Diz um estudo recente (duma dessas universidades estadunidenses que ninguém consegue pronunciar ao cabo de 3 tequillas e 19 finos) que as pessoas mais inteligentes têm mais azar ao amor do que as outras (chamemos-lhes menos inteligentes - quando na verdade estamos a pensar em burros falantes). "É uma maneira de o Universo manter o equilíbrio e mais não sei quê, não dando tudo a uns e nada a outros", dirão alguns - decerto passíveis de cabimento na fabulástica categoria (mais ou menos eufemística) supra referida. Mas não. O que acontece é que as pessoas mais inteligentes - das quais os bandidos laquadrilhenses são um fiel exemplo (bastando, para tal, atender aos sucessivos fracassos amorosos que vão coleccionando) - têm uma maior dificuldade de se relacionarem com as demais pela imagem que criam de si próprios. No fundo, o chamado efeito espelho devolve-lhes uma imagem com que as demais pessoas não conseguem lidar, o que acaba por originar frustração, desilusão e muito calão (na hora da despedida) das boquinhas dessas mesmas pessoas.
Em face do exposto, sou de pedir às dançarinas de kankan que se cruzem na vida dos bandidos laquadrilhenses que se preparem para uma natural inversão nos clichés de despedida que apresentamos, e dos quais evoluíremos, passando do (tão) batido "o problema não és tu, sou eu" (celebrizado pelo mítico George Costanza), para o mais bandidisticamente honesto "o problema não sou eu, és mesmo tu".
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