quarta-feira, 7 de julho de 2010
Porque aqui também se celebra a parvoíce alheia...
Já aqui dei conta, em momento oportuno (como é meu apanágio, de resto), do aparecimento blogosférico de outro sevandija que assina com o nome (e/ou epíteto) Príapo e cuja verborreia, filosófica e apoplexia, concomitantemente lídima e soez, se aplaude. E de pé. Como se faz quando toca o hino.
Bom, serve o intróito como forma de publicitar o regresso deste filósofo contemporâneo, cuja actualidade, acutilância e acuação (aos bons velhos tempos em que o machismo imperava sem interferências galináceas) se apresentam num novo interposto (a saber, http://priapoblog.blogspot.com/) e donde retirei estas pérolas para delícia dos sacripantas que aqui acorrem na expectativa duma galhofa (isolada, que isto não é da mãe Joana) que lhes dê sentido à sua penosa existência:
(i) «Hoje por volta da hora do almoço ligou-me uma gaja que, de vez em quando, se lembra de me chatear os cornos porque, segundo diz, “tem saudades minhas”.»
(ii) «Às tantas, quando o assunto da conversa de chacha foi dar à pachacha, comecei a perceber que o gajo tinha qualquer coisa que queria dizer-me mas que hesitava em fazê-lo.»
(iii) «Não há nada a que o homem digno desse nome mais aspire do que afinfar com o seu falo túrgido em pito culto. E por “pito culto” entenda-se aquelas gajas que sabem o que quer dizer “falo túrgido”. Não cometa o leitor o erro comum de julgar que me refiro a todas as gajas em geral que usem óculos.»
(iv) «Em silêncio, a gaja olhou para ele como quem olha para o único ocupante de um elevador a tresandar a bufas. Depois disto foi a vez do outro gajo, mas não conseguiu fazer muito melhor. Quando ela lhe perguntou se ele gostava de Kafka e ele respondeu que sim porque era uma capicua, sobrei eu.»
(v) «Como toda a gente sabe, a dada altura no filme o Woody Allen diz a famosa frase: 'Don´t knock masturbation – it´s sex with someone I love'. Por algum motivo ocorreu-me naquele momento um pensamento que nunca antes me havia passado pela cabeça: se a masturbação for realmente um acto de amor por mim mesmo, não será paneleirice bater à punheta visto que sou gajo? Gajo que ama gajo é paneleiro e ponto final, pouco importa que o gajo amado em causa seja ele próprio. Este pensamento, aliado ao número de vezes que estrafego o meu monstro ao longo do dia, confesso que me fez tremer. Mas pouco depois fiz uma reconfortante constatação: a punheta não é tanto um acto de amor em si quanto uma simulação do acto da busca do amor. Afinal, ninguém bate sarapitolas a imaginar que se está a foder a si próprio.»
(vi) «Digam-me uma coisa… alguma vez ouviram a expressão “doer para joelho”? Ou “doer para pé”, “pâncreas”, “clavícula”, ou “úmero”? Não, pois não? A expressão correcta é “doer para caralho”, certo? Então façam lá as contas, suas burras. (...) consintam ao menos que vos dê um pequeno conselho: da próxima vez que estiverem com um gajo, perguntem-lhe como se chama o pai dele antes de começarem a esgalhar-lhe o nabo. Se a resposta não for “Gepeto”, sejam delicadas.»
Que categoria...!
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1 comentário:
Como já referi anteriormente esse Senhor estreve bem pra caralho, como o próprio diria, e o seu novo Post "Guerra da foda" está fenomenal!!!
Apronto-me a dizer que não gozo com a situação, pois fez o que qualquer um de nós faria nessa situação, mais lhe dou os parabéns pela tentativa, ainda que frustrada, que "azimutar mais a norte", pois quem consegue fazer desmaiar uma gaja é mais que merecido!!!
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