quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A propósito de aniversários...

Serve o presente não para comemorar a efeméride do Cacto mais seco que conheço (que, acrescento já, merece tudo de bom e inclusivamente tudo de bom que todas as boas lhe possam proporcionar de bom, bem visto), e que ainda assim consegue destilar tequila suficiente para inundar a baixa de Sete Rios, tal qual dilúvio de proporções bíblicas, assim ao estilo chamem o Noé e ponham-me na arca com a Giselle Bundchen para repovoarmos a Terra, e quem diz a GB (é assim que os amigos coloridos a tratam) diz uma Adriana Lima, uma Joana Freitas, ou também, quiçá, porventura, uma Monica Belucci (MB, de "MUITO BOA", que é como quem já lá foi a trata), mas antes para divagar sobre a natureza da celebração do aniversário de uma simbiótica união a dois, vulgo forca, que, não obstante, poderia ser recheada de pormenores interessantes e comemorações efusivas e de bom gosto!
Mulheres do Mundo ouvi-me!
Nada contribuiria mais para um certo conceito de fidelidade, de preservação de uma relação, de continuidade da harmoniosa convivência a dois se, por ocasião daquela efeméride tão habitualmente sobrevalorizada pelas mulheres, ao invés de dizerem “hoje fazemos um ano” dizerem “hoje vais fazer um ânus”. Era bonito...
E por cada aniversário contado a partir daí, acrescentávamos um ânus diferente ao ano de celebração e então aí sim era ver os homens todos a preservarem relações e todos a competir entre si para ver quem fazia mais ânus na relação.
Live long and prosper!

A divindade em pequenos pormenores...


Hoje o maior faz anos. Eu também. Mas ao passo que os meus festejos, mais ou menos efusivos, se vão cingir à celebração do desemprego e duma ausência de rumo pontuado por gins e minis a perder de vista, o maior decidiu pôr a cabeça na forca e sacrificar (muito provavelmente) grande parte do carisma que sempre granjeou, na sua pátria e além fronteiras, ao reivindicar uma hipótese de comandar a selecção nacional da argentina, a mesma pela qual se transcendeu, a mesma pela qual chocou a lógica do mundo tradicionalista, a mesma pela qual expurgou os imperiais demónios com a simples e indomável liberdade do génio... e tudo isto com uma singela bola de couro nos pés.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Another Ten Mandamunts!


ANOTHER TEN MANDAMUNTS:

I – Não sorverás calipos à boca cheia!
II – Portar-te-ás como um homem, levarás como um homem.
III – Não pirilamparás a mulher do próximo quando o próximo estiver próximo.
IV – Jamais ficarás “néné” ao ponto de chamares alguém pelo teu próprio nome!!
V – Não comerás a fruta podre do chão porque tem caruncho e far-te-á mal à barriga.
VI – De tudo abdicarás em prol do nobre acto de procriação.
VII – Não levarás areia para a praia.
VIII – Não confiarás numa “coisa” que todos os meses sangra 5 dias e não morre!!
IX – Serás todo “bermelho” porque até J.C. era Deus encarnado!
X – E nunca esquecerás que as namoradas passam e os amigos ficam!

Nota final: Estes são os novos (que já não são assim tão novos, diga-se em abono da verdade) mandamentos. No fundo, um conjunto de modernas regras, ensinamentos e linhas directrizes que nos têm ajudado, enquanto miserável ajuntamento de bandidos, a viver o dia-a-dia sem grandes chatices e na calha duma qualquer coisa transcendental, transversal e/ou transcontinental.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Lição económica # 1


Vamos falar de economia e de crise financeira à escala mundial com bocadinhos de palermice?! Vamos a isso! Diz-se que anda toda a gente preocupada com a “Crise”, esse bicho de 7 cabeças, tentáculos bravios e mau hálito, que assola tanto o homem comum e rude do interior profundo como o cosmopolita e instruído investidor da capital, certo?! Errado! Eu aqui me confesso que não estou nada preocupado com a tal de “Crise” (acto contínuo, tentem imaginar aquela mímica com os dedos indicador e aquele maior dos piretes, ligeiramente curvados, acompanhados por aquela inqualificável expressão facial e que, não invariavelmente, define o seu interlocutor como um g’anda palerma), nomeada e mormente porque não tenho mais de 200 euros no banco, sou desempregado e não tenho categoria para mamar da Grande Teta da Segurança Social e porque não sou parvo, sendo que, também por isso, não me vejo a adquirir um imóvel, já que para tal teria (obrigatoriamente) de recorrer a um empréstimo bancário de uma qualquer instituição financeira e descobrir depois, 40 ou 45 anos depois, que andei a pagar qualquer coisa como 3 vezes o mesmo capital emprestado – o mesmo é dizer, andei a pagar 3 casas quando apenas tenho uma em meu nome e nessa altura, a 480 meses de hoje, já não terei forças para segurar aquela caçadeira Citori Crosstraining CAL:12, 7mm, que guardo na garagem ao lado daquele velho aspirador Hoover, e assim não poderei entrar na mesma agência que me ludibriou, 14.610 dias antes, com TAEG’s, Spreads, taxas de juros directoras, EURIBORs e letras pequeninas. Assim, pugno por defender que deixem de ser apenas os assaltos realizados por homens simples, muitas das vezes mal armados e sem treino na nobre arte de fanar euros alheios, a serem notícia de abertura dos jornais nacionais e antes se façam, na mesma e exacta proporção, manchetes de cada vez que um qualquer e comum desgraçado decidir assinar um qualquer contrato de mútuo para compra de uma habitação com uma qualquer instituição financeira.

Nota final com o ínclito cunho do RAP, na Visão, a propósito do fundo de garantia de 20 mil milhões de euros disponibilizados pelo Governo aos bancos nacionais:Significa isto que eu, como contribuinte, sou fiador do banco que é meu credor. Financio o banco que me financia a mim. (…) Ou muito me engano ou o que se passa é o seguinte: os contribuintes emprestam o seu dinheiro aos bancos sem cobrar nada, e depois os bancos emprestam o mesmo dinheiro aos contribuintes, mas cobrando simpáticas taxas de juro.

Previsões, presciências e adivinhações


Tenho um sonho recorrente em que um homem de tez manifestamente bronzeada, caracóis nus cabéça e que responde ao prosaico e caucasianico nome Barack Hussein Obama não chega ao fim da sua jornada. Pensei o mesmo duma tal de Benazir Bhutto, mas como não disse nada antes de lhe limparem o cebo ninguém me levou a sério - quase como se me gabasse de adivinhar os números do Euromilhões no sábado seguinte ao do sorteio. Assim sendo, fica aqui registado e se depois acertar todos me vão tratar por Zandinga das catástrofes e o meu alter ego vai finalmente ter com que se alimentar.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

A génese do vocábulo encarecar


Muito boa gente me tem questionado – duas pessoas, para ser mais exacto – sobre a génese do neologismo encarecar, esse novo e resplandecente vocábulo sem o qual a língua portuguesa parecia, até há uma semana atrás, coxa. A sua origem, modesta como todas as origens que importam vender aos pobres de espírito, descobre-se numa das lacunas da língua de Camões no que a chacotear diz respeito. Sim, porque ninguém me convence que a corriqueira expressão “pó caralho”, ainda que nas suas mais evoluídas variantes “o caralho é que é” ou ainda “passa-te ao caralho”, não começa a apresentar sinais de cansaço e desadequação ultrajante. Quem não se recorda de pelo menos uma situação confrangedora em que, incitado por um qualquer vitupério dum qualquer dejecto de forma humana, o silêncio tenha, involuntariamente, imperado pela inexistência de um achincalhanço simultaneamente embaraçador e culturalmente evoluído. Ora, nesta era de caos financeiro e sexual, o vocábulo “encarecar” vem marcar uma posição de liderança na zombaria do dia-a-dia, pois representa não só a degradação físico-capilar, como a degeneração socio-pulhipiresca do homem/mulher comum. E não obstante o termo aceitar uma universalidade anti-sexista, nem por isso se descobre transsexuado. O dito vocábulo e/ou doesto serve assim, e não apenas, os géneros masculino, feminino, misto e animal. Assim sendo, e como conselho de alguém intelectualmente superior e estupidamente bem vestido em qualquer ocasião (ao qual terá de se excluir a última Moda Lisboa, única mancha num currículo imaculado), sempre que se depararem com uma daquelas pessoas e/ou coisas cujo coração seja mais negro que o olho do cu duma preta da Guiné Conacri, não olvidem da possibilidade de a apupar com um chorrilho de exprobações e insultos, nas quais deverá pontificar o termo encarecar, por forma a serem capazes de assuar todos os presentes no escárnio e maledicência do objecto da vossa ira reprovativa para que a mesma aprenda a lição e não mais se digne a vilipendiar-vos – quanto mais não seja com a sua inusitada presença físico-repulsiva. Agora ide, espalhai a palavra e não hesitais na hora de caluniar e descompor que vos não agrada!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A nova prova dos 9 é de 4


A rudimentar e elementar prova dos 9 é coisa do passado. Hoje em dia, qualquer problema que se me depare é resolvido com a "Prova dos 4".
Nota final: Sim, efeminado leitor, a imagem apresentada é a representação gráfica (ou lá o que lhe queiram chamar as beatas do puritanismo de algibeira) da dita "Prova dos 4"!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Funcionamento dos mercados bolsistas para leigos


(Clicar na imagem para a dita crescer a olhos vistos)

Não são pernas Senhor, são barrotes!


Tal qual a jovem supra apresentada, também a mulher portuguesa – via de regra, atentem – sofre da terrível maleita cientificamente designada por pernus tronchyudaes, o que em português escorreito significa perna tronchuda (sim apanascado leitor, como a couve). A pernus tronchyudaes é um estado que se pode caracterizar pela indefinição de um normal afunilamento na zona do tornozelo da mulher, sendo que por tal motivo as gâmbias das nossas concubinas apresentam a mesma espessura tanto na zona do joelho como na zona do tornozelo. Assim sendo, não há tufão, cheia ou entrada de carrinho que derrube este portento da natureza que se descobre no cimo destas vigas. Esta apavorante condição física é o resultado de uma predisposição genética, pois todas descendem da Padeira de Aljubarrota, mas também dum outro factor que é comummente classificado como “rodas baixas aliadas ao crítico terreno português” – que, como todos bem sabem, é rico em inclinações e pedragulhos, sendo que, e não obstante este apresentar uma assinalável riqueza calcária, é o mesmo que em muito contribui para o embrutecimento dos membros inferiores das nossas fêmeas. Deste modo, aproveito para aqui lançar o repto, já outrora pelejado pelo lendário candidato Vieira, de alcatifar e/ou terraplenar Portugal para que as gerações vindouras não tenham de torrar milhares de euros em presentes que giram sempre em torno do mesmo: ou vestidos compridos ou cremes reafirmantes ou serões trancados em casa.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

E a propósito das chamadas "bolhas especulativas"...


Sim, eu aqui me confesso: Adoro peitos leitosos!

Jogos bandidico-lúdicos # 1


Descubra o(a) gatuno(a) presente nesta imagem.
Ajuda: O(A) gatuno(a) assaltou uma loja de roupa e saiu da dita com a maior das latas envergando e pavoneando-se posteriormente com o objecto do furto.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A respeito das Modas Lisboas e outras merdas que tais...


Estas gajas, se não se cuidam, vão encarecar!!!

Nota de rodapé: Já pesquisei e, pasmem-se os cépticos, o neologismo verbalístico por mim genialmente criado num dia ventoso ainda não existia e só alguns de nós compreendemos a falta que nos faz para um punhado de situações. Agora quando procurarem no Google a palavra e/ou verbo “encarecar” ela já lá vai estar à vossa espera e disposição, sem necessidade de uma qualquer sugestão parva do Sr. Google, do tipo: Será que quis dizer encarecer? Não caralho!, não quis nada dizer encarecer, quis dizer encarecar e foi isso mesmo que disse.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Teoria da Involução

Em tenra idade, e desde que comecei a ser sensibilizado para as questões das Ciencias da Terra e da Vida, que perdia longos períodos da minha tarde a estudar os meus semelhantes por intermédio de revistas culturais que, pelo amor que lhes nutria, teimava em guardá-las debaixo do colchão. Mas não é disto que quero falar, pelo menos por enquanto.

De novo...

Em tenra idade, e desde que comecei a ser sensibilizado para as questões das Ciências da Terra e da Vida, que me fascinava a paleontologia e a evolução das espécies. Do homem das cavernas, esse "infeliz" que vivia rodeado de mulheres semi nuas que, por questões instintivas se via "obrigado" a arrastá-las para dentro da caverna sempre que lhe desse na vinheta; ao homem moderno, que tem futebol...enfim, se evoluimos ou não deixo ao vosso critério. Mas tenho para mim que seria bem mais provável na idade da pedra ser inventado o futebol (se é que já não havia uma forma rudimentar), do que convencermos a mulher moderna a despir-se e a partilhar connosco um leito sempre que "o menino quiser chorar".

E neste estudo da evolução houve vários cientistas que se propuseram a adiantar teorias à cerca das pressões que nos teriam levado ao ponto a que chegámos. De todos eles, aquele cuja ideologia me parecia mais lógica, era sem dúvida Darwin. A sobrevivência do mais apto parecia-me lógico. E claro que, obdecendo às leis da natureza, a preferência reprodutiva recairia sobre aqueles cujos genes dariam maior probabilidade à descendencia de sobreviverem, dando assim continuidade ao legado genético. Isto tudo devidamente precedido dos normais e designados sinais e rituais de acasalamento.

Mas nas minhas ultimas incursões nocturnas tenho-me deparado com realidades algo diferentes. Não falando sobre a escolha do parceiro, que poderia dar um contorno de desespero a este texto, e há que saber respeitar o inergume que ficou com ela, ou o alcoólico inveterado que só sabe dizer "maijuma tacha de binho pra mim e prá pomba", ou o gordo careca que nem unhas tem para o DB7 que tem a porta, AHAHAHAH#$1GD&@££RAFGSJHFGDASJAH...errrrrrrr....bom, desconsiderem os últimos comentários.

Voltando ao texto....áh....parece-me que enfrentamos uma regressão evolutiva, o que de certo baralha o dedicado bandido que se vê privado de pôr em prática as mais elaboradas técnicas de furto. Como é sabido, bandido que é bandido não se mistura com a restante classe de foras da lei, por uma questão meramente evolutiva. A capacidade adaptativa possibilitou-nos superar as dificuldades crescentes num mundo cada vez mais exigente e competitivo. E eis-nos aqui, no topo da cadeia alimentar, lingua aguçada e perfeitamente talhada (por anos de prática) para a bela arte do "convencimento", prontinhos para atacar...e de repente vemo-nos rodeados de leireiras??!!?? Ora, eu não quero acreditar que o senhor Darwin se enganou nalgum ponto da sua ideologia, mas ou o meio regrediu (possibilitando a sobrevivência dos menos iluminados) ou estou em vias de mandar o Sr. Darwin apanhar em sitios quentinhos e acolhedores. Francamente, no auge do nosso intelecto e pregam-nos uma destas??!!?? E quase tão vil como rebentar a rotula do Cristiano à garfada logo após o seu brilhante desempenho ao serviço do Sporting quando este defrontou o Manchester. E ainda bem que falamos nessa estrela do futebol, porque vem mesmo a calhar. A rodear as supracitadas leireiras estão quase invariavelmente, um grupo de tianos.

E lá estamos nós mais uma vez na guerra, na disputa pelo objecto de furto a ombrear com estes serumanos. Confesso que nada tenho contra eles. Alguns até me fazem rir sem precisarem de recorrer ao humor, e Deus Nosso Senhor sabe o quanto ao gosto de gargalhar. Agora fico revoltado pelo facto de verificar que nesta selva são aparentemente estes especimens que levam a melhor.Voltando um pouco atras. La estão as ditas leireiras, senhoras que toda a gente sabe têm muito calor pelo que, mesmo no pico do inverno teimam, por motivos de saúde, a escolher roupa que, apenas por sorte, lhes cobrem as bordas da regueifa. Já os peitos, esses vem quase como vieram ao mundo, a excepção do pequeno circulo castanho que de certo tira o sono a muito jovem. Claro que com tanto estimulo é natural que um bandido que se digne ponha em prática o que melhor sabe fazer - roubar! Mas aparentemente os sinais ou estão trocados ou sou eu que já só consigo ler em braile. Uma investida, e outra, e outra, e aparentemente a balança não pende para o nosso lado. Ao lado, um Tiano, envergando t-shirt aberta ate ao peito, fio ao pescoço, sapatinhas da NASA, cabelo com aspecto de quem andou a meter os dedos molhados na tomada, os boxeres pelos mamilos e as calças pelo joelho. Da boca dele pouco mais do que: "óh caralho, e a gaija binha, e eu amandei-le, "óh tina". e ela nada, e eu "oh tina!" ... tibe que lhe ir ao cu!". E nao é que a leireira solta um sorriso como que encantada pelas doces palavras do romântico incorrigivel??!!??

Carissimos senhores, no cenário vigente arriscamo-nos a sucumbir a uma regressao evolutiva. Esqueçam a capacidade de argumentação e as técnicas de convencimento. Olvidem o "dar a volta" e o humor inteligente. Apaguem a conversa interessante e a boa companhia. Se querem voltar a privar com decotes que dão para ver o umbigo e cintos largos soltem o Tiano que há em vós e dediquem-se a poesia de andaime. Ou ela cai ao primeiro "oh estrela, queres cometa!" ou eu não me chamo Cidália de Sousa.

sábado, 4 de outubro de 2008

É póstume, mas é merecido


Vai com uma semana de atraso, bem sei, mas ainda assim não podia deixar passar em branco o inexorável desaparecimento de um dos maiores, mormente, na encarnação do único papel com que granjeou alcançar o Oscar de Hollywood (depois de ter sido nomeado - e ter perdido - 9 vezes antes), isto é, o mítico Fast Eddie Felson em A Côr do Dinheiro de 1986 e que eu vi e revi para cima de 278 vezes. Paul Newman era grande. Muito grande mesmo. Que categoria de actor...!