sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O nosso primeiro é o mááááior - menos quando fala (ou tenta) em inglês!

+

Coitado do nosso primeiro... A Comunicação Social tem dado grande destaque ao tema Freeport (ou Freepor, sem t, como diz o nosso primeiro, coitadinho), como se tivessem descoberto o ovo de colombo. Toda a gente sabe, desde aqui (chamemos-lhe, Local X) até Freixe de Espada à Cinta, que quem quer alguma coisa a mexer neste país de doutores tem de abrir os cordões à bolsa. Não é segredo. Aliás, quem nunca ouviu falar no princípio do utilizador-pagador (ou nas suas variantes mais refinadas: construtor-pagador, ou explorador-pagador, ou ainda curtidor-pagador), tão amplamente propalado nessa mesma Comunicação Social, que levante a mão e seja imediatamente abatido por ignorância! O português e os seus brandos, mesmo frouxos, costumes nunca fez caso deste sistema. Quer dizer, lá esperneia um bocadinho (para não parecer que lhe podem calcar todo o tipo de botas em cima), mas depois deixa passar. O português também não quer ser chato e estar sempre a buzinar pelo mesmo (a não ser que faça parte dessa corja conhecida como "os professores", que agora que aprenderam o caminho para a Av. da Liberdade e, bem assim, para Belém e os seus famosos pastéis, não param de chagar o país com as suas reivindicações, rimas muito mal amanhadas e embaraços no trânsito da capital). O português é, em bom português, porreiro, pah! E o nosso primeiro, coitadinho, também o é. O que a Comunicação Social esquece é que o nosso primeiro, coitadinho, é um gajo do norte (de Vilar de Maçada, Alijó) e, mais ou menos, engenheiro civil, ou seja, é (por nascença e formação, mais ou menos) uma gajo despachado, que quer pôr o país a mexer, com gruas e pontes e auto-estradas e aeroportos e tgvs e quartéis de bombeiros e hospitais e o que mais houver para, imitando o popular jogo SimCity, se aproximar (ainda que só na vida real, que na PS3 é que é a doer) do highscore do Pedro Silva Pereira, ministro da presidência, que passa a vida a gabar-se dos feitos virtuais na gestão da sua própria Lisbópolis. Quanto a este (real) escândalo de (alegada) corrupção sob a forma de recebimento de luvas, dois considerandos: (1) é muito estranho que esta salganhada de luvas e adereços tenha vindo a público em ano de eleições legislativas e logo quando o tempo começa a arrebitar e (2) convenhamos que ao nosso primeiro, coitadinho, o 6º homem mais elegante do planeta em 2008, umas luvas inglesas não fazem pandan com a indumentária italiana.

Sem comentários: