sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Import/Export # 43: Uma composição sobre o zoo



Já há uns valentes anos que não lia uma composição como esta. Esta composição, a lembrar aquelas que nos mandavam fazer na escola sobre as férias grandes, sobre o primeiro dia de aulas ou sobre as mais bizarras idiossincrasias dos nossos avós, teve o propósito de concorrer à oferta de dois bilhetes para o zoo de lisboa e que seriam seleccionados com base na melhor justificação de qual, de entre os animais do zoo, seria o preferido de cada um dos concorrentes. Uma délice...!

"O meu animal preferido é o babuíno porque é um exemplo de preserverança e estoicismo em face da adversidade. Quando falo em face refiro-me, como é óbvio, às bochechas do cu (vulgo "nalgas"), na medida em que o babuíno vive permanentemente com o hemorroidal todo de fora que é uma coisa que só de ver uma pessoa parece que até já fica assada. Espanta-me por vezes de onde lhes vem a força de espírito para andarem sempre a rir. Penso que o babuíno é um exemplo para todos nós, em particular para os velhos que andam sempre a queixar-se aos filhos do quanto sofrem da sua brotoeja na peida que chega a ter jeitos de parecer o engaste no anel de um lelo, e a mandar os netos à farmácia comprar Halibut para lhes besuntarem o rebordo da variz anal devagarinho com o dedo, de preferência o polegar. Os referidos gerontes deviam era pôr os olhos no exemplo deste amistoso primata que mesmo com o cagueiro todo em sangue ainda arranja boa-disposição para comer merda às mão-cheias (e são logo quatro, note-se) e - porque não? - esfodaçar a ocasional fêmea quando ficar só a comer amendoim de turista também já enjoa.
Refira-se que as fêmeas são tanto ou mais dignas do nosso louvor e inflado encómio do que eles, pois não são de modo algum estranhas à sodomia e aqueles entre nós detentores de pornoteca voluminosa e não despicienda, que se tivessemos ambas as mãos livres não nos coibiriamos de aplaudir ruidosamente o profissionalismo daquelas senhoras que aguentam ali com o talo da couve de um angolano de dois metros todo pela bilha adentro (choramingando mas sempre com aquela nobre altivez dos mártires), tanto mais teremos de tirar o chapéu a estas zoológicas babuínas que não obstante a infecção anal galopante que se lhes alastra até às coxas não se fazem ainda assim rogadas a deixar o macho galopar-lhe sem piedade de ferro entalado no traseiro com aquela pujança de que só as criaturas das planícies africanas são capazes, mesmo sabendo que a generosidade lhes vai atrasar a recuperação da ilharga pelo menos mais duas semanas. Fora isso, também gosto do facto dos babuínos usarem patilhas, ao arrepio da tendência da moda dos últimos quarenta anos, que por algum motivo as votou à foleirice. Demonstra carácter numa época em que a maioria se limita a adequar a sua aparência aos padrões sociais vigentes, que nem macacos de imitação - passe a expressão que, deste modo, se demonstra ser injusta."

by Príapo in http://priapoblog.blogspot.com/

1 comentário:

Anónimo disse...

Esse gajo é Grande!