Ontem, tive o desprazer de ver, na SIC Noticias, a reposição do programa "Sinais de Fogo", apresentado por uma das maiores alimárias da televisão, não (!), do jornalismo nacional, um beldroega que responde ao nome de Miguel Sousa Tavares.
Neste cantinho que vive do espiolhanço alheio e, outrossim, da genialidade dos bandidos que aqui vertem as suas alegrias e tristezas em forma de texto e/ou imagens suculentas, tenho já malhado ferozmente em anátemas da coerência, mas nenhum - acho eu, assim de cabeça - me causa um refluxo gástrico tão intenso como o pseudo-jornalista-escritor-intelectual-palhaço do Miguel Sousa Tavares (MST).
Este déspota da irracionalidade, voltou ontem à antena - sim, porque os x anos que passou na TVI traduzem-se em x anos de descanso e/ou inexistência - com um programa onde se propôs entalar o nosso Primeiro Trafulha.
Na passividade intelectual que pautou toda a entrevista, com falsos ataques e falsas moralidades berradas para quem as quisesse ouvir, o pseudo-jornalista-escritor-intelectual-palhaço MST soltou uma pequena pérola, a propósito da divulgação das escutas no Processo Face Oculta pelo jornal Sol, que passo a transcrever:
MST - "O Sr. PM não leu a transcrição das conversas que vêm no Sol? (...) A certa altura há uma das pessoas... (...) Mas conhecemos [a propósito das conversas transcritas] e uma vez que as conhecemos não podemos fingir que não conhecemos. Eu pelo menos não posso. (...) Mas eu não posso deixar de citar. O país inteiro fala disso."
Na passividade intelectual que pautou toda a entrevista, com falsos ataques e falsas moralidades berradas para quem as quisesse ouvir, o pseudo-jornalista-escritor-intelectual-palhaço MST soltou uma pequena pérola, a propósito da divulgação das escutas no Processo Face Oculta pelo jornal Sol, que passo a transcrever:
MST - "O Sr. PM não leu a transcrição das conversas que vêm no Sol? (...) A certa altura há uma das pessoas... (...) Mas conhecemos [a propósito das conversas transcritas] e uma vez que as conhecemos não podemos fingir que não conhecemos. Eu pelo menos não posso. (...) Mas eu não posso deixar de citar. O país inteiro fala disso."
No passado, este onanista do raciocínio de algibeira (o mesmo é dizer, do processo intelectual - aqui num sentido bastante amplo - que faz depender do objectivo pretendido no imediato o expelir de letras agregadas através do movimento ritmado da boca, tal qual um fantoche movido por uma "invisível mão") escreveu no jornal Expresso, a propósito das escutas a Pinto da Costa no Processo Apito Dourado, o que segue:
MST - "Pois então, parece que meio País anda ocupado a perder horas do seu tempo a escutar as conversas que outros escutaram a Pinto da Costa e Valentim Loureiro. E apesar de, ao que dizem, elas nada conterem de novo em relação àquilo que, a conta-gotas e oportunamente, foi sendo divulgado ao longo do Apito Dourado, o interesse popular não diminuiu, antes pelo contrário. Não me admira nada e por duas razões: primeiro, porque o «povo» quer fazer justiça por suas mãos e não se conforma que a Justiça, ela própria, o não tenha feito (...); em segundo lugar, porque o prazer das escutas está em ouvi-las e não em lê-las: é isso que satisfaz os desejos de voyeurismo e devassa alheia de um verdadeiro escuteiro - é melhor do que espreitar pelo buraco da fechadura. Não, a mim não me admira nada que a PIDE tenha escutado livremente durante cinquenta anos e que a Ditadura se tenha assim imposto ao respeito de um povo que é capaz de transformar a devassa da intimidade alheia em desporto nacional."
MST - "Pois então, parece que meio País anda ocupado a perder horas do seu tempo a escutar as conversas que outros escutaram a Pinto da Costa e Valentim Loureiro. E apesar de, ao que dizem, elas nada conterem de novo em relação àquilo que, a conta-gotas e oportunamente, foi sendo divulgado ao longo do Apito Dourado, o interesse popular não diminuiu, antes pelo contrário. Não me admira nada e por duas razões: primeiro, porque o «povo» quer fazer justiça por suas mãos e não se conforma que a Justiça, ela própria, o não tenha feito (...); em segundo lugar, porque o prazer das escutas está em ouvi-las e não em lê-las: é isso que satisfaz os desejos de voyeurismo e devassa alheia de um verdadeiro escuteiro - é melhor do que espreitar pelo buraco da fechadura. Não, a mim não me admira nada que a PIDE tenha escutado livremente durante cinquenta anos e que a Ditadura se tenha assim imposto ao respeito de um povo que é capaz de transformar a devassa da intimidade alheia em desporto nacional."
Interessante a maneira como o acéfalo despenteado decide em causa própria, valorando o que lhe convém, e achincalhando o que não lhe convém. Mais interessante apenas se considerarmos a desvalorização do julgamento popular - aquele que sempre é feito pelos cidadãos e para os quais a justiça deve trabalhar, oferecendo-lhes (mal e porcamente, bem sei) segurança e conforto na sedimentação dos valores culturais que são de um povo no seu todo - que aqui aparece como um simples "voyeurismo" num campo que o pseudo-jornalista-escritor-intelectual-palhaço sabe ser um importante motor de (des)interesse nacional. E mais, a cereja no topo do bolo irrompe, qual flato vaginal, no sublime momento em que, duma forma indirecta, liga o futebol dos nossos dias ao regime ditaturial de outros tempos, numa comparação soez e despropositada (tentado, provavelmente, fazer valer a célebre frase proferida por Josef Goebbels, ministro da propaganda do Reich, quando afirmou que "uma mentira dita cem vezes torna-se verdade").
Aproveitando as palavras do pseudo-jornalista-escritor-intelectual-palhaço, ontem fui eu que perdi quase uma hora do meu tempo "a escutar conversas" que mais não são do que cacofonia.
Aproveitando as palavras do pseudo-jornalista-escritor-intelectual-palhaço, ontem fui eu que perdi quase uma hora do meu tempo "a escutar conversas" que mais não são do que cacofonia.
4 comentários:
BRILHANTE!!!!
sem espinhas ou como diria o arqt taveira: em cheio no cu da querida!
Ó Diabo Vermelho, pelo que me recordo do visionamento do filme de culto, protagonizado por esse grande arquitecto, a expressão era mais: "já tá tooodo no rabinho da menina!!!"
mas o sitio era o anus da femea, não era? então pronto!
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