segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
No passado, passava por Paços de passagem até ao passadiço do passé composé
Antes de mais, quero juntar a minha voz ao coro daqueles que protestam contra o que se passou no jogo de sábado entre o FêQuêPê e o Paços de Ferreira. Falo, como sei ser óbvio, do roubo de capela orquestrado pelo árbitro Rui Costa.
De facto, o infame nome deste árbitro logo fez temer os corações tripeiros que, maculados pelo lodo do fosso do dragão, e mais acostumados com nomes bastante mais sui generis (como os de Veiga Trigo, José Guímaro, Carlos Calheiros ou Lucílio Baptista), cedo suspeitaram o pior.
E como estavam certos...!
Desde os primeiros instantes se percebeu que os castores (alcunha dada aos jogadores pacences) gozavam duma impunidade raramente permitida naquele reduto azul, com o sucessivo não sancionamento de passes completos entre os jogadores pacences num total igual ou superior a três - e que bem sabem os adversários do FêQuêPê, ser motivo para a marcação dum livre indirecto, com a consequente amostragem da cartolina amarela, ou, alternativamente (se bem que não recomendado), a soltura de Brüno "O Furão" Alves pelo campo fora, podendo este operar do jugo discrissionário dos seus cotovelos afiados para captura da posse de bola - e o correlativo deixar passar em claro (quase) todas as intervenções onde foram utilizadas partes proibidas do corpo na interacção com a bola (tais como joelhos, coxas, peito, calcanhares, cabeça e narizes, a acrescer às normais interdições legais) - com excepção feita ao lance do segundo cartão amarelo, e consequente vermelho, para o jogador Ozeia, por clamoroso toque intencional de peito na bola (!).
Ao invés, bem esteve o árbitro, se bem que inadvertidamente (acredito eu e o Jesualdo e todos os palermas que defendem que o FêQuêPê tem sido prejudicado pelas arbitragens ao invés de constatarem que não jogam a ponta dum caracol), ao não invalidar um golo legítimo do avançado Falcao aos 86 minutos, porquanto este não só foi marcado com a mão direita (sendo o jogador destro), como o foi dentro da pequena área adversária, a uma altura inferior a 1m70 e em jogo corrido (razões de sobra, portanto, para não se perceber todo o alvoroço criado em torno deste lance imaculado de futebol).
Assim, e por forma a elucidar os menos elucidados, aqui fica o referido golo:
P.S. Uma nota final de apreço para o jornal O Jogo que, não obstante o sururu que desde logo se gerou após a marcação do golo de Falcao - e apesar de ter acesso às imagens supra expostas - se alheou de calúnias e parvoíces e fez, da forma resumidíssima que segue infra (deixando à liberdade do leitor a interpretação dos conceitos "voa" e "corresponder"), o relato escrito do golo:
86'
[1-1]
Falcao voa para o golo do empate, um voo a corresponder a um cruzamento, da esquerda, de Varela.
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