O que não vai faltando nos hodiernos dias em que vamos sendo fustigados pela grosseira supremacia das outras nações no que a Olimpíadas diz respeito (sim, não me venham com tretas do salutar espírito de competição que eu não hesito em mandar-vos à porcaria!...) são aquelas que eu denomino de miúdas do “nim” (numa alegre analogia with the Knights who say NI dos Monty Python and the Holy Grail) – as que querem, mas acham que não devem porque, tementes a Deus, vivem no eterno receio do imediato castigo divino no preciso momento em que entreguem o docinho (e de acordo com a votação aqui realizada também conhecido por iogurteira) mais do que x vezes (em que x representa sempre um número inferior a 8), o que é uma belíssima merda, sobretudo porque as miúdas de agora são muito curiosas e estoiram os 8 créditos logo aos 14 anos em festas da vassoura em casa do Cajó em que nem a vassoura pára e depois andam a penar, e nós com elas, até aos 36, altura em que já são virgens outra vez, porque aquela cena regenera-se ou crostifica-se ou sei lá, mas depois, como não fizeram desporto (lato sensu) durante décadas, ganham peso, cheiros nefastos e protuberâncias abdominais e coxais, na mesmíssima razão em que perdem manias, graça e flexibilidade, e nós que andámos esganados de fome durante anos, a estoirar piadas, cafezinhos e conversa de chácha, acabamos por precisar de 24 gins bem servidos para as aviar, e sempre em esforço, que o prato esquentado nunca tem o mesmo sabor daquele que acabou de ser confeccionado, o que equivale a dizer que era bem feito que ninguém lhes tocasse… e não fosse a fome ser muita e global e eu próprio me propunha a fazer isso mesmo e a dar o exemplo, mas estou muito cansado para acreditar que mais importante do que viver é deixar um legado de consistência moral inexpugnável para a geração vindoura. Aliás, eles que se fodam que foram eles que rebentaram os créditos todos das miudinhas que agora despontam!
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
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