segunda-feira, 1 de março de 2010
Import/Export # 32: Enquanto houver água nas barragens é malhar no MST
"Há uns anos deu o mote, autor que foi da anedótica «é mais díficil ser portista em Lisboa do que muçulmano na Bósnia». Miguel Sousa Tavares (MST), de então para cá, prossegue na rotina do disparate, cego na corte ao azul e obstinado na injúria ao vermelho. O Tavares, numa das suas mais recentes prosas, atirou que no derradeiro ano em que o Benfica garantiu o ceptro nacional, sob o comando de Trapattoni, «nos últimos 10 jogos, todos os golos encarnados aconteceram de penálti e livres inventados ou duvidosos à entrada da área». O Tavares disse todos e todos só pode significar todos. Se não estudou o assunto, o Tavares é jornalisticamente desonesto; se estudou o assunto, o Tavares é intelectualmente desonesto. Em qualquer dos casos o Tavares é sempre desonesto. Desonesto e mentiroso. Ricardo Araújo Pereira, sobre o mesmo assunto, já tratou da (eufemística) amnésia do Tavares. Até lhe recordou, prescindindo mesmo do seu genial humor, que na temporada de 2004/2005 o FC Porto teve uma singular colecção de três treinadores e encaixou, em pleno Dragão, quatro golos sem resposta do Nacional da Madeira, justamente a 10 rondas do final da competição. A partir daí, o Tavares terá ficado mais vesgo. Dos 14 golos que o Benfica apontou, 7 foram obtidos de bola corrida. Todos os 7. E os outros? Três de (indiscutíveis) livres laterais, 1 de (indiscutível) pontapé de canto, 1 de (indiscutível) livre frontal e 2 de (só 1 discutível) pénalti. Chega? Já agora, no mesmo período, sob a arbitragem do patético António Costa, o FC Porto venceu o Marítimo, com um escandaloso golo de MacCarthy em fora-de-jogo. Só? E o golo do triunfo ao Gil Vicente? E o golo do triunfo ao V. Setúbal? O Tavares, nessa altura, viu o que viu e todos o viram contrair estrabismo futebolístico. O Tavares acha que percebe de tudo. O Tavares pode aparecer a falar da digestão dos suínos, pode aparecer a falar da estética dos saca-rolhas, pode aparecer a falar de subsídios para a compreensão do dedo grande do pé. O Tavares pode falar de tudo e de mais alguma coisa. O Tavares também pode falar de futebol. Não deixa é de ser aldrabão. E com descaramento agravado."
by João Malheiro in Hora Bolas (jornal Destak)
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1 comentário:
Li também o texto do Ricardo Araújo Pereira e em sintonia com este cada vez mais "desaprecio" esse ser que se diz jornalista...
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