terça-feira, 31 de março de 2009

sexta-feira, 27 de março de 2009

Import/Export # 19: Uma reflexão acerca de lixo by RAP in Visão


"Certo dia, quando trabalhava no JL, fui incumbido de entrevistar uma escritora chamada Adília Lopes. A primeira pergunta que lhe fiz foi sobre um poema seu de que eu gostava e gosto muitíssimo. Chama-se Autobiografia sumária e só tem três versos: «Os meus gatos / gostam de brincar / com as minhas baratas.»
O meu objectivo era impressionar a autora com a minha excelente interpretação do poema. Disse-lhe que aqueles versos eram também o resumo da minha vida. Os meus gatos, isto é, aquilo que em mim é felino, arguto, crítico («Não é por acaso», disse eu, «que Fialho de Almeida reuniu os seus textos críticos num volume chamado Os Gatos»), aquilo que em mim é perspicaz - e até cruel - gosta de brincar com as minha baratas, ou seja, aquilo que em mim é repugnante, negro, rasteiro, vil. E aquela operação poética - que é, igualmente, uma operação humorística - de escarnecer de si próprio era-me tão familiar que podia descrever-me de forma tão competente como à autora do poema.
Os olhos de Adília Lopes humedeceram-se. Fosse qual fosse a noite solitária em que escreveu o poema, estava longe de imaginar que, tanto tempo depois, a sua alma gémea se apresentasse à sua frente, compreendendo-a tão profundamente. Foi então que Adília Lopes falou. Disse o seguinte: «Pois. Bom, comigo, o que se passa é que eu tenho gatos. E tenho também baratas, na cozinha. E os gatos gostam de ir lá brincar com elas.» E depois exemplificou, com as mãos, o gesto que os gatos faziam com as patinhas.
Foi naquele dia, amigo leitor, que eu deixei de me armar em esperto. Tinha citado Fialho de Almeida, tinha usado a expressão «operação poética», e tinha-me visto a mim onde só havia gatos e baratas. Os olhos de Adília Lopes estavam húmidos, provavelmente, do esforço que a sua proprietária fazia para não rir. (...)"

quarta-feira, 25 de março de 2009

Import/Export # 18: Liquidação total ou estupidez?!


Caramba, adoro o nosso país! Adoro o clima, as praias, as gentes, a gastronomia, os vinhos, a cerveja (!) e adoro o nosso corpo político. Se não fossem estes últimos, nunca ninguém nos teria sugerido uma medida tão beldroega como a que o Governo quer implementar de passar o ensino obrigatório do 9º até ao 12º ano. Ahhhh!, nada como deixar às portas duma qualquer Universidade deste país alguém que ainda lê (e escreve), como a fotografia bem demonstra, com a regra primária de sílaba a sílaba - razão pela qual, ao olhos deste(a) poeta (/poetisa) contemporâneo(a), a segunda palavra lê-se QU-E-CA, ou seja, peça de indumentária masculina ou feminina que serve para cobrir e proteger os órgãos sexuais.
Dúvidas?! Alguém?!

Twitters of all world: "None of you have any friends!!"

segunda-feira, 23 de março de 2009

Import/Export # 17: FC Porto esse mistério insondável


Com o claro e assumido pretexto de desvirtuar aquele que vai sendo o tópico das conversas nos dias que correm - até porque já vou estando bastante farto das lamúrias dos sportinguistas que se arrastam durante semanas e das luciladas (em referência ao Sr. Lucílio Baptista, pessoa muito pouco idónea, mas a respeito da qual não acredito que algum dia tivesse a consciente intenção de beneficiar o Benfica) que se arrastam desde sempre, julgo - segue infra uma reveladora (quer dizer, pelo menos para os mais distraídos ou para aqueles que nunca se deitaram a observar de forma desapaixonada para o mundo futebolístico nacional que, mal ou bem, os rodeia) comparação jornalística de um jornal inglês a propósito do FC Porto e da sua pretensa mística:

«Porto won the European in 1987 and 2004 and have 23 Portuguese titles. They are very much the Ringo Starr of the English quartet - a great history cannot disguise a lack of charisma.»
The Guardian, 20/03/2009

E para que não restem dúvidas sobre a clareza do que se afirma supra a propósito da analogia entre FC Porto e o baterista dos Beatles, Ringo Starr, vejam (e percebam!) o que John Lennon disse quando lhe perguntaram, certo dia, numa entrevista:
"Is Ringo Starr the best drummer in the world?"
Lennon quipped "He's not the best drummer in the Beatles!"

quarta-feira, 18 de março de 2009

Import/Export # 16: Como se safa Pinto da Costa de tantos e tantos (!) processos?! A resposta by O pior de tudo


Réubéubéu

Conselhos (muito úteis, estou certo) de como castigar o seu animal de estimação (e quando falo em animal de estimação estou a pensar, única e exclusivamente, em cães! - não me venham com as mariquices dos tarecos, dos canários e dos roedores que eu vos garanto que arranjo maneira de bloquear o acesso desta espelunca ao vosso IP, a sério que arranjo!) quando este filhá-da-puta fizer um disparate dos grandes, tipo tentar montar a gaja que trazemos para casa no fim da noite ou mijar nos sapatos que escolhemos quando estamos a tomar banho. Atentai minha grei, que é remédio santo:
Castigo # 1:

Castigo # 2:

Castigo # 3:

Castigo # 4:
Castigo # 5:
Castigo # 6:
P.S: O ar miseravelmente infeliz que cada um destes canídeos apresenta durante o castigo é a prova provada que aprenderam a lição...!

terça-feira, 17 de março de 2009

Californication...!


Radio Show Host: What's your latest obsession?
Hank Moody: Just the fact that people seem to be getting dumber and dumber. You know, I mean we have all this amazing technology and yet computers have turned into basically four figure wank machines. The internet was supposed to set us free, democratize us, but all it's really given us is Howard Dean's aborted candidacy and 24 hour a day access to kiddie porn. People... they don't write anymore, they blog. Instead of talking, they text, no punctuation, no grammar: LOL this and LMFAO that. You know, it just seems to me it's just a bunch of stupid people pseudo-communicating with a bunch of other stupid people at a proto-language that resembles more what cavemen used to speak than the King's English.
Radio Show Host: Yet you're part of the problem, I mean you're out there blogging with the best of them.
Hank Moody: Hence my self-loathing.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Oh no!, another one (study)...!


Diz um estudo recente (duma dessas universidades estadunidenses que ninguém consegue pronunciar ao cabo de 3 tequillas e 19 finos) que as pessoas mais inteligentes têm mais azar ao amor do que as outras (chamemos-lhes menos inteligentes - quando na verdade estamos a pensar em burros falantes). "É uma maneira de o Universo manter o equilíbrio e mais não sei quê, não dando tudo a uns e nada a outros", dirão alguns - decerto passíveis de cabimento na fabulástica categoria (mais ou menos eufemística) supra referida. Mas não. O que acontece é que as pessoas mais inteligentes - das quais os bandidos laquadrilhenses são um fiel exemplo (bastando, para tal, atender aos sucessivos fracassos amorosos que vão coleccionando) - têm uma maior dificuldade de se relacionarem com as demais pela imagem que criam de si próprios. No fundo, o chamado efeito espelho devolve-lhes uma imagem com que as demais pessoas não conseguem lidar, o que acaba por originar frustração, desilusão e muito calão (na hora da despedida) das boquinhas dessas mesmas pessoas.
Em face do exposto, sou de pedir às dançarinas de kankan que se cruzem na vida dos bandidos laquadrilhenses que se preparem para uma natural inversão nos clichés de despedida que apresentamos, e dos quais evoluíremos, passando do (tão) batido "o problema não és tu, sou eu" (celebrizado pelo mítico George Costanza), para o mais bandidisticamente honesto "o problema não sou eu, és mesmo tu".

sexta-feira, 13 de março de 2009

Noticia do Expresso de ontem (Edição de 12.03.2009)


Ele há notícias que nem precisam de ser trabalhadas. Que são intrinsecamente boas (se bem que surreais é a palavra mais adequada). Que têm uma luz própria. Que nos espantam e nos repugnam ao mesmíssimo tempo. Que nos fazem rir e nos fazem... bom, chorar a rir. E para essas, de que é um belíssimo exemplar o que segue infra, basta o mítico copy+paste...

"A Polícia Judiciária deteve ontem um jovem de 17 anos por alegada violação de um homem de 50 anos. O caso insólito ocorreu na ilha da Madeira, na madrugada de terça-feira, na residência do indivíduo, que teve que ser assistido no posto médico de área.
Face às lesões sofridas, a equipa médica decidiu encaminhar o indivíduo para o Gabinete Médico-Legal, e só depois da peritagem, que concluiu haver fortes indícios de estupro, é que a vítima acabou por admitir ter sido vítima de violação.
Face à "pujança física" do alegado agressor, o indivíduo "apanhado de surpresa", "não conseguiu oferecer resistência", explicou Carlos Farinha, coordenador da PJ na Madeira. "Um caso insólito pois trata-se de um jovem a violar um homem adulto, não se trata de um questão de liberdade sexual de género, mas de uma violação que ocorreu dentro do mesmo género, o que pode levar a conclusões perversas e perigosas", concluiu.
O detido, de 17 anos de idade, foi sujeito a primeiro interrogatório judicial tendo-lhe sido aplicada a medida de coacção de prisão preventiva."

P.S.: Sugestão extempôranea para o título da referida notícia - à atenção do cinema português: "Um jovem. Um sonho. Uma encavadela. Duas minhocas. Um silêncio profundo. Um hospital."

Import/Export # 15: Viva a chefia! by Objectos


quinta-feira, 12 de março de 2009

Ti'Anica do Loulé


Cactus Jack : olha lá perdigueiro, ficas cá este fds?
G.@LISBOA : em príncipio TIM
G.@LISBOA : E TU? Não ias até ao Porto?
Cactus Jack: e devo ir
Cactus Jack: acho eu
Cactus Jack: talvez
G.@LISBOA : então posso ficar em tua casa?
Cactus Jack: nope
G.@LISBOA : Não vai estar lá ninguém, pois não?
Cactus Jack: vai lá estar o fantasma do natal futuro
Cactus Jack: e o gajo n gosta de confusões
G.@LISBOA : EU É QUE SOU O FUTURO
G.@LISBOA : CALA-TE
Cactus Jack: se és do futuro ou não, n sei
Cactus Jack: mas que és o rei do caps lock, ai disso n restam dúvidas!
G.@LISBOA : tudo à GRANDE, já ouviste a frase?
G.@LISBOA : HEINHE!!!!!!!!!!!!!
Cactus Jack: :/
Cactus Jack: tenho algum receio em falar ctg
Cactus Jack: a tua bipolaridade é como as piores estirpes virais: impiedosa e de fácil contágio
Cactus Jack: e pelo que vou vendo, n vai dando sinais de abrandamento na tomada de controlo total do teu "eu"
Cactus Jack: pobrezinho... és uma marioneta dentro do teu próprio corpo
G.@LISBOA : NÃO FALES COMIGO
G.@LISBOA : FALA COM O GELEIRA
G.@LISBOA : DEVES-TE DAR BEM COM ELE
Cactus Jack: esse ao menos é constante
Cactus Jack: e sempre tem a vantagem de não lançar mão do caps lock sempre que se quer fazer ouvir (e/ou ler)
Cactus Jack: já pareces os porteiros de discoteca: não se te pode dar um bocadinho de poder…!
G.@LISBOA : NÃO CONSIGO ESCREVER DE OUTRA MANEIRA, TENHO UM TECLADO QUE AGE SOZINHO
G.@LISBOA : MAS DIGO-TE, É MUITO DIFICIL LARGAR O CAPS LOCK
Cactus Jack: poor puppet...!
G.@LISBOA : EU NÃO CONSIGO....
G.@LISBOA : ESTÁS A GRAVAR ISTO NÃO ESTÁS????
Cactus Jack: temo que sim…
Cactus Jack: e daqui para o blog :)

Trocas e baldrocas


Por acreditar em tudo o que os outros meninos lhe contavam, ficou conhecido como o anti-céptico.

quarta-feira, 11 de março de 2009

A respeito do Bayern Munich vs Sporting de ontem...


... nem um único comentário (porque foi mau de mais para o futebol português, para o futebol dos países de língua portuguesa e para o futebol dos países onde alguém, um dia, gritou "foda-se-caralho" em bom português - pior que o humilhante resultado das duas mãos do glorioso SLB diante daquela equipeca de Vigo na já longínqua época de 1999/2000)!
P.S.: Mas de assinalar o pedido feito por um jornal alemão para que a equipa do SCP fosse proibida de jogar a este nível nos próximos anos.

terça-feira, 10 de março de 2009

Medina Carreira entrevistado na SIC pelo Mário Crespo - É uma rilhada de tiros...!

Vale mesmo (!) a pena ver e (sobretudo) ouvir a cadência irascível, a violência compassada e o arremesso engatado com que a boca (e/ou tommy gun) do fiscalista Medina Carreira dispara para todos os lados. E o fim da entrevista pode, apenas, ser definido como delicioso!

Vejam aqui em baixo:
http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/mariocrespoentrevista/2009/3/mario-crespo-entrevista.htm

"Nem Jesus Cristo teria soluções para isto (Portugal)!" - Medina Carreira (09.03.2009)

A bitch on a leash


Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: ja consegues aguentar os alimentos dentro de ti?
M.: já... desde sábado!
M.: até estou mais bonito agora q perdi uma gordurita!
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: mais ainda?!??!
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: dassssse...!
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: nem consigo imaginar tal ordem de grandeza
M.: é um espectáculo digno de se ver!
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: pois deve ser...
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: candas a fazer, cao da pradaria?
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: ja tiveste noticias do teu primo ansumane mané?
M.: só recebi um mail...
M.: estou a acabar as minhas 2 primeiras candidaturas ao MBA.
M.: vou enviá-las agora!
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: bamos carago!
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: pradonde?
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: harvard e ?
M.: chicago
M.: fica a faltar stanford. prazo em abril
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: muy bien
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: e dp de stanford fechas a loja?
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: n poes, sequer, a hipotese de lx?
M.: nope
M.: States or bust!
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: mais um emigrante...
M.: só se correr bem!
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: como esta o ansumane mané?
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: aquilo esta a correr bem?
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: ja é pai?
M.: n sei.
M.: como te disse, só recebi um mail...
M.: o gajo n dá notícias!
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: e o que dizia o mail?
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: ainda n foi sequestrado, pois nao?
M.: q estava bem e q ía beber umas cervejas e comer um prego lá para um sítio do burgo
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: que pedreiro!, nem se digna a dar noticias
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: espero bem que apanhe alguma merda no olho do cu
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: daquelas que dao abrasao nas bordas e que o impeçam de se sentar direito
M.: depende das esplanadas em q se sentar...
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: nada disso!
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: havia de lhe nascer um hemorroidal tao grande que o havia de impedir de usar calçoes
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: e sempre que ele se sentasse aquela merda, tipo cauda, havia de se espichar toda e sujar-lhe as calças com pus
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: (que, como tds sabem, é nódoa que custa a sair)
M.: onde é q tu vais buscar essas ideias?
M.: és retorcido de uma maneira suja...
Deu com a boca no trombone. Foi descoberto. Levou com o trombone na boca: n me tentes amaciar com elogios...!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Import/Export # 14: ZDQ in A Bola - A impunidade tripeira



Zé Diogo Quintela (lagarto) na 1ª pessoa na rubrica "A minha fé" (in A Bola):
"Numa entrevista dada há dois anos ao Record, o Rui Jorge, quando lhe perguntaram sobre as diferenças de tratamento dos árbitros a jogadores do Porto e do Sporting, disse: «Joguei seis anos no FC Porto, sete no Sporting e é uma questão de ver quantas vezes fui expulso num lado e noutro. Pergunto: será que mudei tanto a minha atitude e personalidade desde que fui para Alvalade? Eu tenho a certeza de que fui sempre igual.»

Eu também tenho a certeza de que o Rui Jorge foi sempre igual: bom jogador e refilão. Só que, enquanto no Porto lhe era permitido gritar, esbracejar, afirmar que conhecia a actividade profissional da mãe do bandeirinha, correr atrás do José Pratas (saudades para Zé Pratas!) ou dar umas peitadas valentes num árbitro ensanduichado contra o Fernando Couto, no Sporting este tipo de comportamento era-lhe vedado.

O mesmo se passa com o Derlei, o Postiga, mesmo o Tonel. Ou, no Benfica, passou com o Zahovic. Jogadores que trouxeram a maneira arruaceira de ser do Porto, que não é permitida em mais lado nenhum. O que lá é «vontade de ganhar», cá dá direito a expulsão «por palavras», os eufemismo que os comentadores usam.Porque, para o Porto, há impunidade.

Como vimos no fim-de-semana passado, Rodriguez agrediu o Caneira, o árbitro viu, mas só lhe mostrou o amarelo. É natural, teve medo. João Ferreira pode ter estado no Líbano, mas comparado com o famigerado túnel das Antas, Beirute é para meninos. O Médio Oriente é perigoso, mas não tem observadores que lhe podem estragar a nota se prejudicar o Porto. E é mais seguro interpelar um muçulmano com um suspeito cinto de bombas do que expulsar o Lucho por ter tentado decidir pelo Derlei que o Ninja devia acabar a carreira durante a 1.ª parte do Porto-Sporting. É mais seguro fazer vista grossa. (Já agora, quem compara a pisadela do Derlei ao Cissoko com a do Lucho ao Derlei, não sabe ver bola. Literalmente: num caso, ela está em disputa, no outro nem aparece na imagem. Entretanto, o médico do Porto vem dizer que os jogadores do Porto se lesionam mais no campeonato português do que na UEFA, porque a Liga não os protege, permitindo que certo tipo de atitudes se repitam. Estou de acordo. É mais do que tempo de castigar exemplarmente as narigadas que os avançados dão nos cotovelos do Bruno Alves. Qualquer dia o rapaz apanha uma infecção de tanto ranho que acumula nos antebraços).

Comecei a perceber que o Porto era impune durante os anos 90, quando via que aos jogadores do Porto tudo era permitido. Na única vez que acompanhei o Sporting às Antas, em 94, vi 3-jogadores-3 serem expulsos (brincadeira repetida em 2002, quando Paulo Bento foi expulso por dizer a Martins dos Santos que uma falta a ele assinalada era «uma vergonha», o que não está correcto, é verdade, mas que dito por um jogador do Porto até seria um elogio). No fim, à saída do estádio, levei um calduço e roubaram-me o cachecol. Não ia com a claque, ia só com um amigo. Tínhamos 17 anos. Outros sportinguistas não tiveram tanta sorte, levaram mesmo porrada. Isto, em frente à polícia. Dentro do estádio, um levou uma facada.

O mais engraçado é que tínhamos perdido 2-0: não era raiva pela derrota, era raiva pela vitória. E, para juntar insulto à injúria, um dos golos foi do Vinha! Aí, percebi que era tudo normal (menos os golos do Vinha). Ser roubado nas Antas era normal. A dualidade de critérios era normal. Era normal os jogadores pressionarem fisicamente os árbitros ou cortarem contra-ataques com faltas violentas sem serem punidos.

E continua a ser normal o Bruno Alves ser violento sem que lhe aconteça nada. E é normal pagarem uma viagem ao Brasil a um árbitro, sem que lhes aconteça nada. E continua a ser normal o presidente receber o árbitro que vai apitar o próximo jogo do Porto, para lhe dar um envelope. Porque o Porto passa sempre impune. Quando não passa, tiram-lhe seis pontos num campeonato em que têm 20 de avanço e não lhe faz diferença. Ou seja, quando se reconhece que não é normal, a maneira como são castigados é mais um enxovalho ao resto dos clubes. O que acaba por ser normal. Se os seis pontos tivessem sido tirados no início deste campeonato tinha sido diferente. Mas não era normal."

sexta-feira, 6 de março de 2009

A malfadada crise


O presidente da Ryanair, Michael O'Leary, afirmou em entrevista à BBC que "já considerámos a possibilidade de colocar uma ranhura para inserir moedas na porta das casas de banho dos aviões". Daqui à inserção de moedas nos "mealheiros" das assitentes de bordo - que teriam, para que a medida resultasse, de ser alavancadas bem lá para cima - é um saltinho (pequenino). E ainda me querem convencer que uma crise desta magnitude não tem aspectos positivos... Palermas!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Jo dar gaya samjo mar gaya

Em tom de apresentação...



Ouvi falar em celebrações, boas vindas e passagens ao cara***.
Não ousem!!!

The one who got scared, can be considered dead!
Death to the cowards!

Mais um se junta a nós...!

Para comemorar a entrada de mais um patife neste pasquim de judiarias e, sobretudo, para recolocar este blog nos trilhos a que sempre nos habituou (por forma a podermos esquecer as imagens daqueles barbies africanos do meu anterior disparo), segue infra o presente de boas vindas para o bandido Gabbar Singh. Bem vindo sejas e faz-me o favor de te passares (imediatamente) ao caralho!

Para ti, Black (nem de propósito) Bart

Todos nós imaginamos o quão dificil será deixar tudo aquilo que conhecemos, a nossa família, as pessoas de quem gostamos (ou que, ao menos, toleramos), as nossas (boas) rotinas e duas ou três fêmeas que por nós se assolapem reiteradamente e emigrar. Agora imaginem o que será deixar tudo isto e entrar Áfric'àdentro, empunhando, tão somente, uma catana mal afiada e ter de arranjar forças para gatunar e bandidar o mais que se puder. Meu mau e infiel companheiro de armas BB, nem tudo é mau como as estradas em terra batida, a catinga, os (milhares de) kwansas para comprar um singelo papo-seco e a malária. Anima-te! Caramba, também há coisas boas nessa terra. Não acreditas?!, então deita o olho (do cu) ao que vem infra:


P.S.: Ai de alguém que se atreva a clicar nas imagens para as ver em maior detalhe (a menos que o propósito de tal acção se restrinja à zombaria maliciosa - nesse caso, até encorajo!).

terça-feira, 3 de março de 2009

Gloriosa entrada da Rainha Sta Isabel num espaço de diversão nocturna em Cbr City



Vede, herege povo que polui, com a sua constante presença, este espaço de malfeitorias, como na infâmia e no mau carácter dos bandidos que aqui pontificam também pode haver lugar para a religião e para o culto da fé pela Rainha e pela sua infinita graça.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Prémio Carnaval 2009


Procissão da Rainha Sta Isabel (Coimbra City)
P.S: Clicai na imagem que ela, como que por milagre, aumenta!