sexta-feira, 17 de abril de 2009

Onde fica o clítico?!


Ah… a pergunta das perguntas, para os amantes da perfeição na utilização quotidiana da língua. A pergunta é (ao menos) secular e tem deixado, desde sempre, muitos homens confusos com a sua correcta localização. Sim, porque não pode o prevaricador leitor olvidar da importância da contracção do clítico na escorreita acção de cumprimento das regras de plenitude linguística. Sim linguística, imberbe leitor que só aos 28 anos descobriu a sexualidade com a revista Ana + Atevida e as saloias de lingerie estampadas nas suas primeiras páginas, porque a língua é o mais comum órgão com a natural, por corriqueira e expectável, capacidade logorreica de satisfação absoluta do clítico no dia-a-dia. Pois é, meu analfabetizado público, efectivamente, o clítico encontra-se colocado […rufos de tambor…] logo depois do verbo principal (ex: a gaja é tesa comó caralho e ando a mama-la há duas semanas – ao invés, do incorrecto: a rapariga é muito gira e ando-a a passear há duas semanas). Nos casos, mais complexos, o clítico pode sofrer uma deslocação e encontrar-se antes da locução verbal ou manter-se ligado ao verbo principal, de que depende semanticamente. Assim sendo, a correcta construção frásica do acção da largada da banheta matinal deve encontrar o clítico como segue: apurei a arte e agora ando a sarapitolar-me com mestria (correcto) e jamais: apurei a arte e agora ando-me a sarapitolar com mestria (incorrecto). Noutros casos, o pronome clítico de complemento directo da terceira pessoa masculino deve ser antecedido de uma forma verbal ou de outro clítico, como segue: eu e outro bandido estávamos cheiiiiinhos e virámos as gajas passa a eu e outro bandido estávamos cheiiiiinhos e virámo-las (correcto).
Meu fiel e cavernoso público, não fossem V. Exas. tão bravios e o título não vos tinha induzido em erro…!

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