sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Import/Export # 106: O estado deste Estado



Entrevista a Ricardo Araújo Pereira (RAP), na revista Visão (16.fev.2012):

(J.) - Foi um tiro certeiro nos nossos problemas esta ideia do ministro Álvaro [de globalizar os pastéis de nata]?
(RAP) - Sim, mas não foi o único. Há dias, um cronista do Público, teve o despudor de confessar que tinha lido um livro do Álvaro e citou um parágrafo muito interessante em que o ministro lamentava o facto de Braga já não produzir padres como antigamente. Todos sentimos na pele este problema. Os padres que há, são de viveiro. Cheios de hormonas para concluirem o curso de teologia mais depressa. Já não há padres selvagens.

(J.) - O que lhe apeteceu fazer quando ouviu Cavaco dizer que a reforma não lhe chega para as despesas mensais?
(RAP) - Só me apeteceu contrair despesas. Gostava de experimentar esse estilo de vida em que 10 mil euros não chegam para as despesas. A vida do Presidente parece a do Jardel quando jogava no Sporting.

(J.) - Para os trabalhadores serem mesmo felizes o que é que falta neste acordo [de concertação social]?
(RAP) - Há ainda muito a fazer. O trabalho continua a ser remunerado, na maior parte dos dias, o que não se compreende. Quem estiver disponível para trabalhar sem receber tem muito menos hipóteses de ser despedido.

(J.) - O ministro da solidariedade andava de moto, mas logo depois de entrar para o Governo trocou a moto por um carrão. Porquê?
(RAP) - A solidariedade automobilizada é muito mais eficaz do que a solidariedade motorizada.

3 comentários:

B. disse...

sabem-me informar como se chama o/a jornalista auto/a desta entrevista?

B. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
B. disse...

autor/a *