sexta-feira, 29 de abril de 2011

A frase da semana # 174



"Quando se morre, vai-se para um sítio melhor. Quando se sai da Brandoa também."

by Juvenal O Anormal, in http://sobpressaonaoconsigo.blogspot.com/

Import/Export # 68: Ó Telo, francamente...!?



"Havia uma seita religiosa, os chamados cristãos cátaros, que tinha um costume encantador e profilático. Assim que um moribundo recebia a extrema-unção, uma piedosa comitiva de abafadores apressava-lhe a morte aplicando uma almofada sobre o nariz e a boca, não fosse ele ter a tentação de pecar já depois do perdão dos pecados. As pessoas vivas têm uma aborrecida tendência para pecar que as dintingue das mortas, que são invariavelmente mais sensatas.
Não havendo, na democracia, a figura higiénica do abafador, Otelo [Saraiva de Carvalho que, numa entrevista, afirmou estar arrependido por ter participado no 25 de Abril] pôde continuar a pecar depois de ter participado na Revolução dos Cravos, feito que garante a redenção de qualquer alma. É justo. O dia 25 de Abril deu-nos a liberdade toda, incluindo a liberdade de sermos uns palermas. Por isso, muito obrigado, Otelo. E continue a desfrutar, se tem mesmo de ser."

by Ricardo Araújo Pereira in "Boca do Inferno", revista Visão (28.Abril.2011)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Publicidades que sim senhoras # 39: Tulipan Condoms

Tulipan Condoms: Kids later...


Howard Stern e o melhor concurso até à data!!!


The Howard Stern Queef-Off por cbz3000

Porque...

Porque neste pasquim vale tudo, desde porno a mutilações,desde bater nos outros ou bater uma debaixo da mesa, desde um botão de rosa com picoté a um tout a plonge BEM FEITINHO!!!!
Porque é1080 HD! :)
Porque é Sports Illustrated vale sempre a pena...
Roem tudo, mas o Sol é para todos!

Simetrias

Symmetry from Everynone on Vimeo.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Marinho e Pinto vs O Mundo Inteiro (e quem mais houver)



Tudo começou com as declarações de Marinho e Pinto, o irascível bastonário da Ordem dos Advogados, que apelou à abstenção nas próximas eleições legislativas.
Ouvindo estas declarações, o jornalista Manuel António Pina não se coibiu e, num artigo publicado no JN, criticou o bastonário nos seguintes termos: "É um junky de protagonismo, quando está muito tempo longe dos holofotes entra em carência, afligem-no dores musculares insuportáveis no sistema vocal e as palavras acumulam-se-lhe, ansiosas, na garganta, sufocando-o e forçando-o a correr em desespero para as redacções em busca de um dealer de manchetes ou, ao menos, de títulos a duas colunas ou rodapés de noticiários televisivos para 'meter na veia'. Este 'caso' resolve-se com adequada terapia de substituição."
Ora, o bastonário da O.A., que não é menino para ficar calado, respondeu-lhe com esta classe: "Um cretino é um cretino" e "Estamos na presença dum cretino especial, de postura canina, com uma agressividade de mastim contra os que criticam os tribunais". Por fim, atirou o seguinte: "O seu mal cura-se com uma dose apropriada de iodo. Trate-se! Vá para uma boa praia e... Ioda-se!"
A resposta do jornalista Manuel A. Pina limitou-se - digo limitou-se porque me parece curtinha! - a classificar o bastonário como "um camião sem travões".
Estou em pulgas por mais sangue!!!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A frase da semana # 173



"Sou o único que luta contra o sistema. Sou perseguido. Não posso ter nada em meu nome que a canalha penhora tudo!!"

by José Manuel Coelho (ex-candidato à Presidência da República)

Import/Export # 67: Estranha forma de democracia



«Talvez os leitores mais velhos ainda se lembrem do modo como a democracia funcionava antigamente: os cidadãos colocavam uma cruzinha nos candidatos que pretendiam eleger e os mais votados desempenhavam os cargos para os quais tinham sido eleitos. Parece-me que era isto. Entretanto, a democracia foi evoluindo e adquiriu a forma mais complexa e sofisticada que tem hoje: os cidadãos continuam a colocar uma cruzinha nos candidatos que pretendem eleger, mas os mais votados tanto podem desempenhar os cargos para os quais são eleitos (embora seja uma hipótese remota), como podem desempenhar outros cargos à sua escolha, como podem ainda optar por não desempenhar cargo nenhum.
O que o leitor deposita na urna não é bem um voto, é uma carta de recomendação. Escrita por um analfabeto, uma vez que vai assinada por uma cruz. Mas, ainda assim, valiosa.
Esta variante da democracia produz resultados interessantes e imprevisíevis. O povo votou em António Guterres para primeiro-ministro e ele foi para casa. Votou em Durão Barroso para primeiro-ministro e ele foi para presidente da Comissão Europeia. Votou em Sócrates para primeiro-ministro e ele foi para vice-presidente de Angela Merkel e agora é assessor do FMI. Nas próximas eleições, o povo pode votar em Fernando Nobre para deputado, mas ele ainda não sabe bem se quer ser deputado. O povo que vote, e depois ele logo vê se lhe apetece.»

by Ricardo Araújo Pereira in Boca do Inferno, revista Visão (20.Abril.2011)

sábado, 16 de abril de 2011

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um paradoxo épico (e infantil)!!

Import/Export # 66: Vícios privados, culpas públicas



«O à-vontade com que o ainda ministro das Finanças continua, na situação de emergência financeira em que o país se encontra, a dispor do dinheiro dos contribuintes e dos sacrifícios dos portugueses mais vulneráveis não tem, pelos vistos, limites. Agora diz que o estado está "disponível" para entrar no capital dos bancos.
Isto depois de o mesmo Estado ter enterrado milhões no BPP e BPN e se ter endividado a juros usurários em benefício dos bancos, que intermediaram a dívida pública com dinheiro obtido no BCE a 1% e emprestado ao Estado a 7,8 e 9%. E que, quando a coisa deu para o torto, exigiram ao Governo a entrada do FMI, cuja "ajuda" inclui uma fatia específica para a Banca (se calhar para o negócio das privatizações a pataco que aí vem).
Disse-o o director-geral do FMI: "O problema de Portugal não é tanto a dívida pública como o financiamento dos bancos e a dívida privada." De facto, a dívida pública portuguesa (previsão para 2011) corresponde a 97,3% do PIB e é inferior à de países como a Irlanda (107%), Grécia (150,2%), Bélgica (100,5%) ou Itália (120,2%). Mesmo as da França e Alemanha andam, respectivamente, pelos 86,8% e 75,9%.
Já a dívida privada, de que pouco se fala e cujas principais fatias são da Banca e do imobiliário, é de 220% do PIB! É essa dívida que a Comissão Administrativa de FMI, BCE e CE vem agora cobrar a pobres, pensionistas e desempregados. A bem da Nação, como sempre.»

by Manuel António Pina in Jornal de Notícias (15.Abril.2011)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Import/Export # 65: Vergonha é não ter vergonha



«A comitiva que hoje aterra em Lisboa, de membros do FMI, BCE e Comissão Europeia, vem consumar o nosso fracasso. Cada degrau que pisem na descida do avião é uma chicotada no nosso orgulho, na nossa autonomia, na nossa autodeterminação. O País está hoje humilhado. [E enquanto isso] os políticos comportam-se como herdeiros que disputam as partilhas de fortuna nenhuma.»

by Pedro Santos Gurreiro in Editorial do Jornal de Negócios (12.Abr.2011)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Import/Export # 64: Portugal, esse país de PIGS e de lixo



«Primeiro, Portugal era um dos PIGS. Agora, estamos a um passo de ser lixo. Quando um país se move na alta finança é logo tratado com outra educação. As "agências de notação financeira" e os "mercados" dizem que o porco está a caminho do lixo. O porco somos nós. E o lixo também, o que é curioso - mas fisicamente improvável, uma vez que não é fácil alguém estar a caminho de si próprio.
Não deixa de ser interessante que estas opiniões dos mercados não sejam propriamente secretas. São publicadas nas primeiras páginas dos jornais. Há manchetes sobre o porco e reportagens acerca da distância a que ele está do lixo. Os mercados podem ter muitos defeitos, mas ao menos são sinceros. Se acham que um país é porco e caminha para o lixo, dizem-lho na cara.
Infelizmente, este tipo de linguagem só se tolera a quem usa gravata. A hipótese de Portugal ripostar parece estar posta de lado. Seria justo que, ao lado de uma notícia que diz "Mercados consideram que o país está a um patamar do lixo", houvesse outra cuja manchete fosse: "Portugal tenta renegociar a dívida junto dos chulos". O problema é que os mercados, além de deterem o capital financeiro, detêm ainda o capital semântico. Tudo o que seja capital, eles açambarcam. Um insulto na boca dos credores é realismo económico, na boca dos devedores é primarismo ideológico.
Esta evolução do jargão económico tem, como é evidente, pontos positivos. A substituição de palavras como subprime e rating por terminologia financeira como "porcos" e "lixo" é um contributo muito saudável para aproximar os cidadãos da vida económica. (...)»

by Ricardo Araújo Pereira in "A Boca do Inferno", revista Visão (08.Abril.2011)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Se os teus pais não te derem um pónei...!



Quando os pais lhe disserem que não lhe davam um cavalo (ou um pónei, que para a história, vai dar ao mesmo), Regina Mayer, uma jovem alemã, resolveu treinar uma vaca para saltar obstáculos. E conseguiu... ao fim de apenas 2 anos!!

domingo, 3 de abril de 2011