quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Bamos Benfica...!


Acredito que as opiniões se devem apresentar, ao menos formalmente, como disposições conclusivas lógicas de premissas correctamente desenvolvidas que permitam ao comum dos destinatários, através da sua exposição sucinta, a reconstituição do itinerário cognoscitivo e valorativo percorrido pelo opinante. Ou seja, acredito em merdas com pés e cabeça! Ora, serve o supra exposto intróito para expressar o meu descontentamento (cá está o primeiro dos elementos, a opinião prestada na forma de um adjectivo, ou vários como se perceberá já adiante), porque não dizer mesmo a minha indignação, aliás, o meu repúdio que se transmuta numa revolta profunda e que culmina numa fúria cega que, qual hossana da linguagem calaceira, potencia a mais sentida das exortações quando oiço da boca de fideputas que mais depressa desejam a derrota do clube de Benfica à milagrosa cura do pé de atleta que os atormenta desde que foram àquelas piscinas em Xabregas, corria o ano de mil nove e noventa e seis: «ide levar no prolongamento da coluna vertebral, horda de cáfilas», vulgo, no cu bando de camelos (e cá está a disposição conclusiva, brilhantemente exposta, aliás). Efectivamente, esta indisposição galopante tem a sua génese no estertor de clubíticos ordinários que vaticinam o fim do mais glorioso dos clubes, já desde o tempo em que o prodigioso joelho esquerdo do Rei Zezébio foi triturado num daqueles passadores com que a minha santa mãe, nos antigamentes, e como que por magia, transformava incipientes batatas cozidas em delicioso puré. Meus amigos, o vermelho veio para reinar e é bom que todos, mas todos mesmo (!), se compenetrem disso., caso contrário ver-me-ei obrigado a sacrificar virgens apenas por auto-recriação e na exacta rácio com que açambarco mínis – e não me obriguem a representar numericamente o valor em causa que eu ainda não aprendi a deitar o 8 –, a magnificência do Benfica que, não obstante o terramoto de Agosto de 1994, que atingiu a magnitude de 8,6 na escala de A.Jorges – devastador portanto –, bem como das suas réplicas nos anos subsequentes, ainda se mantém de pé e cheiinho de pujança (e, com a mestria de poucos, eis a exposição sucinta com a natural reconstituição do itinerário cognoscitivo). Se não fosse pelo clube do estádio da claridade produzida por qualquer fonte luminosa ou por qualquer substância em ignição, talvez (quase seguramente) a maior parte de vós não lograria alcançar, em tão tenra idade, a reveladora distinção entre coisas corpóreas e transcendência. Por tudo isto aceitem este singelo pedido e deixem de procurar Mães de Santo, Espíritas e, assim “c’massim”, Videntes das Estrelas e Tarólogos (com a honrosa excepção da Maya, não a famigerada abelha) para urdir o fim do clube do Rei. Todavia, e acaso insistam nesse comportamento mesquinho e arreliador, não terei eu outro remédio que não seja pedir ao “Maior” que vos castigue a todos, bem castigadinhos, em dias de profusa excreção intestinal à limitada escolha de um dos elementos representados lá mais em cima com o recurso ao suporte fotográfico (imaginando, claro está, que não existe nem a rabichice do bidé, nem água, nem folhas de jornal, nem plantas, nem aquela manga daquela camisa que a Tia Adélia vos ofertou por razão da comemoração do vosso 25º aniversário num raio de 400Km e que é o Chalana que tem as duas últimas folhinhas do vosso papel na mão e vai embalar em direcção a Adis Abeba)!

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