quarta-feira, 15 de abril de 2009

Nós, Portugueses



A propósito dos mais recentes escândalos que têm assolado a nossa "ilustre" classe política (e sobre os quais ainda me não havia pronunciado - porque gosto de deixar assentar a poeira ou o caralho), com o olhar posto nas eleições que se avizinham e a despeito do pouco (ou nada, sendo que a palavra certa é nada!) que o povo (adoro a força e a abrangência deste substantivo) tem feito em termos reactivos, vai o que segue e que, não obstante ter sido escrito em finais do século XIX, continua estranhamente actual:

«Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia de um coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas...»
by Guerra Junqueiro (1886)

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