segunda-feira, 18 de maio de 2009

I don't want her back... nor her front


Não obstante a minha encantadora personalidade e o meu deslumbrante aspecto físico, constatei (por comparação grosseira e meio a olho) que ostento a mais baixa rácio na zona centro-sul do país, no que ao binómio cenário/safanço concerne. Efectivamente, é gritante perceber que o mundo (no feminino) não encaixa com enlevo a congregação das minhas inatas características que, à falta de melhor definição, se poderão enunciar como encantadoras (considerando que o termo resulta da génese das histórias de encantar com que as garotas se permitiam sonhar, até aos 14 anos, com o malfadado príncipe encantado, altura em que o mundo capitalista tratou de lhes ensinar a amealhar os primeiros escudos por cada linguadão dispensado atrás do Bloco D nos feriados de EVT, e só Deus contou as vezes em que a Professora Lena faltou durante aquele ano de 1993, porquanto esteve prenha mais vezes do que a hamster que a minha irmã comprou em 1996 e que se reproduzia a um ritmo que envergonhava os gremlins quando lhes chegavam água ao pêlo).
Bem sabem aqueles que me conhecem que isto é chover no molhado, mas é com a voz (escrita, talvez) embargada pela dor e pelo sentimento de fracasso que aqui vos relato o presente relato: eu não sei fazer conversa de chacha e não consigo fingir interesse nas desinteressantes e fúteis historietas de algumas jovens que, à falta de me cativarem (que não pelo decote - condição sine qua non para um futuro élan), se limitam a desentranhar de mim o mais profundo dos bocejos. Não consigo, caralho!!! E serei eu que estou errado por não embarcar nesta hipocrisia sócio-cultural que se instalou à escala planetária?! Neste fingimento colectivo de falsos e encapotados interesses sem (aparentes) segundas intenções?! Não quero crer… mas entretanto já percebi que sim. Ao que parece tooooda a gente se adaptou a esta merda. Eu nem por isso. Ora bolas…!
E o que me dói perceber que tantas e tantas fêmeas por esse Portugal fora se deitam a grilhar o berbigão por falta de coragem em me interpelarem e assim lograrem a tão ansiada satisfação carnal. E o quanto me dói, também, perceber que outras há que, depois da coragem revelada na abordagem, se têm de auto-afastar pela pressão dos ditames de amizades saloias que não atingem a plenitude da transparência com que eu as repudio com graçolas e indiferença. Este mundo corporativista das amizades coarcta-me os coarlhões. Mas desengane-se o eivado leitor que isto não é um texto de auto-sagração moral. Hmmm... vai daí e talvez seja. Mas o que importa reter é que eu não sou nenhum santo. Sim, minhas leitoras carregadinhas de estrogénio, eu também peco. Invariavelmente… por excesso!!! [imaginar expressão de enigmatismo e avassaladora confiança, com uma das sobrancelhas arqueadas]

4 comentários:

Averell Dalton disse...

ahahahahahahahhaaaaaaa... está na hora de começar a fazer caridade!!! SIM SIM!!
what goes around...

Dark Helmet disse...

O melhor deste post é... o comentário!
Grande Averell a traçar o destino do Cacto!
Eheheh

Dark Helmet disse...

E a foto, carbalho gomes! E A FOTO!!!!!

Anónimo disse...

«grilhar o berbigão»?! onde é que vais buscar estas expressões? mt bom mesmo