sábado, 13 de dezembro de 2008

Diz que é Natal...



Não tenho ponta de pachorra para as beatas do consumismo desenfreado do Natal – aquelas (e aqueles, que o termo abrange também o género masculino) que fazem depender os sentimentos reprimidos ao longo do ano da qualidade dos presentes que vão comprar num qualquer Centro Comercial, como se isso se traduzisse no sumo que se retirou de 365 dias passados em total alhearia – mas muiiiiiiiiiito menos pachorra tenho para os novos Grinchs do Natal, os politraumatizados do caralho-que-os-foda que vêem nesta quadra (supostamente) festiva a raiz de todo o mal na Terra e, bem assim, em todos os planetas da Via Láctea e no mais que houver. Os coitadinhos que se sentem sós e desenquadrados nesta particular época, referem que nestes dias que antecedem o Natal se vêem assaltados pelos fantasmas que criaram desde que, naquele Natal em 1985, receberam aquele carro de rally telecomandado com fio quando o Carlitos da Turma 4B, nesse mesmo Natal, teve direito a um camião com comando à distância e ele até nem era bom aluno, antes pelo contrário, e agora até é ajudante de padeiro naquela Padaria/Pastelaria “Pão Ázimo” em Lordelo, mas desde então sentiram que a vida não lhes sorria ou quando o fazia era educadamente e num tom amarelo pastel. Puta que vos pariu, paneleiros da piça!!! Seria de esperar tamanho desprezo por tão resplandecente quadra se os referidos Grinchs em anos passados, matriculados em instituições de ensino celebrizadas por escândalos com figuras públicas e enrabadelas a sangue frio, agora associassem todo e qualquer objecto cintilante e/ou tremeluzente a esses episódios de terror explícito e ardor anal, mas ao invés estes pulhas do Natal presente só querem estar na moda. Sim, porque é da moda a malta com vinte e tal anos não gostar do Natal. Como era da moda aquelas calças City Jeans dos anos 90 e que agora, à luz de alguma razão e bom gosto, se assumem como as mais que prováveis causadoras de alguns desvios sexuais que por aí andam. Sim, não digo que o Natal seja o melhor dia do ano, mas ide apanhar no centro do olho do cu se pensam que nele personificam os vossos demónios pseudo-intelectuais, porque, se assim for, e à luz de tamanha mágoa e indiferença, nada como olhar para os restantes 364 dias e perceber que eles não são muito melhores do que aquele que se convencionou chamar de Natal, onde ao menos a ceia é farta, e fazer o que é justo… alojar uma bala na vossa cabecinha poliencaralhada!

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