sexta-feira, 1 de outubro de 2010
OE 2011
A propósito do Orçamento de Estado (OE) de 2011 e das novas (!) medidas de austeridade que já foram anunciadas e que, inquestionavelmente, mais fundo vão cavar o fosso entre os ricos e os (novos) pobres (i.e., 10.587.934 dos 10.600.000 habitantes de Portugal já no ano de 2013), segue o texto infra que consegue, a reboque da experiência amarga do seu autor, retratar na perfeição o cenário que já era real e que, de hoje para amanhã, será hiper-real e fá-lo numa linguagem vituperiosa que é, como bem sabem, tão cara a este ignominioso pasquim:
«E ainda têm a lata de andar a dizer que vivemos todos numa época de grande conforto em comparação com tempos mais remotos. É tudo tanga, não mudou nada. No momento em que o pobre finalmente consegue amealhar dinheiro suficiente para comprar a engenhoca que andou a galar na montra desde que saiu para as lojas a um preço que nem levando no cu de sol a sol durante um ano dava para pagar, já o paneleirão com guita que andou a invejar por tê-la comprado logo que saiu tem uma merda qualquer de fazer pipocas a laser ou o caralho que o foda e volta tudo ao mesmo. Que conforto pode o pobre ter sabendo que tem mais não sei quanto tempo de espera pela frente até poder comprar aquilo também e assim ser feliz? Ainda mais sabendo que nessa altura já será tarde demais porque vai continuar a estar desactualizado, sempre a andar a reboque dos outros, sempre a comer os restos que a malta do papel deita fora. É uma injustiça, caralho, e quem disser o contrário é um filho de quarenta putas.»
by Príapo in http://priapoblog.blogspot.com/
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