«O Presidente da República, na sua mensagem de Ano Novo, disse aos portugueses tudo e o seu contrário, contando com isso ficar bem com Deus e com o Diabo. Tanto disse que as medidas aplicadas pelo governo, em 2012, criaram um país “socialmente insustentável”, como disse que “não é uma opção negociar o perdão de uma parte da dívida do Estado”.
Tanto disse que tinha “fundadas dúvidas” sobre a constitucionalidade de algumas normas do orçamento, como o promulgou para que pudesse entrar em vigor no início do ano. Cavaco Silva tanto alertou para a “espiral recessiva” sem fim à vista, em que o governo mergulha o país, para, de imediato, formular o vago desejo, talvez por crença em milagres, de que “se inicie um ciclo de crescimento da economia.” (...)
Este governo é perigoso, não só porque tem por objectivo destruir a economia e empobrecer os portugueses, mas porque revela uma cultura antidemocrática e revanchista sem precedentes na democracia portuguesa. Fez mal o Presidente da República, nestas circunstâncias, em ter sacudido a água do capote na sua mensagem de Ano Novo.»
by Tomás Vasques in jornal i (07.jan.2013)
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
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