quarta-feira, 30 de junho de 2010

Uma palavrinha sobre os Navegadores



Não querendo cansar os açulados leitores, também eu, indefectível bandido, tenho, não algumas, mas "as palavras" sobre o jogo de ontem com a Espanha. Sim, porque não querendo gabar o meu cestinho, o futebol é ciência que domino e enxovalho (como forma de provar o meu domínio) e essa sapiência dá-me estatuto, não apenas para tocar na ferida, como, igualmente, para cicatrizar a dita.
Objectivamente, a Espanha é melhor que Portugal. A Espanha é o Barcelona sem Messi e Portugal é, melhor dizendo, era (antes do Mundial começar) o Cristiano Ronaldo sem o Real Madrid. Ponto final.
Depois poderão dizer-me que "ah e tal, nunca temos sorte e o camandro" e é verdade. Mas não é por acaso que a nossa música oficial é o "fado". De facto, quando somos piores, perdemos e aceitamos isso moderadamente bem (falamos em justiça divina e tudo). Quando somos melhores... perdemos também (como foi o caso do Europeu de 2004 e dos Mundiais de 1966 e 2006). Não há volta a dar, a não ser continuar a tentar (o Paul Newman também foi nomeado 12 vezes para o óscar que só ganhou à 13ª tentativa).
Quanto ao mais, farei uma análise individual, não apenas do onze, mas das principais figuras:

Eduardo - Gigante! Calou a minha própria desconfiança. O lugar é teu (se ainda o quiseres).
Ricardo Costa - Quem não sabe mais, a mais não é obrigado.
Ricardo Carvalho - Aguentas mais 4 anos?! Por favor.
Bruno Alves - Um "esteio" na defesa (sempre quis usar esta palavra).
Fábio Coentrão - A grande revelação deste Mundial. Para os outros, não para mim.
Pepe - Quando o corpo não dá para mais, a vontade fica curta.
Raúl Meireles - Bom Mundial. Digno.
Tiago - Precisa de espaço e tempo para pensar o jogo. Há jogos em que dá (Coreia), outros em que não dá (Brasil e Espanha) porque as linhas estão mais juntas.
Simão - Fraco (ainda que, a defender, o seu posicionamento fosse importante).
Cristiano - Fraquinho.
Hugo Almeida - Outra valente surpresa na entrega ao jogo.
Danny - Cheguem-lhe um fósforo!
Liedson - Quem é este gajo?!
Deco - Obrigado e adeus.
Prof. Queiroz do Vale - Uma nulidade nas escolhas dos seleccionados. Uma surpresa na organização táctica da equipa (se bem que contra a Espanha, perdeu a guerra quando entrou o Llorente) e na leitura dos seus pontos fortes e fracos. Uma nulidade nas substituições. Uma nulidade no balneário. Dá o lugar a outro, por favor.

E assim, a conclusão é que perdemos e perdemos bem. Mas por uma vez, uma vez apenas (!), gostava que Portugal ganhasse e ganhasse mal. Assim ao jeito da Grécia em 2004. Mas não, porque somos Portugal. Merda de fado...!

1 comentário:

Anónimo disse...

Está tudo muito bem, sim senhor, mas que raio de fregueses é que deveriam ter sido chamados e não foram? É que assim de repente (e infelizmente), não estou a ver grande escolha...

Matateu