quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Camera one



Veja-se como a discriminação em função do sexo ainda é uma realidade nos nossos dias: Se um homem afirmar que o mais dificil é perder o chamado "vício de boca", toda a gente (!) percebe que está a falar de tabaco. Agora se for uma mulher...!

Las mujeres que violamos e tresmajamos con los ojos cerrados # 7

Catrinel Menghia:



Eric Clapton/Change the world

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sinais de incoerência



Ontem, tive o desprazer de ver, na SIC Noticias, a reposição do programa "Sinais de Fogo", apresentado por uma das maiores alimárias da televisão, não (!), do jornalismo nacional, um beldroega que responde ao nome de Miguel Sousa Tavares.
Neste cantinho que vive do espiolhanço alheio e, outrossim, da genialidade dos bandidos que aqui vertem as suas alegrias e tristezas em forma de texto e/ou imagens suculentas, tenho já malhado ferozmente em anátemas da coerência, mas nenhum - acho eu, assim de cabeça - me causa um refluxo gástrico tão intenso como o pseudo-jornalista-escritor-intelectual-palhaço do Miguel Sousa Tavares (MST).



Este déspota da irracionalidade, voltou ontem à antena - sim, porque os x anos que passou na TVI traduzem-se em x anos de descanso e/ou inexistência - com um programa onde se propôs entalar o nosso Primeiro Trafulha.
Na passividade intelectual que pautou toda a entrevista, com falsos ataques e falsas moralidades berradas para quem as quisesse ouvir, o pseudo-jornalista-escritor-intelectual-palhaço MST soltou uma pequena pérola, a propósito da divulgação das escutas no Processo Face Oculta pelo jornal Sol, que passo a transcrever:
MST - "O Sr. PM não leu a transcrição das conversas que vêm no Sol? (...) A certa altura há uma das pessoas... (...) Mas conhecemos [a propósito das conversas transcritas] e uma vez que as conhecemos não podemos fingir que não conhecemos. Eu pelo menos não posso. (...) Mas eu não posso deixar de citar. O país inteiro fala disso."


No passado, este onanista do raciocínio de algibeira (o mesmo é dizer, do processo intelectual - aqui num sentido bastante amplo - que faz depender do objectivo pretendido no imediato o expelir de letras agregadas através do movimento ritmado da boca, tal qual um fantoche movido por uma "invisível mão") escreveu no jornal Expresso, a propósito das escutas a Pinto da Costa no Processo Apito Dourado, o que segue:
MST - "Pois então, parece que meio País anda ocupado a perder horas do seu tempo a escutar as conversas que outros escutaram a Pinto da Costa e Valentim Loureiro. E apesar de, ao que dizem, elas nada conterem de novo em relação àquilo que, a conta-gotas e oportunamente, foi sendo divulgado ao longo do Apito Dourado, o interesse popular não diminuiu, antes pelo contrário. Não me admira nada e por duas razões: primeiro, porque o «povo» quer fazer justiça por suas mãos e não se conforma que a Justiça, ela própria, o não tenha feito (...); em segundo lugar, porque o prazer das escutas está em ouvi-las e não em lê-las: é isso que satisfaz os desejos de voyeurismo e devassa alheia de um verdadeiro escuteiro - é melhor do que espreitar pelo buraco da fechadura. Não, a mim não me admira nada que a PIDE tenha escutado livremente durante cinquenta anos e que a Ditadura se tenha assim imposto ao respeito de um povo que é capaz de transformar a devassa da intimidade alheia em desporto nacional."



Interessante a maneira como o acéfalo despenteado decide em causa própria, valorando o que lhe convém, e achincalhando o que não lhe convém. Mais interessante apenas se considerarmos a desvalorização do julgamento popular - aquele que sempre é feito pelos cidadãos e para os quais a justiça deve trabalhar, oferecendo-lhes (mal e porcamente, bem sei) segurança e conforto na sedimentação dos valores culturais que são de um povo no seu todo - que aqui aparece como um simples "voyeurismo" num campo que o pseudo-jornalista-escritor-intelectual-palhaço sabe ser um importante motor de (des)interesse nacional. E mais, a cereja no topo do bolo irrompe, qual flato vaginal, no sublime momento em que, duma forma indirecta, liga o futebol dos nossos dias ao regime ditaturial de outros tempos, numa comparação soez e despropositada (tentado, provavelmente, fazer valer a célebre frase proferida por Josef Goebbels, ministro da propaganda do Reich, quando afirmou que "uma mentira dita cem vezes torna-se verdade").
Aproveitando as palavras do pseudo-jornalista-escritor-intelectual-palhaço, ontem fui eu que perdi quase uma hora do meu tempo "a escutar conversas" que mais não são do que cacofonia.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Overkill



As máfias da noite andam ao rubro por Lisboa e agora que a PSP deu ordem de caça a estes colegas de ofício, ficou a saber-se que a liderar esta trupe estão dois brasileiros, instrutores de Jiu-jitsu, cujos nomes são, respectivamente, Sandro Bala e ... [rufos de tambor] ... Júlio Pudim!!!
Ainda estou para perceber se o mais triste nesta história toda é o nome da dupla brasileira, se é o facto de até para extorquirmos dinheiro, mafia style, uns ao outros, precisemos de importar carrascos ao Brasil. É que assim não há PIB que arrebite...!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A resposta de Bill Watterson... finalmente!



Bill Watterson, o genial criador de Calvin and Hobbes, deixou de escrever/desenhar tiras da sua famosa criação já lá vão para cima de 15 anos. Depois disso nunca disse "ai" nem "ui" sobre as razões que o levaram a afastar-se do mediatismo e admiração de milhões de fãs (sim, porque no auge a sua BD era publicada em mais de 2400 jornais espalhados por todo o mundo) tão abruptamente. Finalmente, e após uma clausura algures no Ohio - e sem nunca ter aceite licenciar qualquer um dos seus personagens para merchandising -, o talentoso cartoonista acedeu dar uma entrevista (in revista Sábado), via email, na qual se pode encontrar a resposta que segue:



Jornalista: Os seus leitores vestiram o luto quando a BD acabou. O que gostaria de lhes dizer?
Bill Watterson: Não é tão díficil de compreender como tentam fazer parecer. Passados 10 anos eu tinha dito praticamente tudo. É sempre melhor deixar a festa mais cedo. Se tivesse navegado ao sabor da popularidade e me tivesse repetido mais uns 5, 10 ou 20 anos, as pessoas que agora estão "de luto" pelo Calvin and Hobbes, desejariam que eu estivesse morto e rogariam pragas aos jornais por publicarem BDs entediantes e antigas como a minha, em vez de adquirirem talentos mais frescos e animados. E eu concordaria com elas. Acho que alguma da razão pela qual Calvin and Hobbes ainda encontra um público hoje será por eu não ter conduzido o carro até as rodas caírem, por assim dizer. Nunca me arrependi de ter parado quando o fiz.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Estados d'alma (panada) # 1



"Os nossos políticos, que são pessoas bastante lineares, curiosamente produzem uma política muito complexa. Resumindo, o que se passa é isto: neste momento, Portugal tem um Governo que não se demite mas que acha que a oposição devia demiti-lo, e uma oposição que não o demite mas que acha que ele devia demitir-se."

by RAP in Boca do Inferno (revista Visão)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ken Robinson: Schools kill creativity



Ken Robinson: Actually, you know that old philosophical thing: If a tree falls in the forest and nobody hears it, did it happen?!
Remeber that old chestnut?
I saw a great t-shirt (really!) that said: "If a man speaks his mind in a forest, and no woman hears him, is he still wrong?!"

O busto da República



A propósito do desafio lançado pelo jornal i (alicerçado na ideia de João Cutileiro que se propõe reformar o dito busto), e em ano de comemoração do centenário da República, sobre a necessidade ou não de mudar o busto da República, enquanto imagem que se melhor se adeque ao hodierno novo século - e por entre vozes que defendem que a imagem se mantenha e outros que sugerem recriações de Amália ou de velhas decrépitas com mais duma centena de anos -, o sempre subversivo Manuel João Vieira respondeu desta forma:
"Absolutamente. Deve ser substituído pelo busto de Ártemis, deusa grega associada à fertilidade, com múltiplos seios. A República precisa de ter mais tetas para tanta gente. Duas não chegam. Deviam dar leite ou vinho ao povo. (...) As mamas falam mesmo quando estão mudas."

É bater no ceguinho, saxabôr!



As capas dos três jornais desportivos de hoje são sintomáticas do comummente chamado "bater-no-fundo" duma equipa de futebol - algo apenas comparável com o meu score no final de cada noite de gins e tequillas a perder de vista (!) - e reflectem o desespero editorial em manter altas as vendas dum jornal desportivo diário coligado com uma ponta de (forjado) optimismo, por forma a que os adeptos de cada um dos clubes, mormente os do Cepórten - potenciais adquirentes do produto jornal desportivo -, ali se tentem na sua aquisição diária, dispendendo uns valentes cêntimos de euro na tentativa de ali encontrarem uma firme (e especializada) esperança num futuro melhor.



Assim tem sido a época editorial no que à agremiação Cepórten diz respeito, onde se prova não ser tarefa impossível, neste país de alimárias, criar optimismo em forma de manchete, mascarando derrotas como a de ontem - contra uma equipa que joga como os infantis dos Caçadores das Taipas (i.e. bola para a frente + correria desenfreada + cruzamentos a torto e a direito) e que conta, nas suas fileiras, com dois centrais mais lentos que um papa-reformas conduzido por uma velha beata e mais pesados que Zoro, Magnusson (hoje em dia!) e Rochemback (em boa forma) juntos - em resultados positivos, catapultando para um futuro próximo o triunfal regresso aos tempos idos da colectividade verde e branca, com exortações que vão desde o "Até que enfim!" seguido de "Verde esperança", do jornal A Bola (sendo que, relembro a talho de foice, é a 5a derrota do SCP em 6 jogos, série apenas intervalada por um empate sem golos na capital do móvel), passando pela flagrante estupidificação de "Salvos por Liedson" do jornal O Jogo (onde, volto a relembrar, a dita salvação se prende não com uma vitória nos últimos minutos, nem tão pouco com um empate suado, mas antes com a redução para apenas 1 golo de diferença numa derrota), até ao inqualificável "Leão pode sonhar" do jornal Record (que, de tão patético, me abstenho de comentar).



Como deve ser duro o dia-a-dia dum jornalista desportivo em terras lusas...!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Import/Export # 31: O flagelo do endividamento das famílias portuguesas ou uma peta dos media

Bem sabe a cambada de séquitos que, numa razão diária, aqui vem espiolhar as diabruras relatadas pelos bandidos que pontificam neste pasquim de imoralidade, que não é nosso propósito a análise cabal do estado da nação, porque sempre soubemos aceitar o nosso amadorismo enquanto bandidos por comparação com aqueles que têm o leme do país nas mãos, e muito menos somos de gatunar textos, opiniões e outrossim ideias avulsas de outros autores, mas o texto que segue infra é mordaz, bem escrito e sintetiza tudo aquilo que eu queria dizer se me tivesse debruçado e quiça proposto a falar do assunto.



"Consta que durante esta semana o programa Ídolos recebeu* mais de um milhão e quinhentos mil telefonemas para a escolha do vencedor da segunda edição do programa. Nem admito que 15% da população tenha votado, a pagar, num programa televisivo quando apenas 40% da mesma população se dá ao trabalho de votar, de graça, nas eleições nacionais; quero, sim, pensar que os mais aficionados por este fenómeno tenham votado algumas dezenas de vezes – hipótese que reduz a paranóia social a algumas dezenas de milhares de pessoas. Feitas as contas por alto, efectuou-se uma transferência – só nesta semana! – de 1.080.000€ do rendimento das famílias** para a produção do referido programa. Somem a este valor o dinheiro gasto todos os domingos durante os últimos três, quatro, cinco meses que o programa esteve no ar e concluímos que uma fatia jeitosa do PIB português foi afecta à missão colectiva de mandar um gajo estudar música em Londres. Quando se diz que um dos principais problemas do país é o de investir pouco na educação penso que não é este tipo de investimento que os especialistas recomendam.
*0.6€ + IVA
**[Consumo = Rendimento Disponível - Poupança (ou Investimento)]; das aulas de Macro."

by pedro leitão in http://shakirakurosawa.wordpress.com/

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Import/Export # 30: O famoso caso Calabote



"Se alguém se der ao trabalho de questionar quem lhe aparecer pela frente, minimamente identificado com os segredos do futebol, sobre o caso Calabote creio que a maioria responderá já ter ouvido falar, sem se perder em pormenores, por ignorância, outra franja incomensuravelmente menor será capaz de situar os acontecimentos, embora de forma vaga, e uma outra dirá não saber o que se passou a não ser que se tratou de um esquema para favorecer o Benfica.
Estamos a falar de algo que aconteceu há mais de 50 anos, em 22 de Março de 1959. (...)
Precisamente no dia 22 de Março de 2009 foi publicado em A BOLA um trabalho assinado pelo meu camarada Carlos Rias a propósito do cinquentenário de uma data, de um jogo e de uma arbitragem, focos alérgicos da comichão intensa e continuada que há tanto tempo incomoda as facções mais corrosivas da turba antibenfiquista. Nele se refere o que esteve na base da irradiação, um «problema moral» provocado pelo árbitro ao não mencionar no relatório que o Benfica-CUF principiara «cerca de dez minutos depois da hora marcada e teve um prolongamento de cinco ou seis minutos». Mas também se recorda que no antigo semanário Tal & Qual, Calabote, falecido em Janeiro de 1999, com 81 anos, afirmara que «a testemunha que serviu para o acusar foi o locutor da rádio em serviço no jogo do FC Porto, e nem havia delegado ao jogo na Luz». Enfim...
Se trago o assunto à colação é tão-somente por ter sido apresentado há dois-três dias na cidade do Porto um livro justamente com o título Caso Calabote, da autoria do jornalista João Queiroz, fruto de demorada e profunda investigação e a quem desejo sucesso editorial.
(...)
De toda a maneira, não pude deixar de captar o sentido de oportunidade do apresentador da obra, Rui Moreira, prestigiada figura da vida portuense e distinto colunista de A BOLA, a quem leio todas as semanas com atenção. Como o tema central tinha a ver com Inocêncio Calabote aproveitou logo para fazer a ligação ao túnel de Braga, ao Benfica e aos erros que segundo ele beneficiam o clube da Luz... Bom, insisto na minha. Isso foi há mais de 50 anos, e se, desde então, não conseguiram os partidários do dragão, geralmente atentos e sagazes, descortinar segundo caso, susceptível de permitir uma relação entre algum feito desportivo do Benfica e eventuais favores do pessoal do apito, é porque de facto não existe.
Em contrapartida, orientando o azimute para outras direcções, explodem vários, igualmente interessantes, muito mais recentes e de fácil pesquisa: caso Calheiros ou caso Silvano; caso Correia ou caso Gonçalves; caso Silva ou caso Guímaro. É só escolher..."

by Fernando Guerra in jornal A Bola

Import/Export # 29: Poker



"O presidente do SCP, recém-chegado de férias, ficou chocado por descobrir que nos últimos 15 dias os jogadores do seu clube também não têm estado propriamente a trabalhar.

by Miguel Góis in Crónicas no jornal Record

Las mujeres que tresmajamos e violamos con los ojos cerrados # 6

Petra Nemcova:



A frase do dia # 16: Lingerie



"Não gasto muito dinheiro em roupa interior. Acho totalmente desnecessário."

by Bar Rafaeli (modelo e musa de alguns bandidos, nomeadamente daqueles cujo primeiro nome começa pela letra C)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

estes russos são loucos!!!

You're dismissed!



"O Carvalhal não chega ao Carnaval!"

by Black Bart (vaticinando o trágico fim do actual treinador do SCP)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A frase do dia # 15: I like the Pope. The Pope smokes dope (and drinks beer)!



A frase do dia é-nos trazida pela mão do sumo pontífice (Bento XVI) que, a propósito do flagelo da pedofilia no seio da igreja católica (nomeadamente, da igreja católica na Irlanda), citou Jesus - não o treinador do SLB, antes o Cristo - nos termos que seguem:
"Os que escandalizam as crianças merecem que lhes coloquem uma mó de moinho ao pescoço e os atirem ao mar."
Palavra do Senhor!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Eta bomba é minha, eta bomba é tua!



Tanta lenga-lenga com as PMEs e o camandro a quatro e quando há uma organização a querer (finalmente!) instalar-se no nosso país, criar emprego e riqueza (sobretudo numa área que permite exportações assinaláveis e é indiferente a escândalos financeiros - ajudando, até, a pôr dissidentes e banqueiros na linha) e a querer expandir-se o que é que o Governo português faz?! Manda fechar tudo!
O que vale é que, com recurso à tradicional técnica das contas de merceeiro feitas pela PJ, o país ainda lucrou uns bons quilos de explosivos, lembrando a velha rábula do polícia que dá conta da ocorrência:
Agente Saraiva: "Encontrámos 1500Kg de explosivos, repito 800Kg de explosivos!"

La Revancha delos PALOPs

Na Baixa de Lisboa, uma zelosa funcionária dos CTT, natural dum qualquer país dos PALOPs, quando chegada ao momento do preenchimento da factura, questionou o cliente sobre o nome a colocar na referida factura. O cliente referiu que não tinha importância, afirmando: "deixe em branco". Diligente (e alimária) como só ela, Matumbina (nome fictício) cumpriu o pedido do cliente. É conferir em baixo:

Publicidades que sim senhoras # 34: Protégez-vous!

Um grande e criativo anúncio televisivo a preservativos - ao contrário do que por cá se anda a fazer na matéria, com rabetas e panisgas ao barulho...!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A frase do dia # 14



«O Benfica é uma grande equipa. Está fortíssima e é a mais regular do campeonato. Neste momento, se as bolas começam a entrar, dão quatro ou cinco a zero a qualquer adversário. (...) Podem enxovalhar qualquer equipa...!»

by Manuel Fernandes (Treinador do V. Setúbal)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A pedido de várias (uma, foi só uma) familia(s)...!



A pedido de várias familias, sendo que acabou por ser apenas uma, uma familia... mas uma familia que sofre um sofrimento mudo, amordaçada pela canga cega do fado triste, dilacerada por esse assassíno silencioso e pernicioso e folicoloso (!?) que é o álcool... e a quem mando um beijinho bem repenicado (!), segue infra o tão famoso [bocejo demorado] artigo de opinião do Mário Crespo que o não seria se tivesse sido (publicado) - digo eu.

«Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.»

by Mário Crespo (in Nenhum periódico porque o JN não autorizou a sua publicação)

Emissões zero é com este novo brinquedo: o biciclarro!!!

I present to you all, the new sensation in ecological vehicles, the amazing, the revolutionary, the emission-free transportation of the future, the only BIIIIIIIIICICLARRO!!!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Import/Export # 33: JDQ responde a Pinto "O Gága" da Costa



O texto que segue infra, resulta da resposta dada por José Diogo Quintela, a ovelha tresmalhada do elenco encarnado dos Gato Fedorento, a Pinto "O Gága" da Costa que, na sequência duma rábula do primeiro, achou por bem instaurar-lhe um processo-crime.
É muito bom!, ora vejam:

"Soube pela imprensa que Pinto da Costa tenciona processar-me. Anunciou-o numa cerimónia do FCP em que também agraciou Bruno Alves com um prémio. Portanto, queixa-se por eu lhe pisar os calos, ao mesmo tempo que louva um jogador que tem por hábito pisar rótulas. Deve ser a isto que chamam a ironia de Pinto da Costa. Segundo os jornais, tem que ver com a minha crónica de há quinze dias, onde ficcionei uma escuta no futuro, entre PC e um árbitro. Confesso que acho estranho: Pinto da Costa esforçou-se tanto para que as escutas verdadeiras não fossem admitidas em tribunal, mas agora quer que o mesmo tribunal aprecie uma escuta inventada por mim. Realmente, tinha graça que as escutas verdadeiras fossem nulas em tribunal mas as inventadas fossem aceites. Querem ver que a única pessoa condenada por causa de uma escuta relativa ao Apito Dourado ainda vou ser eu? Diz Pinto da Costa que faltei ao respeito a um clube centenário. O que nem é muito rigoroso: o FCP é um clube bicentenário, já que festejou um centenário em 1993 e outro em 2006. Parece que o mal é eu ter falado na versão da Carolina Salgado. Portanto, se eu me inspirasse antes na versão oficial de Pinto da Costa e de Augusto Duarte, estaria tudo bem. Para quem não se lembra, essa versão é a seguinte: dois dias antes de um jogo importante para as aspirações do Porto, Pinto da Costa recebe em casa o árbitro que o vai apitar, Augusto Duarte. Diz que a visita é inesperada. As escutas desmentem-no. Diz que a visita não se cruzou com Carolina Salgado. A visita desmente-o. Árbitro pede a Pinto da Costa favor relativo a seu pai, uma vez que Pinto da Costa tem influência sobre o presidente do Conselho de Arbitragem, superior hierárquico do pai (membro do Conselho de Arbitragem, entretanto condenado noutro processo de corrupção desportiva). Dois dias depois, o árbitro erra a favor do Porto, não expulsando um jogador aos 15 minutos de jogo. O Porto acaba por se sagrar campeão na jornada seguinte, podendo descansar jogadores para a meia-final da Champions. A justiça desportiva condena o Porto. O Porto não recorre. De facto, esta versão é insuspeita. Só não se sabe é se Pinto da Costa chegou a fazer o tal favor ao árbitro. Se o processo avançar, fico então à espera que alguém me avise com antecedência, para eu me pisgar para a Galiza. Parece que é assim que se faz nestes casos. No fim, enviarei a conta dos advogados para o FCP. Pode ser que paguem por engano, como pagaram a viagem ao Brasil de José Amorim e família. Aliás, árbitro Carlos Calheiros e família. Até agora, só por ter trocado alguns mails com os meus advogados, já gastei serviços jurídicos no valor de 2 árbitros e meio. Em preços actuais, não os da tabela antiga, do Juiz Mortágua. Sobre o que disse nestas crónicas, cá estarei para dar a cara. Como o guarda-redes da União de Leiria."

A nova brincadeira da net!!!

a nova delicia para fazer amigos desconhecidos, mas cuidado, podes encontrar com um marsapio de fora! brincai vilanagem!!!

http://chatroulette.com/