terça-feira, 2 de novembro de 2010

Import/Export # 45: A eterna luta entre o ridículo e o cómico



Porque o clima de guerrilha há muito que está instalado no futebol português e porque o clássico entre FCP e SLB já se avizinha, sou de vos deixar com excertos da crónica de Ricardo Araújo Pereira no jornal A Bola do último fim-de-semana onde este e outros temas da actualidade desportivo-comentadeira são aflorados:

«Confesso que tenho dificuldade em compreender os receios que rodeiam a hipotética greve dos árbitros na semana do Porto – Benfica. Não sei se ainda mantém em rigor a velha regra segundo a qual, na ausência do árbitro, deve ser recrutado um espectador na bancada para arbitrar a partida. Se assim fosse, o mais provável seria que o árbitro do jogo acabasse por ser um adepto do Porto. Sinceramente, creio que ninguém daria pela diferença. Seria um Porto – Benfica perfeitamente normal. Já aqui recordei a noite histórica em que o Sr. Donato Ramos, depois de ter permitido que o Vítor Baía defendesse com as mãos fora da área, anulou um autogolo do Porto por fora-de-jogo posicional de um jogador do Benfica. Hoje, lembro o saudoso árbitro Carlos Calheiros (que é também o eminente turista José Amorim), que um dia assinalou um penalty contra o Benfica por uma razão que permanece misteriosa até agora.
(...)
Quanto à greve [dos árbitros], não sei se tem razão de ser, mas não percebo a forma do protesto. Quando os trabalhadores da TAP fazem greve, não comparecem na TAP, que é a morada do patrão. Quando os funcionários da EDP fazem greve, abstêm-se de comparecer na EDP, que é a morada do patrão. Quando os árbitros fazem greve, ameaçam não comparecer no estádio do Dragão? Que esquisito.»

by RAP in jornal A Bola (30.Out.2010)

2 comentários:

Gonçalo disse...

Aquele gajo é mesmo BRILHANTE!!!

Anónimo disse...

Parece que os jogadores vermelhos fizeram greve no Dragao...