A religião tem destas coisas. Sempre que estamos com o nalgedo entalado na porta, por mais ateus que sejamos, vemo-nos como que obrigados por um impulso sem nexo a apelar a todos os santinhos de que nos lembramos. Eu não sou muito ligado a cenários religiosos, mas assumo-me agnóstico (quem não sabe vá ver o episódio do "jogo duplo" de quarta-feira dia 11. E ainda dizem que não ha serviço publico na televisão nacional...) e como tal prefiro deixar a hipótese de existir algo em aberto não vá o diabo tece-las...
Nunca tinha sentido a cruel ironia do destino, energia, força superior omnipresente, Buda, Senhor, O Máior ou lá o que lhe queiram chamar. E como tal pouco ou nada tinha a dizer sobre algo que desconhecia. Eu sei que isto pode estar a ficar confuso mas mais adiante fica claro como água.
Como ainda não tinha sido bafejado pela sorte de contactar com a parvoíce que é a ironia do destino, energia,...coiso, Buda, Máior, não me tinha dedicado ao estudo do tema. Não quero com isto dizer que só me dedico a causa que a mim me tenham acontecido (ate porque poderia parecer egocentrismo e eu pretendo que acabem de ler o que escrevi até ao fim partilhando assim convosco o meu brilhantismo), mas de certo que a solidariedade vem mais facilmente quando nos toca a nós do que a terceiros. Como diria o outro (isto de um gajo estar na perfeita ignorância a respeito do autor de um qualquer artigo literário e de se reportar a ele como "o outro" é de uma arrogante incapacidade de lidar com as próprias limitações que valha-nos o Máior) "pimenta no cú dos outros e refresco" (ou como diria o meu bom amigo Cactus Jack "Piper Nigrum no orifício no final do intestino grosso por onde são eliminadas as fezes e gases intestinais de outrem é algo que refresca").
São aqueles momentos que nos levam ao desespero! A incapacidade de realizar algo que desejamos com todas a nossas forças, desde a ponta do cabelo à ponta dos cuelhos (que aproveito aqui para adiantar serem os pêlos do cú, sim, porque se há pintelhos porque não ha de haver cuelhos???), leva-nos por vezes a implorar pela materialização dessa força oculta e superior que rege a nossa vida comodamente e incólume à ira do comum mortal, para que possa-mos submeter-la a uma colonoscopia sem lhe avisar previamente que o endoscópio data do sec. VII e que lhe vai fazer dilatar a ampola rectal em 12 vezes o seu tamanho antes de rebentar a última camada muscular (Eis o porque de eu deixar a questão de existir algo superior em aberto, até porque é mais fácil culpar algo que possa efectivamente ter uma consciência do que algo tão inconsciente como o destino).
E já vão poder constatar o que falo.
Meus caro, se após o visionamento do excerto do filme sugerido não sentirem um ódio visceral por uma qualquer força que possa eventualmente existir, deixando-vos à beira de uma urticária psicogénica não sois homens não sois nada...
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