segunda-feira, 2 de abril de 2012
Import/Export # 112: Porque cagar na(s) cena(s) nem sempre é fácil
Porque esta continua a ser uma das melhores (e mais conseguidas) descrições do acto de largar a poia (haja ou não presciências de ordem metafísica a assaltar-nos):
"Hoje enquanto cagava tive uma experiência mística. De nalguedo acoplado à goela da sanita na pose do culturista que exibe o peitoral, murmurando promessas vãs ao Altíssimo entrecortadas por “ais que se me rebenta a ilharga”, conjurei a melhor diplomacia de diafragma que me era autorizada pelos limites do aneurisma na tentativa de persuadir a sair o pusilânime cagalhão que ora ameaçava o mergulho, pondo de fora a cabeçorra e espreitando desconfiado para a piscina de lágrimas, sangue e mijo logo abaixo, ora arrepiava caminho, temeroso, nadando em contra-corrente de regresso à companhia da família no quentinho da tripa, sem dúvida por resultar de um almoço de salmão na grelha."
by Príapo (in blog "O Filósofo Priapista")
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