduos amarrados a este cabresto mundo, chegar ao Ano do Senhor de dois mil zero e oito sem que esta questão e/ou graduação estivesse cumprida. Efectivamente, são por demais flagrantes as situações em que não sabemos, por incautos umas vezes, por previdentes outras, que substantivo comum utilizar na definição de tão precioso bem, nem tampouco quanto o mesmo bem se transmuta em adjectivo e, menos ainda, quando haverá possibilidade de o mesmo concordar, em perfeita simbiose, com o substantivo a que se refere. São demasiados os sinónimos de vagina que conhecemos: desde logo, a variante rural do termo medico-científico, balgina, mas que relampeja noutros mais ordinários como são os exemplos de ratedo, crica, snaita, besugo, pachacha, rata, berbigão, buceta (que em terras de Camões significa pequena caixa onde se guarda, entre outras cenas, rapé), xaninha, bussanga, carne mijada, cheirosa, perereca, gruta, vulva, testa rachada, tesourinho, greta, pastel de pêlo, piriquita, racha, xoxota, buraco, abafador de microfones, docinho da vovó, afia-lápis, almôndega cabeluda, asa de frango, azeda, bacalhau, bandida, bichinha, big mac, abre caricas, esfregão, garagem, iogurteira, mealheiro, passarinha, pito (rosado), xereca, terminando nos efeminados, ou infantis se preferirem, pipi e bibi. É muita fruta para uma cabeça que tem alinhadas, de cor e salteado, as ligas e as equipas portuguesas, inglesas, espanholas e italianas de futebol e, ainda, capaz de autorizadas larachas sobre as ligas e equipas francesas, alemãs e holandesas, nos seus dois principais escalões. E a sociedade que nos rodeia nem sempre vê com bons olhos alguns dos sinónimos aqui apresentados. Razões de sobra para lançar o repto à corja de bandidos aqui presentes, e ao apanascado leitor assim em geral, de se pronunciarem sobre a temática supra exposta, por forma a que, de futuro, ninguém seja ostracizado quando, em amena conversa com o sogro, soltar da expressão com “aquela defesa está mais escancarada que a iogurteira da tua filha, pah”, quando o mais correcto seria, porventura, afirmar que as carnes mijadas descendentes de V. Exa. estavam, aquando do primeiro contacto, para lá de bem passadas ou, ao menos, que o referido tesourinho... não estava assim tão bem escondido.
Let the voting begin! – aqui ao lado, palerma(s) --->

quinta-feira, 27 de março de 2008

Factos retumbantes #1


Poucos testes são mais difíceis do que um teste de gravidez...

terça-feira, 25 de março de 2008

Boas Ideias!!! Más concretizações...


Intitula-o a revista “Times” em mil nove novecentos e nove a “Pessoa do Século”! Mas permitam-me uma pergunta: esse título foi a votação? Não quero com isto dizer que não se trata, eventualmente, de uma mente brilhante. De que outra maneira poderia a comunidade científica querer retalhar o cérebro de tão ilustre físico? Certamente não será na tentativa de descobrir uma nova receita onde, ao invés de figurar os tão afamados miolos de leitão, nos surgem as sinapses interneuronais do Xôtor Hans.
Mas pessoa do século?? Não será exigir demais de uma pessoa com uma noção de moda totalmente desleixada, e com uma fisionomia capaz de fazer lembrar as tardadas em frente à TV, aquando o fenómeno intitulado “Dragon Ball”, onde um velho rebarbado de aparência semelhante fazia questão de mirar, ou qui ça apalpar, uma tetinhas sempre que uma entidade do sexo feminino se avizinhava ao alcance dos seus olhos e braços, apresentado-se instantes antes da investida com um abrir de boca “hipopotamesco” e acabando sempre por ver a sua tentativa interrompida a soco, pontapé e carteiradas??
Não será conveniente que a pessoa do século seja exemplar em todos os campos?? Caso contrario a atribuição do título será relativa aos interesses da entidade emissora.
E é sobre este ponto que eu quero incidir! Sobre a relatividade.
Ora, vejamos. Depois de ter escolhido de forma exemplar o título para a sua teoria caiu no infortúnio de a desenvolver de forma excessivamente orientada. Como dizê-lo …errrrrrrr…só falou do que lhe interessava…errrrrrr…e pá, o homem não toca num único ponto que envolva qualquer parte do sexo oposto…quer dizer…ele é um “nerd”, um “cubehead”, um “pácuná”, um “ze nando”, um “porque é que tanta gente vai para trás do pavilhão nos intervalos??”.

Acho que o Xôtor Hans esteve brilhante na escolha do título!! Mas muito mal na concretização…
Uma teoria com um titulo destes deveria ser passível de se aplicar em tudo na vida!! Isso sim, digno de uma “Pessoa do Século”.
O problema é que a teoria da relatividade do Senhor Alberto falha na sua vertente social, ou melhor ainda, simplesmente não a tem, quando na verdade a relatividade existe, e arrisco-me a dizê-lo, em toda e qualquer situação social! E os mais velhos lá em casa sabem do que é que eu estou a falar. A sabedoria popular há muito que alerta para esta lacuna na teoria do Senhor Alberto. Expressões como “a galinha da vizinha é sempre melhor do que a minha” ou até “em terra de cegos que tem olhos é rei” não nascem do mero acaso. Nascem sim fruto de pessoa atentas que, apesar de humildes, modestas, com terra debaixo das unhas e com bigodes que tornam a tarefa de distinguir sexos praticamente impossível (abençoadas saias), sabem o que dizem mas que infelizmente ninguém as leva a sério!

Pois bem. Nem de propósito, e já não é a primeira vez que me acontece, estava eu outro dia num desses locais de atracção nocturna, onde invariavelmente a proporção entre homens e mulheres estava nitidamente desequilibrada constatando-se um domínio da primeira fracção (algo que ainda gostaria de ver esclarecido ate às ultimas consequências, mesmo que isso implique um extermínio selectivo de todos os espermatozóides Y por um bom par de anos, sendo que anos é o plural de ano, medida cronológica que representa o intervalo de tempo que a terra demora a dar a volta completa ao sol), e dou por mim a relativizar. Adianto-vos que esse estabelecimento onde figuravam poucas pessoas, mas muitos seres-humanos (ou “serumanos” como preferirem), se apresentava quase em lotação esgotada. Da fracção feminina destacavam-se duas jovens. Primeiro porque tinham mamas, e segundo porque tinham mamas. Não, agora a sério! Se as duas jovens, ao invés de estarem ali estivesse, vá, no já extinto Studio 54, certamente alguém muito meu amigo diria “olha que duas…não valem os tarecos de um gato…”.

Mas, e agora espantem-se as alminhas, assim não foi!!! Elas estavam a ser bombardeadas por olhares cobiçadores e comentários apreciativos nos quais se destacavam expressões como “ai ó Zé!”, “nossa senhora”, “vais abaixo mais uma vez e eu tenho ejaculação precoce”. E onde é que acham que este vosso amigo estava?? Não deixem que o meu discurso vos engane. Justamente a galvanizar os alvos da relativização!!
Agora, sejam conscientes no decorrer do processo de relativização e em momento algum queiram fazer da Madonna do Tovim uma Isabel Figueira simplesmente porque não há mais artigos, pois também uma notita de 20 euros não passa a valer 50 por se encontrar rodeada de moedas de 10 e 20 cêntimos. Cada coisa vale o que vale, podendo ficar destacada pela envolvência. O que já mais deverá ser é sobrevalorizada…
E mais importante do que a consciência do processo de relativização, façam-me um favor e não relativizem tudo. Se derem por vocês a relativizarem qualquer coisa que seja num ambiente onde só estejam homens, parem de beber e dirijam-se para casa. Também a sabedoria popular nos precavê desta possibilidade pois “nem tudo o que brilha é ouro”!

“Rameira embrutecida,
Felicidade para a vida,
Rameira ignorante,
Felicidade constante.”

Haverá haveres am Havana?!


Ainda a propósito de expressões descabidas, na forma de excogitação populista trazida para este covil de escárnio pelo bandido Dalton, acontece (e o que eu gosto de usar deste verbo defectivo para carregar, assim logo à partida, o texto duma impessoalidade gritante, num desprendimento de subjectividade que importa assinalar e glorificar) que fui recentemente assaltado pelo eco da célebre expressão “dar a volta ao marcador”, sendo que, e infelizmente, ainda não num jogo do Benfica esta época. Quando no sossego do meu esconderijo oiço um Carlos Daniel ou mesmo um Hélder Conduto (nunca o magnânimo Gabriel “A Enciclopédia” Alves, nome maior da omnisciência esférica) a bradar, com aquele entusiasmo dissimulado, mais postiço que a peruca do José Cid (não tanto como a do Tony Carreira, diga-se en passant), aquele fingimento próprio do poeta, nas ecuménicas palavras de Fernando, não o Pessoa, antes o Silva, que fazia o reboco das paredes de casa dos meus pais com uma assombrosa mestria e que, entendendo o futebol enquanto conclave de proposições técnico-tácticas encaralhadas por discursos néscios, pevides e álcool, todas elas em doses equestres, ainda assim não compreende a significância da expressão supra exposta. Estranho?! Nem tanto. Até porque o mesmo Fernando, benfiquista dos d’antigamente, capaz mesmo de endeusar um qualquer Edcarlos por alturas do defeso, não logra atingir a dita expressão através da lógica interpretativa, sendo que, porém e duma assentada é capaz de, em consequência de repetitivas, arreliadoras e desfavoráveis voltas aos marcadores desejar ao conjunto de jogadores alvo de prévio endeusamento que os mesmo devessem era, e passo a citar “ir dar a volta era à p%$# do bilhar grande, essa cambada de chupistas da quinta pata do cavalo, c§%&#£”# os f§#@€!!”, fim de citação. Extremamente divertida a dialéctica do povo que, não obstante a constante presença do órgão reprodutor masculino na boca, ainda consegue arranjar duma hiperboliforme acutilância para surpreender o comum dos mortais com bonitas lições populares, assim protelando a nossa riquíssima herança cultural, ao mesmo tempo que, com parcimónia, lança mão do mais calunioso dos vitupérios conhecidos, preenchendo de novas significâncias expressões anteriormente descabidas. Obrigados, minha grei.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Os poetas


Neste novo tecliscrito ( nem sei se esta palavra existe mas também não estou preocupado com isso porque não perdi nem dois segundos a abrir o Google e escrever a palavra. Vocês se quiserem que o façam. Este parêntesis deverá ser o maior de sempre da história deste blog por isso não o tentem destronar… onde é que eu ia? Ah….) venho debruçar o meu conhecimento infinitesimal ao problema das expressões portuguesas. Ás vezes ouço expressões e pergunto-me do que é que esta malta anda práqui a faladrar.
Ontem alguem se virou para mim e disse:
-ó averell, tu é que a levas direita!
QUESTA MERDA??? vejamos: se fosse uma mulher a dizer isto, ainda poderia saber se eu a levo direita ou não, se ainda fosse numa casa de banho publica e tivesse a mirar o meu juliao, vá lá vá lá, agora vindo de um homem ás 3 e meia da tarde na caixa geral de depositos, com meia duzia de pessoas a ouvir! não me pareceu nada bem...
Outra que me dá a volta á tripa é a "anda cá que eu faço-te a folha". Imaginem um bife acabadinho de chegar á terra dele e virar-se para um arqui-inimigo e dizer-lhe:
-come here, i make you the leaf ...!!!
Mas pensando bem esta expressao nem sempre deve ser levada a mal: já me estou a ver na loja do cidadao, 4 horas á espera, a senhora das finanças a olhar para mim com pena de eu não saber um boi daquilo e dizer:"anda cá que faço-te a folha!" aí parece mto gentil da parte dela e eu até coiso...
outra... "meteste-te cá num trinta e um!" o que é isto? Será que me viram apanhar a carreira para o ingote que por acaso até é o trinta e um?? Ou será que pensam que eu fiz o trigésimo primeiro aniversario? eu sei que estou acabado, mas nao tanto!
Mas para mim a melhor é sem duvida "pensas que isto é a casa da joana ou q?!?!" Esta expressao é uma delicia!
quem deverá ter sido a joana? que louca era a joana para toda gente fazer o que bem entendesse em casa da respetiva!
já estou a ver deitada no sofá a fazer um marivilhoso zapping e malta a chegar:
-ó joana vou aqui levar os sumos que tens aqui... e já agora trago aqui dois amigos para carregarem o frigorifico para minha casa!
e ela: força!!!
Outro bandido qualquer a chegar á porta de casa dela:-ó joana põe-te só um... só um bocadinho de esguellha... exacto!!! isso mesmo!! só aqui para eu fazer a conchinh... ui!! ui q delicia!!!... tchau joana! abraço



ps. repito e não me canso de dizer: não me fodam a cabeça por pontuação e erros... sou demasiado genial para pensar em pormenores... :P

O tuga


O verdadeiro poortugues está a morrer, a acabar, em vias de extinçao. O que é feito do genuino que se deslocava montado na classica FAMEL (Foda-se A Mota É Linda), amaciando o seu farto bigode com uma barriga de 4 meses atirada para a frente, desafiando leis de newton, com a unha do dedo mendinho maior do que todas as outras juntas? É deste canivete suiço que vos quero falar... aposto que num dia, o tuga "esqueceu-se" de cortar a conglumeraçao de calcio e encontrou as suas enormes potencialidades... Cotonetes? pra q? A bela palitagem dos dentes? Sempre! até já vi um grandioso a usa-la como uma chave de fendas... Este portugues, quando abre a mão e espoe o seu glorioso artefacto faz inveja a qualquer gatuno que use uma ponta e mola. É por isso que os turistas dizem que são assaltados em portugal. Pedem informações, o tuga aponta com a sua unhaca e o bife pensa que tá a ser assaltado.
O verdadeiro portugues tá sempre atento ao que se passa neste mundo. Em casa ás 8 da noite só se vê o telejornal e mai nada, a nao ser que o benfica joge.ele vê as noticias mas só apanha o final:
-...e foi ontem á noite assaltada.
Não intressa do q se trata, o tuga gosta é de comentar:
-pois foi assaltada,claro que foi! E a Bofia? Nao tava lá como sempre nao sr! Este país está uma desgraça pá!
Mas isto nao fica por aqui é que o genuino nao só comenta como a seguir vai conta-las... Dps do seu jantar vai á tasca beber o seu cafezinho e o seu bagaço, e a1ª coisa que diz:
-já viste isto pá? Estes gajos pá! Isto do assalto,que deu,onde é que vamos parar? Este país só visto!
O tuga nunca acusa ninguem! A culpa é sempre "deles":
-olha pra isto! já viste o que "eles" andam a fazer?
-"estes" gajos pá! sao sempre a mema merda!
Outra coisa que me deixa de veras intrigado é o "lha-da-puta" do tuga que tem mania que é bombeiro. outro povo qualquer, vê um incendio ou um desatre dá de frosques como é obvio, mas o tuga nao... já lás estao uns cinquenta carros parados a ver o que se passa, mas o portugues tem sempre que ir lá ver se a opiniao dele é necessaria...
-Xiiii pá! Como foi isto!
-Nao sei pá, mas nao tá facil!
No entanto tá o desgraçado com as maos na cabeça a olhar para o carro feito num oito! Mas o resto da malta continua:
- e ambulancia ninguem chama? é quê? 93? é pah eu sou 96....
Há outra coisa que eu estou desconfiado que tambem é só o tuga que faz: esfregar a maos e meter conversa só para entreter... Nao há bela conversa de circunstancia q nao começe com um belo esfreganço de maos:
-[bate com as mãos e esfrega-as] então, está frio não é!?
entao na industria hoteleira, o esfregar da maozita já tá intrinseco. não há empregado que nao esfregue as mãos:
-então, o que é que vai ser?
De seguida fica ali á nossa frente ainda a esfrega-las á espera do pedido! Dá a sensaçao que nos vai afinfar uma bela tareia a qualquer momento.
Mas tambem temos outros com habitos mto mais deliciosos que é esfregar as partes baixas, há mesmo quem consiga fazer as duas coisas de seguida como se de uma coreografia do M. jackson se tratasse, esfrega as mãos e dps os ditos.. nao necessariamwente por esta ordem.
falemos entao agora da mais cobiçada por outros povos que é falar sem assunto. Dois tugas, mesmo sem se conhecerem, nao têm nada para dizer um ao outro, mas conseguem estar 10 minutos a conversar sem dizerem nada:
-é a vida amigo!
-pois! cá se vai andando!
-não está facil!
-mas há quem esteja pior.
e dps quando se pensa. ok! isto vai acabar por aqui... nao, há mais! o TEMPO!
-cá para mim ainda chove hoje!
-pois! eles disseram que sim!
-eles nunca acertam!
Que fixaçao tem o tuga pelo tempo?? é que nao há conversa q nao começe com esse assunto. ainda por cima, a maioria dos individuos que perde o dia com esta conversa nao faz nada da vida, por isso tanto lhe dá que chovam sapos ou n. passam o dia no café e estao precupados se vai chover?? PORQUE BARALHO???
O portugues nao se preocupa com mais nada... podem aumentar os impostos, subir a gasolina... o ignobil do tuga preocupa-se é com o tempo:
-entao! cá vamos andando...
-pois é!
-este estrondo não terá sido uma bomba?
-é capaz de ser... e este tempo??? uma miseria!



ps. nao me fodam a cabeça por causa de pontuaçoes nem erros ortograficos pq eu nao tenho tempo para isso.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Ladrão que rouba ladrão...


Doutor: Então ao que vem?
Paciente (na casa dos 50 anos que é para esta merda fazer algum sentido): Oh sôtor, é o namorado da minha filha que lhe quer ir ao cu.
Doutor: A mim??! Mas ele nem me conhece...!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Jargões popularuchos também são cultura...!


Por razões insondáveis, ainda há quem confunda a obra-prima do mestre com a prima do mestre de obra. E, igualmente intangível, talvez mais até (se atendermos ao desplante na sua prosaica forma do “tou ma cagar”) é a maneira rebuscada, a roçar o patético mesmo, inequivocamente fraca, como arranjo um pretexto para estampar esta “primaça” (não seus adoradores de ananases com pêlo do mundo das artes, a outra, a que está à cata de piolhos no beiral do leito) neste pasquim de ilegalidades. Sou bom, não haja dúvida!

Momentos...


Tive um momento de genialidade (presunção e água benta cada um toma a que quer...) que vou partilhar com o Mundo.

Em pleno local de trabalho, frente a frente com a máquina do demo, disse em voz (não muito) alta: "há um ditado que é bem verdadeiro: quanto menos faço, menos vontade tenho de fazer..."

Aplica-se a tudo este ditado. Menos a mulheres...


(Que belo pretexto para espetar aqui uma foto da Natalie!)

sexta-feira, 7 de março de 2008

Um gajo ouve cada uma...!


São este tipo de gajas que nos fazem acreditar que assaltar uma Parfois é uma merda em condições e tudo. São este tipo de gajas que nos fazem suar as estopinhas para agradar até à prima em 3º grau e à sua gritante halitóse de fossa séptica. São este tipo de gajas que nos fazem degolar outros benfiquistas em troca de um singelo jantar no KFC do Colombo numa 4ª feira. São este tipo de gajas que nos fazem ler vetustos livros de vetustos escritores sobre vetustas histórias para termos outro assunto que não a semiótica indignação pela não renovação do contrato com o Léo. Tudo isto em surdina. E qual é a paga destas cabronas?! “Ah e tal detesto homens que se façam descaradamente”. Haja descaramento...

quinta-feira, 6 de março de 2008

(Mais) um devaneio... curto e breve este!

Hoje não me apetece falar, escrever, pensar... Estou cansado, com sono, constipado e preocupado com o facto de o Síndrome ter aderido a este blog!
Depois naveguei um bocado na net e, quase que por acaso, como se as letras tivessem surgido do nada que são os meus dedos, encontrei uma imagem que me deixou mais bem disposto...
Serve o presente para lembrar que não importa quão merdoso é o vosso dia ou quão sorumbático é o vosso estado de espírito. Há sempre qualquer coisa por aí para nos fazer ver o "bright side of life"!

quarta-feira, 5 de março de 2008

A todos os carteiristas de velhos e violadores de belhas que se encontram neste blogue, agora sim vamos começar com a rameiriçe, com os verdadeiros insultos e descrições de noites de vandalismo às várias cidades deste mundo.
Segunda, dia ??? de Março de 2008, contribuirei com a minha primeira obra prima para este mito da internet que finalmente foi criado e que dificilmente alguém vai ler.

Até lá, vou dormir.

Parece que Joan Miró gostava de tortilhas com'ó caralho...!


Adoro os novos eufemismos (para os menos astutos, estou a lançar mão da figura de estilo conhecida por ironia – e sem evasivas). Andam na boca de toda a gente. Modas, diz o frívolo leitor todo empertigado. Areia para os olhos, elucido eu no alto da minha omnisciente sapiência. No fundo, e excogitando um pouco a questão, a praga dos novos eufemismos deixa antever o romper duma anunciada nova era, um período marcado pelo cunho das liberdades encapuzadas, reféns das sensibilidades mais ecuménicas e das mais grosseiramente impostas (e impostoras) compaixões. E isto está por todo o lado! Já não se encerram fábricas. Já não se interrompem projectos. Já não se suspendem estudos. Hoje tudo é descontinuado em função de alterações supervenientes na definição de conjunturas do tecido económico-empresarial-no-cu-social. Já ninguém sequer arranca dentes. Hoje fazemos extracções dentárias. Mas qu’ésta merda?! E já agora, será que nas relações, qualquer que seja a sua forma e nomenclatura, também lançamos mão desta epidemia de paninhos quentes e falsos sentimentos nobres?! Ora, claro que sim! E neste jogo de falsos interesses quem se lixa é o incauto honesto, o poeta das inevitabilidades, o anjo da toleima, enfim, o vulgar desbocado – uma espécie em vias de extinção, garanto eu. Hodiernamente, já ninguém ganha, simplesmente, coragem e atira o que lhe vai na real gana. Bem... há excepções. Mas a maioria – e é dela que aqui falo e desconsidero, duma forma mais ou menos perceptível – refugia-se nesta enrabichada forma de lide (o que eu gosto de inserir palavras, usualmente empregues noutros contextos, em frases e assim, como neste caso em que pincelo – e outra vez! – a imagem do aficionado da tauromaquia) dos problemas. Minha grei, neste particular, e quando lidarem com relações, não tenham medo, nem complacências e magoem com a verdade... ou com a mentira, não interessa. Há que magoar. Há que aleijar. Há que, pelo menos, espicaçar (quanto mais não seja para auto-recriação). E nas relações amorosas?, pergunta em surdina o boçal leitor sedento de vontade de se refrescar nesta enciclopédica fonte. Foda-se, claro! E não me venham com ladainhas de maturidades arrancadas a ferro e num suposto e insurrecto apelo interior pelo Bem. Muito menos me venham com historietas felizes, contadas na 36ª pessoa, duma prima duma ex-namorada vossa do liceu que terminou com o palerma, com quem habitualmente partilhava o leito, duma forma civilizada e que ficaram logo muito amigos e eles são um modelo para todos e mai não sei quê. Nada, mas nada mesmo, na sua forma final, é bonito. Nada! O fim da cópula (não!, depois disso) não o é. A imagem da aguarela que se alcança na loiça da sanita em dias de agudizada cocózada, não o é certamente. E não o é, também, e enquanto exemplo mais paradigmático, o fedor putrefacto dum corpo em decomposição, há dois dias na mala dum carro, com 3 chumbos dum revolver de calibre 6,35 embutidos, testa e peito, na sequência dum assalto a uma ourivesaria que escondia uma surpresa na forma de gente dentro do cofre, quando a verdade é que o seguro cobre tudo e aquele acto heróico era escusado e nem íamos levar muita coisa, só ouro, que eu vejo televisão e o preço da onça de ouro continua a bater recordes nos principais mercados internacionais e... Hummrrr! Bom, nos dias de hoje o português aparenta ser mais culto, mais instruído, mais sabedor. Aparenta um domínio da linguagem mais cuidada, muitas vezes mesmo, mais erudita. O português está a ganhar classe vernacular à boleia das eufemísticas imposições noticiosas e da gritante falta de coragem comportamental que é já ínclita além fronteiras. E não hesita em usá-la em tudo e com todos. E eu, caralhos me fodam, cada vez percebo menos o que se passa e se diz à minha volta e à volta dos outros, assim em geral.

segunda-feira, 3 de março de 2008

E se alguém te interrompe, isso é...

Estupidez!
A maior parte das vezes é, sem dúvida alguma, estupidez! E digo isto meus caros com um esgar de dor que atravessa todo o meu corpo de cada vez que me lembro de algumas situações em que o meu iter criminal foi suspendido, ou mesmo interrompido (para quem não está a par da diferença, a interrupção implica voltar ao princípio ao passo que a suspensão permite a continuação!), de modo tão vil que deixou uma marca no meu cérebro que em tudo se assemelha àquela deixada por um vulgar instrumento de tortura que serve para marcar o gado!
Agora que já enquadrei isto num dos tópicos deste blog – o gado, claro está! – deixem-me discorrer para aqui sobre este tema meio aparvalhado...
Ser interrompido é, por ventura, uma das coisas mais chatinhas e incómodas, quiçá peçonhentas, que existem!
Não obstante a capacidade de alguns de fazer 40 mil coisas ao mesmo tempo, tenho para mim que todas as actividades, hábitos, costumes, gestos ou outras formas de ocupar o tempo carecem de uma certa concentração e uma dedicação quase exclusiva (sim, sou mono-tarefa, e então?) - é um processo mental que resulta na execução perfeita, na apreensão total, no aproveitamento absoluto, no prazer etéreo!
Estar a meditar no trono e ser interrompido pode causar um constrangimento físico tal que só a ideia me arrepia; a pipoca no cinema quebra a concentração de tal maneira que até parece que se começa a ver o filme outra vez de cada vez que aquele som de pisar folhas secas abranda; o abrir de porta súbito pode, inclusivamente, causar sérias lesões em sítios apenas destinados a duas tarefas (não é mono-tarefa mas quase!) sem as quais não é possível viver, pelo menos condignamente; o telefone que toca quando se está a delinear uma ideia genial já deu muitos lucros às companhias telefónicas (já tive o prazer de testemunhar uma cena em que um telemóvel vestiu a capa e depois lá descobriu que não é isso que faz o Super-Homem voar!)...
Mas, o que dizer da mulher que, em pleno acto, verbaliza uma questão tal que toda a situação se assemelha mais a uma discussão conjugal do que a uma interessante, animada e quente luta a dois!?
Quando reflecti sobre isto, a primeira coisa que me veio à cabeça foi uma anedota que resumidamente vou partilhar convosco e que reza assim:
Um tipo que trai regularmente a mulher não sabe como lhe contar. Aconselha-se com um amigo que lhe diz para aproveitar o calor da cama para revelar a ousadia à mulher. Ele assim faz!
No meio da
luta diz o homem, enquanto a mulher arfa apaixonadamente, “querida, tenho outra!”. Ela arregala os olhos e responde de um só fôlego “então mete-ma no ...!”
Parece-me um episódio que todos devemos reter e lembrar periodicamente... e fazer uma pausa enquanto pensamos nisto, assim ao estilo do Pensador de Rodin...

(pausa)

Ora, este exemplo é justamente a antítese daquilo que se passa em 99,9999% das vezes! A interrupção para introduzir um tema que não tem nada a ver não desagua em histórias risíveis ou dignas de ser partilhadas nem tão pouco em aventuras sexuais tresolucadas que apenas os amigos mais próximos, os menos próximos, os conhecidos, os bloguistas e o Mundo conhecerão!
Posto isto (e os óculos!), reporto-me a um episódio, talvez recente, de uma troca de calores, fluidos, e coisas que tais, que foi abruptamente interrompida por um comentário – eu bem vi que hoje te fartaste de olhar para aquela amiguinha... What the heck? Até posso ter olhado para outra mas é a ti que estou a brindar com tamanho voluntarismo!
Até parece que é crime passar os olhos pela nalga alheia, pelo seio alheio, pela boca alheia, e passar de passar os olhos para passar outra coisa... e já me estou a passar com tanta coisa a passar à minha frente (inserir gesto do cão que bate freneticamente com a pata no chão quando acariciado em sítios mais erógenos que, à laia do meu espírito criativo, vou baptizar de “patar”, já que é a pata que executa o gesto e, como é um verbo, tem de acabar em “r”, assim meio inspirado por aquela ideia muito Gato Fedorento de chamar à sensação da meia enrugada dentro do sapato “feni”, que me parece um gesto quase tão criativo como chamar o Purovic de jogador de futebol ou o Paraty de árbitro – sim, estou ressabiado à conta de certas e determinadas situações em que me vejo manietado pela incompetência alheia e pela falta de ovos no cesto, já que alguns dos ovos que lá estão, para serem sequer merecedores desse título, deviam ser chamados de ovos podres, tão podres como aquele cheiro a lixo que exala de um corpo em decomposição ou mesmo de um ser vivo que acabou de apanhar uma bebedeira bem acamada por uma coisa a que chamam comida mas que é uma mistura de óleo com raspas de gordura e teflon que salta da frigideira por causa dos talheres de alumínio que os menos letrados nas artes da cozinha insistem um utilizar para virar os ovos ou as salsichas porque os utensílios de plástico são meio apanascados e homem que é homem só recorre a isso para... lá está o problema!).
Entre cães, bola, ovos, cozinha e teflon reside o problema maior de saber o que fazer perante a brusca interrupção... Em jeito de conclusão, ando a chamar-lhe interrupção por algum motivo. Comigo, volta tudo ao princípio!
PS: A propósito, eu pisto!