terça-feira, 7 de outubro de 2008

Teoria da Involução

Em tenra idade, e desde que comecei a ser sensibilizado para as questões das Ciencias da Terra e da Vida, que perdia longos períodos da minha tarde a estudar os meus semelhantes por intermédio de revistas culturais que, pelo amor que lhes nutria, teimava em guardá-las debaixo do colchão. Mas não é disto que quero falar, pelo menos por enquanto.

De novo...

Em tenra idade, e desde que comecei a ser sensibilizado para as questões das Ciências da Terra e da Vida, que me fascinava a paleontologia e a evolução das espécies. Do homem das cavernas, esse "infeliz" que vivia rodeado de mulheres semi nuas que, por questões instintivas se via "obrigado" a arrastá-las para dentro da caverna sempre que lhe desse na vinheta; ao homem moderno, que tem futebol...enfim, se evoluimos ou não deixo ao vosso critério. Mas tenho para mim que seria bem mais provável na idade da pedra ser inventado o futebol (se é que já não havia uma forma rudimentar), do que convencermos a mulher moderna a despir-se e a partilhar connosco um leito sempre que "o menino quiser chorar".

E neste estudo da evolução houve vários cientistas que se propuseram a adiantar teorias à cerca das pressões que nos teriam levado ao ponto a que chegámos. De todos eles, aquele cuja ideologia me parecia mais lógica, era sem dúvida Darwin. A sobrevivência do mais apto parecia-me lógico. E claro que, obdecendo às leis da natureza, a preferência reprodutiva recairia sobre aqueles cujos genes dariam maior probabilidade à descendencia de sobreviverem, dando assim continuidade ao legado genético. Isto tudo devidamente precedido dos normais e designados sinais e rituais de acasalamento.

Mas nas minhas ultimas incursões nocturnas tenho-me deparado com realidades algo diferentes. Não falando sobre a escolha do parceiro, que poderia dar um contorno de desespero a este texto, e há que saber respeitar o inergume que ficou com ela, ou o alcoólico inveterado que só sabe dizer "maijuma tacha de binho pra mim e prá pomba", ou o gordo careca que nem unhas tem para o DB7 que tem a porta, AHAHAHAH#$1GD&@££RAFGSJHFGDASJAH...errrrrrrr....bom, desconsiderem os últimos comentários.

Voltando ao texto....áh....parece-me que enfrentamos uma regressão evolutiva, o que de certo baralha o dedicado bandido que se vê privado de pôr em prática as mais elaboradas técnicas de furto. Como é sabido, bandido que é bandido não se mistura com a restante classe de foras da lei, por uma questão meramente evolutiva. A capacidade adaptativa possibilitou-nos superar as dificuldades crescentes num mundo cada vez mais exigente e competitivo. E eis-nos aqui, no topo da cadeia alimentar, lingua aguçada e perfeitamente talhada (por anos de prática) para a bela arte do "convencimento", prontinhos para atacar...e de repente vemo-nos rodeados de leireiras??!!?? Ora, eu não quero acreditar que o senhor Darwin se enganou nalgum ponto da sua ideologia, mas ou o meio regrediu (possibilitando a sobrevivência dos menos iluminados) ou estou em vias de mandar o Sr. Darwin apanhar em sitios quentinhos e acolhedores. Francamente, no auge do nosso intelecto e pregam-nos uma destas??!!?? E quase tão vil como rebentar a rotula do Cristiano à garfada logo após o seu brilhante desempenho ao serviço do Sporting quando este defrontou o Manchester. E ainda bem que falamos nessa estrela do futebol, porque vem mesmo a calhar. A rodear as supracitadas leireiras estão quase invariavelmente, um grupo de tianos.

E lá estamos nós mais uma vez na guerra, na disputa pelo objecto de furto a ombrear com estes serumanos. Confesso que nada tenho contra eles. Alguns até me fazem rir sem precisarem de recorrer ao humor, e Deus Nosso Senhor sabe o quanto ao gosto de gargalhar. Agora fico revoltado pelo facto de verificar que nesta selva são aparentemente estes especimens que levam a melhor.Voltando um pouco atras. La estão as ditas leireiras, senhoras que toda a gente sabe têm muito calor pelo que, mesmo no pico do inverno teimam, por motivos de saúde, a escolher roupa que, apenas por sorte, lhes cobrem as bordas da regueifa. Já os peitos, esses vem quase como vieram ao mundo, a excepção do pequeno circulo castanho que de certo tira o sono a muito jovem. Claro que com tanto estimulo é natural que um bandido que se digne ponha em prática o que melhor sabe fazer - roubar! Mas aparentemente os sinais ou estão trocados ou sou eu que já só consigo ler em braile. Uma investida, e outra, e outra, e aparentemente a balança não pende para o nosso lado. Ao lado, um Tiano, envergando t-shirt aberta ate ao peito, fio ao pescoço, sapatinhas da NASA, cabelo com aspecto de quem andou a meter os dedos molhados na tomada, os boxeres pelos mamilos e as calças pelo joelho. Da boca dele pouco mais do que: "óh caralho, e a gaija binha, e eu amandei-le, "óh tina". e ela nada, e eu "oh tina!" ... tibe que lhe ir ao cu!". E nao é que a leireira solta um sorriso como que encantada pelas doces palavras do romântico incorrigivel??!!??

Carissimos senhores, no cenário vigente arriscamo-nos a sucumbir a uma regressao evolutiva. Esqueçam a capacidade de argumentação e as técnicas de convencimento. Olvidem o "dar a volta" e o humor inteligente. Apaguem a conversa interessante e a boa companhia. Se querem voltar a privar com decotes que dão para ver o umbigo e cintos largos soltem o Tiano que há em vós e dediquem-se a poesia de andaime. Ou ela cai ao primeiro "oh estrela, queres cometa!" ou eu não me chamo Cidália de Sousa.

Sem comentários: