terça-feira, 14 de julho de 2009

E ainda que ele caia no chão, como é que o encontro depois?!



Adoro esta publicidade! Adoro que o marketeer (ou o telefonista/dono/modelo auditivo/capataz - que, acredito piamente, hão-de ser a mesma pessoa) desta empresa tenha definido este aparelhómetro como "um pequeno aparelho de ouvir", assim fugindo ao desadequado, por tecnicamente incorrecto, "aparelho auditivo". Adoro que tenha decidido usar "super" e "mini" seguidos e, acto contínuo, não contente com o resultado, ainda tenha usado o estrangeirismo "amplifier", como que a deixar perceber que a tecnologia foi importada do estrangeiro. Adoro que o tenha definido como "ideal para homens e mulheres" - até porque se há área em que os sexos se distinguem morfologicamente é pela zona dos rissóis (vulgo orelhas, abanicos, etc). Adoro que enalteça as qualidades diminutas deste engenho de última geração com "é tão pequeno que se esconde dentro do ouvido tornando-o virtualmente invisível", sendo que a virtualidade advirá da atenção e/ou ausência de dioptrias aquando da convergência ocular na direcção dos ouvidos munidos de tão fantástico e revolucionário instrumento. Adoro que esclareça os eventuais consumidores de que o aparelho se "encaixa em qualquer um dos ouvidos, direito ou esquerdo" - não deixando, assim, margem de manobra para quem o quisesse utilizar noutro ouvido, que não o direito ou o esquerdo. E o preço?! Até o preço eu adoro!, porque na compra deste aparelhómetro com uma nota de 5 euros, o troco é o dito cêntimo que jamais vai ficar perdido, nem que caia a "metros de distância"!

O único receio que me assola prende-se com o que poderá suceder quando a Dona Sandra do 2º Esq. deixar cair uma panela no chão... em Mangualde!!!

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