quarta-feira, 31 de março de 2010

Import/Export # 37: PPD/LSD



«O PSD não é um partido, é uma birra de Sá Carneiro. Em vez de se juntar ao PS, ou ser co-fundador do CDS, quis ter um partido. Tudo bem. Por isso o PSD será sempre o partido de uma pessoa e com duas correntes ideológicas: o sásismo e o carneirismo. Não é por acaso que todos os seus militantes e dirigentes estão sempre a falar em Sá Carneiro. Precisam de o sentir vivo para manterem a ilusão de que o partido existe. O PSD não é mais do que uma alucinação de Sá Carneiro. É uma mistura de socialistas e conservadores que estão, há decadas, unidos numa trip. O nome mais correcto seria PPD/LSD; distinguiam-se um pouco do PS e ganhariam bastante eleitorado ao Bloco. Em todo o mundo, as alternâncias de poder fazem-se entre os PS ou PSD e os CDS lá do sítio. Em Portugal é que existe esta originalidade de alternar entre o socialismo democrático e a social-democracia, que é o mesmo que escolher entre nada e coisa nenhuma. (...)»

by José de Pina in Jornal i de 30 de Março de 2010

terça-feira, 30 de março de 2010

A bad penny



W.H.Bonney : Cactus, vê isto
W.H.Bonney : http://www.yorn.net/
W.H.Bonney : que, aliás, acaba por ser o teu trabalho
W.H.Bonney : saber se eles estão a prestar um bom serviço ao povo
Cactus Jack : quésta merda?!
W.H.Bonney : vê!
W.H.Bonney : informa-te!
Cactus Jack : oh pah...
Cactus Jack : tu deves achar que eu tenho tempo para andar a catrapiscar sites da yorn
W.H.Bonney : quanto pagas por mês de 91?
W.H.Bonney : € 5?
Cactus Jack : oui oui
W.H.Bonney : entao fodeu, mané
W.H.Bonney : porque acho que para alterar os planos eles querem € 10/mês
Cactus Jack : mas porque raio haveria de alterar o meu plano que é tão bom?!
W.H.Bonney : ai cá burro, ó busto
W.H.Bonney : AI CÁ BURRO!!
W.H.Bonney : desculpai-o, Nosso Senhor, que ele não sabe o que diz
W.H.Bonney : nem o que escreve
W.H.Bonney : ó Né-Né
W.H.Bonney : tu neste momento estas a carregar o 91 com € 5/mês
W.H.Bonney : que é a mensalidade para teres o serviço extravaganza
W.H.Bonney : agora imagina se pagasses na mesma - e sublinho na MESMA - mas em vez de eles ficarem com os € 5, ficasses tu com eles para ligares para outras redes
W.H.Bonney : expectacular, não é?!
Cactus Jack : [tenta imaginar-me a estalar os nós dos dedos]
Cactus Jack : [e a respirar fundo em seguida]
Cactus Jack : [já está?]
Cactus Jack : [óptimo!]
Cactus Jack : então cá vai, oh pretenso esperto:
Cactus Jack : de acordo com as condições gerais do dito site
Cactus Jack: que estão imediatamente abaixo do gigantesco € 0 branco sobre fundo vermelho
Cactus Jack : "Por cada € 5 de carregamento tens acesso a estas tarifas durante 12 dias."
Cactus Jack : e continua o Sr Yorn, oh pretenso esperto:
Cactus Jack : "Depois desse prazo, caso não carregues, ficarás impedido de fazer comunicações durante 3 dias (mas poderás recebê-las). Se continuares sem carregar ficarás impedido de fazer e receber comunicações durante 12 dias."
Cactus Jack : e depois passas, imediata e automaticamente, para um tarifário de merda
Cactus Jack : onde os teus € 5 não vão durar nem 2 dias
Cactus Jack : ou seja, vais andar a toque de caixa do Sr Yorn, de 12 em 12 dias
Ccatus Jack : o mesmo é dizer, a dançar a música dos tolinhos que vão atrás do engodo fácil
Cactus Jack : any more questions?!
W.H.Bonney : espera, espera
W.H.Bonney : que já te enfio vaselina por essa bunda acima…
Cactus Jack : mau...!
W.H.Bonney : bom, afinal quem mete vaselina sou eu
W.H.Bonney : hummm…
W.H.Bonney : é melhor por um lado, mas pior por outro
Cactus Jack : sim, é melhor para o lado deles
Cactus Jack : e pior para o teu lado
Cactus Jack : não percebo porque continuas a insistir nestes bate-bocas comigo
Cactus Jack : afinal de contas, só te prejudicas...!

Las mujeres que tresmajamos e violamos con los ojos cerrados # 8

Carla Regina:




segunda-feira, 29 de março de 2010

Import/Export # 36: O Benfica pelos olhos dum jornalista do Wall Street Journal



And now, for something completely new, alguns excertos da visão do jornalista Gabriele Marcotti do Wall Street Journal sobre o (momento do) Benfica. Acrescente-se que figura como um dos artigos mais lidos no site daquele jornal (local e de pequena tiragem), sendo mesmo mais lido que o artigo sobre o ataque bombista em Moscovo.

«You can only imagine what the party will be like when the crown does return to the club's Estadio do Luz for the first time since 2005. Benfica is far and away the country's best-supported club, and has more than 200,000 fans worldwide who pay around $210 a year for the privilege of calling themselves "socios" or club members.
(...)
Last summer, Benfica rolled the dice and spent heavily to redress the imbalance. Some $45 million was spent, with just $7 million recouped in sales. In came, among others, Ramires—at 23 years old already a regular in midfield for Brazil—and Javi Garcia, a promising defensive midfielder from Real Madrid. One of the more interesting signings however was Argentine striker Javier Saviola, who rejoined playmaker Pablo Aimar a decade after the pair set South American soccer alight.
(...)
The pair have enjoyed a renaissance—Mr. Saviola has scored 17 goals and Mr. Aimar is back to his creative best—and, at 28 and 30 respectively, both have a number of good seasons left in them. Together with countryman Angel Di Maria—arguably Benfica's player of the season and, at 22, a likely target for Europe's top clubs this summer—the Argentine trio have been the driving force behind Benfica's resurgence.»

P.S.: Para lerem o artigo na totalidade é só darem um salto até http://online.wsj.com/article/SB10001424052702303429804575149691385066002.html?mod=WSJ_hp_us_mostpop_read

Mealheiro 2010-2013

sexta-feira, 26 de março de 2010

Chuck II

Muitos dislates depois, finalmente a aprovação porque tanto aguardávamos:

Animated Gifs

Chuck I

quinta-feira, 25 de março de 2010

O túnel da Luz e os corredores do CJ da FPF



A propósito do mérito da decisão do Conselho de Justiça (CJ) da FPF, nem uma palavra da minha boca (e/ou teclas).
Não posso, todavia, e em consciência, deixar de apresentar alguns elementos de estranheza na forma como o prato da balança parece pender sempre para um lado e jamais para outro(s).
De facto, os Regulamentos com que a Comissão Disciplinar (CD) da Liga, liderada pelo indefectível Ricardo Costa, trabalha foram aprovados pelos clubes (com o FêQuêPê à cabeça) em sede própria. Que os mesmos são insuficientes para algumas situações concretas, não é novidade para ninguém. Que são fraquinhos, também não. Mas assim o são (quase) todas as leis. As leis vivem da consagração duma hipótese que depois se encaixa (ou se preferirem o jargão técnico, é subsumível), ou não, na previsão legal estatuída, através duma análise interpretativa que (sempre!) é deixada ao arbítrio e subjectividade do decisor. Chama-se justiça, com todos os seus defeitos e virtudes.
Ora, na decisão tomada pelo CJ da FPF, ontem conhecida, a propósito dos castigos de Hulk e Sapunaru, a interpretação dos referidos Regulamentos foi diametralmente oposta à interpretação feita pela CD da Liga - tida por todos os seus elementos e não apenas pelo seu presidente (Ricardo Costa). É bom que isto fique esclarecido duma vez por todas.



Num passado não muito distante, o mesmo órgão, o CJ da FPF, não se coibiu de confirmar e/ou agravar penas de atletas de outras agremiações desportivas, mormente daquelas que têm hinos interpretados por compositores chamados Luíses Piçarras (como foi o caso das penas de Cardozo e Javi Garcia do Benfica).
Mas mais estranho é o facto de esse mesmo órgão, o CJ da FPF, ter condenado o clube da Luz numa multa por não ter conseguido evitar que adeptos neandertais do FêQuêPê atirassem cadeiras num jogo no estádio da Luz. O Benfica foi condenado porque não tinha garantido a segurança que era requerida no seu próprio estádio. Para tal, deveria ter contratado mais... stewards.
Também num passado não muito distante, esse mesmo órgão, o CJ da FPF, atribuiu o título de campeão de juniores da época de 2008/2009 ao Sporting, imputando, à data, a responsabilidade dos incidentes que inviabilizaram a realização do jogo final entre SCP e SLB aos adeptos benfiquistas e apenas a estes (!) - não obstante as imagens dos adeptos leoninos a arremessarem pedras àqueles - num jogo realizado em... Alcochete.



Ora, com tanta mina anti-pessoal a rebentar-lhe nas mãos, não admira que o (ex-)presidente da Liga, Hermínio Loureiro, sportinguista assumido (é bom que se sublinhe também este facto, para não criar mais zumzum), dê ao chinelo e bata em retirada, deixando a cadeira do poder vazia há espera dum cu que não se importe de ser desautorizado, manietado e, outrossim, sodomizado.
E na linha da frente já se perfilam dois notáveis serviçais azuis: Fernando Gomes (serviçal de Sauron e ex-jogador do clube) e Rui Alves (serviçal de Sauron e presidente do grémio Nacional da Madeira).
Hmmm... ou muito me engano ou para o ano o Benfica vai precisar duma ajudinha extra contra as forças do mal - as instaladas e as que já estão a polir as nádegas. A ver vamos se Jorge Jesus, na sua assumida parecença com Gandalf, O Branco (mais ou menos, porque aquela peruca é dum cinza-rato mal lavado), consegue interpretar o papel deste último nesta saga bem real.

quarta-feira, 24 de março de 2010

BCE ---» BCG



"Como se pode explicar que um homem [Vitor Constâncio] que fracassou no seu país, possa agora ser responsável pela supervisão [financeira] na Europa?! Seria o equivalente a entregar barras de dinamite a um pirómano!!"

by Astrid Lulling, deputada do Luxemburgo no Parlamento Europeu, ontem.

terça-feira, 23 de março de 2010

Small things



Fêmea: detesto anões rebarbados!!!
Cactus Jack: pois...
Cactus Jack: eu tenho um amigo que adora anões
Fêmea: isso é pq não lhe estão a galar as pernas enquanto falam com ele
Cactus Jack: hmmm... olha que não sei
Cactus Jack: o gajo gosta mesmo muito de anões
Fêmea: dos gays também?
Cactus Jack: temo bem que sim...!
Cactus Jack: ele gosta deles todos
Cactus Jack: e se gosta deles ranhosos, então, por maioria de razão, tb gosta deles panisgas
Fêmea: não sei se percebo essa associação de ideias
Cactus Jack: ai não percebes?!?
Cactus Jack: então cá vai:
Cactus Jack: se os anões são mais baixos que os comuns mortais
Cactus Jack: e se é verdade que o ar quente sobe
Cactus Jack: então é justo concluir que o ar frio fica em baixo
Cactus Jack: se o ar frio fica em baixo, então os anões têm uma maior propensão para se constiparem
Cactus Jack: se se constipam, andam ranhosos
Cactus Jack: se andam muitas vezes ranhosos, então o adjectivo ganha estatuto identificador
Cactus Jack: ora, sendo certo que o ranho é nojento
Cactus Jack: e como todos os gays metem nojo
Cactus Jack: então todos os gays são ranhosos
Cactus Jack: any questions?!
Fêmea: mas como é possível escreveres esse texto todo sem jeito nenhum?!
Fêmea: :/
Fêmea: e os gays metem nojo??
Fêmea: isso não se diz
Cactus Jack: então não metem?!?!?
Cactus Jack: imagina-os a meterem-se uns dentro dos outros
Cactus Jack: é que vem-me logo um refluxo gástrico (...)
Fêmea: mas tu não gostas de cenas badalhocas?
Fêmea: já me falaste numa... essa sim nojenta
Cactus Jack: hmmm...
Cactus Jack: mete 2 gajas?
Fêmea: não
Cactus Jack: trampa de cão?
Fêmea: oh Cactus!
Fêmea: já me falaste disso um bom par de vezes
Fêmea: mas sim, é uma cena sexual
Cactus Jack: mete festa d'ânus?
Cactus Jack: (no feminino, bem entendidas as coisas)
Fêmea: sim
Cactus Jack: hmmm...
Cactus Jack: mete capacete de cuspo?!
Fêmea: não sei o que é isso
Catus Jack: é por estas e por outras que a nossa relação estagnou
Fêmea: por eu não saber o que são coisas badalhocas
Fêmea: ou por não conhecer os termos que tu lhes dás?
Cactus Jack: ambas as duas

Acidente de autocarro: a verdade da mentira (!)



E, com o desmistificador ligado, segue infra o modus de feitura do vídeo do acidente (em língua francesa que é por causa das coisas, dos emigrantes e do Asterix):

segunda-feira, 22 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sem cem não há quem



Há algo de insofismavelmente belo e poético no elo que, hoje em dia, liga todos os benfiquistas, tenham eles frondosos bigodes ou ridículos cabelinhos à foda-se, sejam eles taxistas ou gestores de bancos (ainda) não nacionalizados, tenham eles silhuetas trabalhadas ou perímetros abdominais que não se medem (antes se estimam), sejam eles pródigos na contenção verbal ou exegetas praticantes dos vitupérios mais cabeludos.
O Benfica tem este dom de juntar as diferentes classes sociais e de as tornar uma massa homogénea e coesa. Tem o dom de exortar o nosso primitivismo e, concomitantemente, o nosso espírito de grupo e o nosso arreigo nacional. Tem o condão de nos pôr a falar com a televisão, de nos pôr a abanar a cabeça em locais públicos, de nos pôr a discorrer o calão feirante em cafés com crianças a menos de 5 metros.
Mas tem mais. O Benfica tem a feliz fortuna de ter pinceladas de pura magia dentro de momentos que são, já de si, únicos. Como teve, ontem, quando o Alan Kardec marcou aos 90min o golo que nos apurou para os quartos de final da Liga Europa e que foi festejado com o despir e total alheamento da camisola que envergava, com o seu arremesso despreocupado para a pista de tartan, sentenciando, em causa própria, o destino dos franceses com a arrogância tão típica destes, numa afirmação inequívoca (apesar de não verbalizada) de que o jogo termina quando o Benfica quer e não quando o árbitro apita.
E já lá vão 100 golos esta época...!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Trocas-te tooooodo!!!



Anda meio país entretido a falar da subversiva apresentação do primeiro-trafulha José Sócrates na conferência sobre Estratégia Nacional para a Energia, na qual o locutor tratou de apresentar o convidado de honra desta forma [e, para quem não ouviu, imaginem uma voz radiofónica a roçar a voz cava do João Chaves do Oceano Pacífico da RFM]: "E agora, Senhoras e Senhores, o primeiro-ministro José Trocas-te!"
Resultado da brincadeira: metade do público presente a rir, a outra metade a questionar-se se os seus ouvidos lhes haviam ou não pregado uma rasteira auditiva, e um primeiro-trafulha indisfarçavelmente agastado, mas a fingir que não tinha acabado de ser ridicularizado à frente dos seus subalternos (ou seja, os restantes trafulhas, secretários de estado presentes e, assim como assim, toda a gente).
Ora, não será um exercício muito difícil imaginar que o referido locutor, colaborador do Contra-Informação, vai, de hoje para amanhã - talvez amanhã, para não dar tanta cana (!) -, engrossar o número de desempregados do país.
É pena. E revela, sobretudo, uma estranha rigidez por parte do nosso primeiro-trafulha no encaixe de gafes e sucedâneos dirigidos à sua pessoa. O que, igualmente, se estranha. Mais, ainda, se atendermos ao facto de que foi o próprio primeiro-trafulha que, num discurso de elogio aos emigrantes, a propósito da nova lei da nacionalidade, em Maio de 2007, proferiu as palavrinhas que seguem: "Cada um de vós dará o seu melhor para um país mais justo, para um país mais pobre!"
Depois tratou de emendar a mão. Tarde o fez. Mas o emprego enquanto primeiro-trafulha nunca esteve em risco. E isso é uma pena!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Import/Export # 34: A luta de classes com classe



Confesso que gosto da luta de classes. É a melhor maneira que conheço de organizar o mundo e as minhas estantes de discos.
A luta de classes é uma espécie de GPS que nos orienta nesta sociedade competitiva. Se um partido político é o preferido dos patrões, um trabalhador de classe baixa - mesmo com Portas a dar beijos em feirantes - não pode votar nesse partido. É contranatura. Excepto os taxistas, mas aí temos o factor Salazar. O inverso é igual: alguém imagina F. Van Zeller ou Ferraz da Costa, por melhores ideias que Jerónimo tenha, a pôr a cruzinha na CDU?
Claro que não, eles votam Sócrates. Como dizia o anúncio do Restaurador Olex: o que é normal é um preto de carapinha e um branco de cabeleira loura. Ou seja, o patrão rouba o trabalhador e o trabalhador chula o patrão. Assim é que é bonito!
Obviamente, a luta de classes só poderia ser uma ideia de alemães: Marx e Engels. Na Alemanha é que adoram ter sempre tudo bem definido e organizado: judeus para a direita, ciganos para a esquerda. Na minha estante é Clássica/Jazz para um lado, Pop/Rock para o outro, e o Rap vai para o caixote.
Isto tudo a propósito da greve marcada pelo sindicato de pilotos da TAP. Sendo as organizações sindicais o motor da luta de classes, devia ser proibido haver sindicatos para profissões que têm ordenados base de 8.500 euros. Isto é a subversão da luta de classes. É como um preto de cabeleira loura. Em vez de sindicatos, as profissões de 8.500 euros deviam ter associações empresariais.
Até na luta de classes é preciso ter classe.

by José de Pina in Jornal i

Pequenos truques que muito dificilmente algum dia darão jeito # 1

Como tirar uma rolha de dentro duma garrafa sem a partir:

terça-feira, 16 de março de 2010

Publicidades que sim senhoras # 34: Heineken (Italy)

The most sacred moment guys have left is watching football with friends.
But as time goes by, that moment is increasingly at risk.

As eleições no PSD ou porque é que o Benfica não joga todos os dias para eu não ter de falar em coisas que não me interessam peva



Já aqui malhei no PSD (ou PPD-PSD, para os santanistas), com uma acutilância verbal mordaz tão refinada que apenas alguns dos espiolhadores mais letrados que aqui acorrem, na busca de opiniões sedimentadas que, posteriormente, farão passar por suas em conversas de café, logram entender.
Efectivamente, o PSD (ou PPD-PSD, para os santanistas) é um partido sui generis que, ao invés de se posicionar com candidatos sérios e credíveis, prefere enclausurar-se num mosteiro congressista em Mafra e, fazendo da reza uma actividade colectiva, acreditar, com uma fé inabalável nas aptências desviantes do nosso primeiro, que o governo continuará a cair em desgraça até que o povo saia à rua para exigir novas eleições, impedindo o PS de concorrer nesse ano - único cenário no qual o PSD (ou PPD-PSD, para os santanistas) pode, realisticamente, sonhar em conquistar a cadeira do poder.
Só assim se compreende que o PSD (ou PPD-PSD, para os santanistas) aceite a candidatura de três cromos tão ineptos como aqueles que são conhecidos: desde Paulo "O Anão" Rangel, até Pedro Passos "O Brincalhão" Coelho, passando por Aguiar "O Pateta" Branco.
Felizmente, o congresso do PSD (ou PPD-PSD, para os santanistas), como aliás a larga maioria dos congressos partidários efectuados em solo nacional, teve o condão de dar a conhecer ao país um novo Tino de Rans, o (já!) lendário Presidente de Câmara de Caldas da Rainha, um tal de Fernando Costa.
São pérolas, tais como "se não fosse mentiroso, também não era presidente de câmara", ou ainda "eu não preciso de água, traga-me um copo de vinho - isso é para meninos de leite!" ora oiçam!





segunda-feira, 15 de março de 2010

A frase do dia (d'ontem), em Machadês



"Vi uma partida equilibrada nos factores fundamentais, nomeadamente na finalização. No domínio, o Benfica esteve melhor, fruto das individualidades diferenciadas da equipa."

by Manuel Machado (após o jogo entre Nacional e Benfica)

P.S.: Este homem tem, porventura, um discurso prosaico normal, mas eu só oiço poesia...!

sexta-feira, 12 de março de 2010

melhor plastica de sempre!

Descubra as diferenças # 4


Um é o Rei Theoden (da triologia O Senhor dos Anéis) e o outro o advogado José Miguel Júdice (da PLMJ), mas já nem eu sei qual é qual.

Dracula from Houston



Com a publicação da lei que aprova o casamento gay em Portugal, não serão apenas as mentalidades que terão de acompanhar o arrojo legislativo, mas igualmente os dizeres populares terão de se adaptar aos novos tempos.
Assim, sou de sugerir que o anexim "Entre marido e mulher, não metas a colher", ganhe nova roupagem por forma a poder aplicar-se aos novos casais.
Deste modo, sou de sugerir algumas opções, mas também estou disposto a abraçar as vossas sugestões:
Entre marido e marido,...
a) não te metas que és comido/fodido/mordido.
b) não te metas que (ainda!) és ouvido.
c) não te metas, seu convencido!
d) só metes o bedelho se estiveres bem vestido.

Stop joking around



Apesar de a empresa estar em dificuldades, o patrão não estava importado.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A mão de Vata e outras histórias



Era uma vez, há 20 anos atrás, uma equipa francesa muito arrogante e convencida, chamada Olympique de Marsellha (assim mesmo, deliberadamente emigrante-style), liderada por um presidente muito arrogante e convencido, um tal de Bernard Tapie. Este senhor, ainda no sul de França e após a 1a mão da meia final da falecida Taça dos Campeões Europeus (1989/90), contra o mais glorioso dos clubes portugueses, o mítico SL Benfica, quando questionado sobre o que esperava da 2a mão no Estádio da Luz (após a vitória de 2-1 na 1a mão) atirou o seguinte comentário em jeito de vaticínio, arrogante e convencido claro está: "Estou tão confiante que vamos estar na final, que se tal não acontecer mudo o meu nome para Bernardette."
Ora, a 7min do fim da partida, a mão de Deus angolana, na personificação de Vata (avançado benfiquista entrado 15min antes) tratou de fazer o impensável françois acontecer. O Benfica ganhou por 1-0 e apurou-se para a final. O Marselha... não.
Todavia, no meio da euforia pela vitória, havia uma multidão que não havia esquecido a promessa feita pelo (até então) Sr. Bernard Tapie. Por isso, e porque os benfiquistas sempre foram sequiosos do cumprimento de promessas e assim, juntaram-se junto da zona de saída da equipa francesa e não se calaram durante vários minutos, entoando repetidamente o novo nome da Sra. Presidente do clube francês: BERNARDETTE!! BERNARDETTE!!



Mas há mais histórias sobre este lendário confronto.
Jean-Pierre Papin era, na altura, o mais temível avançado do O.Marselha (aliás, foi mesmo considerado pelos sócios do clube como o melhor jogador de sempre) e, ainda antes do encontro da 1a mão contra o Benfica, o francês tratou de arreganhar o dente chauvinista típico dos descendentes de Napoleão e disse a Carlos Mozer (à época, no primeiro ano na equipa francesa): "Vais ver o que é um estádio cheio e um ambiente terrível", com isto se referindo ao Velódrome, estádio do Marselha que, à data, não tinha sequer capacidade para 60mil espectadores.
Quando o sorteio ditou que o Benfica estaria no caminho do Marselha para chegar à final, Carlos Mozer pôde, finalmente, retorquir ao pretensiosismo de Papin e respondeu-lhe: "Quer mesmo ver o que é um estádio cheio, com 120 mil a gritar para o mesmo lado?"
Quando chegou o dia do jogo, conta Carlos Mozer, que os jogadores do Marselha estavam atemorizados, ainda no túnel de acesso, com o ambiente criado por 120 mil vozes vermelhas que iam homenageando o mítico Eusébio.
Papin, vergado sob o inexpugnável manto vermelho da Luz, disse apenas: "Mozer, nunca vi uma coisa destas. Tudo isto é incrível. Tiveste sempre razão, o Benfica é enorme."


Finalmente, segue a versão do árbitro, um tal de Marcel van Langenhoven, sobre este caso e, já agora, na primeira pessoa: "Era impossível ter visto a falta do local onde estava. Foi depois de um canto e tinha uns 10 jogadores a taparem-me a visão. Aliás, até os comentadores da televisão francesa precisaram de três repetições para se aperceberam que aquele golo foi marcado com a mão. E nesse lance houve outra falta, um empurrão do Di Meco ao Vata, que era penálti. Não consegui ver nem uma, nem outra."
Caramba, até quando faz uso de meios fraudulentos para atingir os nobres objectivos propostos o Benfica tem uma razão que lhe legitima a trapaça, numa auto-sagração moral que importa sublinhar.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Nus África prufúuuunda!!!

Quando um portão emperra é uma coisa, mas quando é um muro inteiro que emperra... a coisa é muiiiiiito mais difícil.



Vídeo gentilmente palmado a H.

terça-feira, 9 de março de 2010

Non, gracias!



Pero, lo más curioso es que cuando una chica te dá un beso de buenas noches, eso significa, a si mismo, que esa no será una buena noche...!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Encavacou-se toda!



Bem me dirigiu a palavra, mas eu não lhe dei cavaco.

Sou bom é no cavaquinho



Morais Sarmento, esse pistoleiro de trazer por casa, lá continua na sua obstinada senda para ganhar o troféu de O Mais Odioso Ser da Política e do Showbiz Nacional de 2010.
Desta feita, e muito pouco a propósito, referiu-se ao Presidente da República, nestes termos que passo a citar: "quando Cavaco fala sentimos um mau hálito político do lado de cá da televisão".
São do mesmo partido político, o PSD (Partido Social Democrata) que, nos dias que correm, devia seriamente pensar em mudar o seu nome para PTP (Partido Todo Partido). E os congressos extraordinários servem para isso mesmo. E para pouco mais.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Cão como (apenas alguns de) nós



Há qualquer coisa na nudez no feminino que nos suprime a concentração e nos faz perder o norte, tal qual uma bússola desmagnetizada. Se uma mulher ousa destapar uma alça dum soutien, da H&M que seja, a dissonância cognitiva com que nos desprendemos do que era, até esse preciso instante, principal para nos concentrarmos, de corpo e alma, no frugal acessório duma alça é a mais clamorosa percepção da nossa primitividade. Mas duma primitividade muito típica.
Não rara vez desejei que o meu imponderado tarolo pudesse ser domesticado, por forma a que eu melhor pudesse desempenhar as minhas funções, primeiro académicas (falhanço redondo!) e agora profissionais (que vão pelo mesmo caminho das primeiras). Nunca logrei consegui-lo. Mas os cães conseguem.
De facto, desde há muito que sou cônscio na inveja pelos nossos amigos de 4 patas. Ora, se atendermos à imagem apresentada, o canídeo que ali figura alheia-se inconscientemente (!) da nudez que se vai destapando ali mesmo ao lado. E fá-lo porque todos os seus sentidos convergem num objectivo único: o disco que caiu à piscina!
É flagrante o propósito singular do cão (i.e. abocanhar o disco que caiu à água) que, assim, resiste à tentação (acessória) da carne que, a menos de 4 metros, se dá a conhecer.
O cão da imagem dá-nos, assim, uma importante lição: ele sabe que a distracção e/ou contemplação e/ou galanteio do objecto que ali se desnuda, muito dificilmente lhe trará um retorno aos seus eventuais esforços. Por isso, ele não se açula na perseguição, ainda que meramente visual, do referido objecto. Antes prefere, conscientemente, o objecto que caiu à água.
A Mãe Natureza dotou os animais de um critério de eficiência inato. Este mesmo critério permite-lhes que se debrucem sobre o sexo oposto apenas de tempos a tempos, quando as fêmeas estão em período de ovulação (o vulgar, cio), deixando perceber, por imperativos físicos que não podem (mesmo) controlar, o desejo de interagir com o sexo oposto.
Assim sendo, apenas poderia haver uma altura em que o canídeo apontado na fotografia deixaria para trás o objectivo (singular) de brincar com o disco que caiu à água: se soubesse (reparem que não disse, propositadamente, percebesse) que o ser que se destapa a menos de 4 metros estaria para "ali" virada. Como não recebeu sinais inequívocos dessa "viragem para a brincadeira" (que não a brincadeira com o disco), concentra-se no que lhe interessa no curto prazo.
Caramba, eu também me quero concentrar no disco...!

Publicidades que sim senhoras # 27 - Wall Street Institute

Aproveitando a ENORME popularidade, intra e além fronteiras, desse ícone do galanteio e da sedução nacional, o Wall Street Institute lançou esta deliciosa campanha publicitária que é um regalo para os músculos faciais:








quinta-feira, 4 de março de 2010

Cats in the cradle



Era empresário em nome individual e alfaiate. Ultimamente andava muito preocupado com a qualidade do tecido empresarial nacional.

How Superman should have ended

terça-feira, 2 de março de 2010

Import/Export # 33: Deus os livre dos castigos, que do ridículo é mais difícil



"Indignado com certas falcatruas, Rui Moreira deu o braço a Fernando Madureira, dos Super-Dragões, e foi manifestar-se para a sede da Liga de Clubes com o intuito de moralizar o futebol português. Os dois adeptos do clube cujo presidente cumpre neste momento uma pena de suspensão de dois anos por tentativa de corrupção estão compreensivelmente preocupados com determinadas injustiças. Sabemos todos que os sócios do clube que pagou uma viagem ao Brasil a Carlos José Amorim Calheiros são particularmente sensíveis aos atentados à verdade desportiva.
Não admira: os adeptos do clube cujos dirigentes foram escutados a providenciar o fornecimento de rebuçadinhos, café com leite e fruta para dormir a certas equipas de arbitragem sempre foram extremamente exigentes no que toca à lisura e à honradez.
Por isso, Rui Moreira não podia ter deixado de fazer ouvir a sua voz em uníssono com a de Fernando Madureira, protagonista do livro O Líder, obra na qual relata alguns episódios curiosos ocorridos com a claque que dirige. Sobre o modo como os Super Dragões adquiriram ingressos para um Braga-Porto de 1995, por exemplo, diz Madureira, e cito: «Pelo que se comentava, muito do pessoal tinha notas falsas para comprar os bilhetes e ainda trazer troco.» A propósito de uma paragem dos Super Dragões na auto-estrada, a caminho de um Setúbal-Porto de 2002, Madureira revela: «Foi o caos! Entraram cem gajos pela área de serviço e roubaram tudo o que lhes apareceu à frente.» Foi esta mesma claque que se manifestou na companhia de Rui Moreira, e que afixou nas bancadas, no dia do Porto-Braga, uma faixa com os dizeres: «Contra… falsidade e roubalheira».
Ou seja, a claque que, segundo o seu líder, pagava com notas falsas e roubava tudo o que lhe aparecia à frente, está agora precisamente contra a falsidade e a roubalheira. Enfim, toda a gente tem o direito de mudar de opinião.
No jogo contra o Braga, o Porto beneficiou da exclusão de Vandinho pela Comissão Disciplinar da Liga, e também da exclusão de Meyong por Domingos Paciência, e obteve um resultado bastante desnivelado. Na véspera, o plantel do Porto reuniu-se em torno do seu líder, o terceiro guarda-redes, para o ouvir expressar, e cito, «a indignação de que somos vítimas». O orador foi bem escolhido, na medida em que não há ninguém que compreenda melhor a situação de Hulk do que Nuno: ele também fica sempre fora dos convocados.
Este é o ano em que todos os azares batem à porta da equipa portista: primeiro, Hulk e Sapunaru foram suspensos só porque espancaram quem, segundo ficou provado, não os insultou nem agrediu; agora, os portistas são, creio que em estreia mundial, «vítimas de indignação».
A dura realidade é esta: sem Hulk, a equipa do Porto vê-se condenada a alinhar apenas com jogadores que trocam mesmo a bola uns com os outros, o que prejudica qualquer sistema táctico.
Não são só os portistas que reclamam o regresso de Hulk. Eu, como adepto do Benfica, também. Recordo com saudade a última exibição de Hulk antes do castigo, no estádio da Luz, em que o único remate à baliza que fez saiu pela linha lateral.
Entretanto, os jogadores do Benfica, que até hoje não apareceram envolvidos em agressões em quaisquer imagens de quaisquer túneis, continuam empenhados em levar a cabo uma actividade que parece ter caído em desuso: jogar futebol. Mas, nos últimos 30 minutos do jogo contra o Hertha, o Benfica não acrescentou qualquer golo aos quatro que marcou na primeira hora — o que parece indicar que, como dizem os críticos, a equipa está cansada. Às goleadas exuberantes do início da época, sucedem-se agora vitórias tangenciais por magros 4-0.
A gestão que Jorge Jesus fez do plantel produziu esta triste equipa exausta que lidera o campeonato isolada com o melhor ataque e a melhor defesa. É triste, este cansaço. Quem me dera estar em terceiro, cheio de força, com o plantel correctamente gerido, a seis pontos do primeiro e a cinco do segundo. Mas não se pode ter tudo."

by Ricardo Araújo Pereira in jornal A Bola (28.02.2010)

Thank you. Come again.



O código genético dos indianos encerra o pior de dois mundos: a tez farrusca que é alvo de discriminações (típica dos Africanos) e o micro-ervilhinhas incapaz de sacear o público feminino (típico dos Asiáticos).

segunda-feira, 1 de março de 2010

A frase do dia (que, arrisco, seja a frase da semana)



Quando confrontado sobre como foi possível a Grécia enganar toda a gente e falsificar dados económicos durante tantos anos (com uma dívida pública de 271 mil milhões de euros e um défice de 12,7% do PIB), o primeiro-ministro grego, Yorgos Papandreu, respondeu desta forma:
Yorgos Papandreu: "Também nos questionamos (...) mas a verdade é que a UE podia ter exercido um controlo mais rigoroso do cumprimento do pacto de estabilidade. (...) O que aconteceu demonstra um certo fracasso das instituições europeias. Não pode repetir-se."
Que classe...!

Gone gone



Aquela história de amor era bela e intemporal.

Import/Export # 32: Enquanto houver água nas barragens é malhar no MST



"Há uns anos deu o mote, autor que foi da anedótica «é mais díficil ser portista em Lisboa do que muçulmano na Bósnia». Miguel Sousa Tavares (MST), de então para cá, prossegue na rotina do disparate, cego na corte ao azul e obstinado na injúria ao vermelho. O Tavares, numa das suas mais recentes prosas, atirou que no derradeiro ano em que o Benfica garantiu o ceptro nacional, sob o comando de Trapattoni, «nos últimos 10 jogos, todos os golos encarnados aconteceram de penálti e livres inventados ou duvidosos à entrada da área». O Tavares disse todos e todos só pode significar todos. Se não estudou o assunto, o Tavares é jornalisticamente desonesto; se estudou o assunto, o Tavares é intelectualmente desonesto. Em qualquer dos casos o Tavares é sempre desonesto. Desonesto e mentiroso. Ricardo Araújo Pereira, sobre o mesmo assunto, já tratou da (eufemística) amnésia do Tavares. Até lhe recordou, prescindindo mesmo do seu genial humor, que na temporada de 2004/2005 o FC Porto teve uma singular colecção de três treinadores e encaixou, em pleno Dragão, quatro golos sem resposta do Nacional da Madeira, justamente a 10 rondas do final da competição. A partir daí, o Tavares terá ficado mais vesgo. Dos 14 golos que o Benfica apontou, 7 foram obtidos de bola corrida. Todos os 7. E os outros? Três de (indiscutíveis) livres laterais, 1 de (indiscutível) pontapé de canto, 1 de (indiscutível) livre frontal e 2 de (só 1 discutível) pénalti. Chega? Já agora, no mesmo período, sob a arbitragem do patético António Costa, o FC Porto venceu o Marítimo, com um escandaloso golo de MacCarthy em fora-de-jogo. Só? E o golo do triunfo ao Gil Vicente? E o golo do triunfo ao V. Setúbal? O Tavares, nessa altura, viu o que viu e todos o viram contrair estrabismo futebolístico. O Tavares acha que percebe de tudo. O Tavares pode aparecer a falar da digestão dos suínos, pode aparecer a falar da estética dos saca-rolhas, pode aparecer a falar de subsídios para a compreensão do dedo grande do pé. O Tavares pode falar de tudo e de mais alguma coisa. O Tavares também pode falar de futebol. Não deixa é de ser aldrabão. E com descaramento agravado."

by João Malheiro in Hora Bolas (jornal Destak)