"A
entrada da Guiné Equatorial na CPLP significa que a língua portuguesa está de mini-saia
e meias de rede numa esquina a dizer 'ouve lá, pagas uma tacinha?'. Quando
se diz vamos usar a língua, não é isto que nos referimos. (...) Não é para
sacar petróleo." by Ricardo Araújo Pereira in Governo Sombra (TSF)
"A paixão do coleccionismo parece ter tomado conta do povo português. As colecções de moedas são estimulantes apenas até certo ponto, e por isso os portugueses dedicam-se agora a coleccionar bancos. É a piscina dos grandes da numismática. (...) [Mas] esta mega-numismática requer alguns cuidados. O cidadão que deseje continuar a comprar bancos fará melhor se tirar o seu dinheiro dos bancos. É mais fácil comprar os bancos a prestações, através dos impostos, do que investir as poupanças todas duma vez, ficando sem elas. O melhor método, e o mais seguro, parece ser o mais antigo: guardar o dinheiro no colchão. O meu colchão tem várias vantagens. A primeira é que sou eu quem lhe faz a supervisão, e tenho mais tempo para lhe dar atenção que o Banco de Portugal. Todos os dias verifico se o meu colchão abriu offshores nas ilhas Caimão, ou se perdeu milhões em Angola. Até agora, nada. Tem sido um bom colchão, não só a gerir os meus activos como a proporcionar suporte lombar - o que os bancos, aliás, sempre negligenciaram. A segunda vantagem é o rigor e a estabilidade que o colchão me proporciona. Todos os dias saem novas notícias sobre as desavenças e dívidas da família Espírito Santo. Mas a família Molaflex mantém o recato e a discrição própria dos grandes banqueiros de antigamente."
by Ricardo Araújo Pereira in revista Visão (17/07/2014)
Depois de ter sido saneado do Diário de Notícias pela mão do então director José Saramago, disse anos mais tarde:
"Ele [J.Saramago] era um grande escritor, mas não era um grande homem."