segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Aquecimento global ou as balelas do costume?!


Estou fartinho de ouvir falar em aquecimento global e nas suas terríveis consequências para o ecossistema terrestre e mai não sei quê e o que tenho sentido na pele são verões cada vez mais fraquinhos e/ou fresquinhos! Diz que o dito aquecimento global (veja-se o alcance do termo: global, como quem vaticina o fim do mundo ou qualquer coisa pior) é um fenómeno climático de larga extensão com um aumento da temperatura média superficial global e que vem acontecendo nos últimos 150 anos. A verdade, porém, é que a norte do Tejo, nos três meses que levo de época balnear, não me recordo de nenhuma noite em que tivesse arriscado sair à noite de casa sem, ao menos, um agasalho. Relembro com saudade (!) os tempos não muito distantes (talvez os verõezões – atente-se na criação deste brilhante neologismo que foge à tacanha regra proibitiva de mais do que um sinal diacrítico, vulgo o til, na mesma palavra – de 2003 e 2004) em que o verão era infernal: de noite os termómetros não baixavam dos 27º/28º; as matas, florestas e afins ardiam a bom ritmo num espectáculo de luz e cor que levava o nome de Portugal além fronteiras e as miúdas arriscavam na hora de sair de casa com muito pouca roupa (às vezes mesmo sem nenhuma tida por essencial para a chamada facção conservadora feminina). Ora, grande parte da comunidade científica acredita que o aumento de concentração de poluentes de origem humana (principalmente) na atmosfera é, então, a causa do denominado “efeito estufa”. A Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande parte dela para o espaço através de radiação de calor. Ora, os poluentes atmosféricos retêm uma parte dessa radiação que seria reflectida para o espaço, em condições normais e é essa parte retida que causa um importante aumento do aquecimento global. Ou seja, se os cientistas já fizeram o trabalhinho todo então a nós (os verdadeiros amantes do verão e dos tops e das mini saias e dos decotes obscenos e da ausência de cuecas e soutiens que permitem perceber se o objecto do nosso desejo baba da junta com a nossa presença) só nos compete fazer uso de tão laboriosos ensaios e torrar esta merda deste planeta com os tão afamados aerossóis e outrossim com vacas leiteiras (acredita a mesma comunidade científica que os gases destes mamíferos são responsáveis por 25% das emissões de metano para a atmosfera). Por conseguinte, e em função dos excelentes argumentos supra apresentados, só me resta pedir ao apanascado leitor que largue a mariquice dos roll-on’s e dos sticks e se entregue à refrescante experiência dos sprays de aerossóis e às delicias de um bom bife com ovo a cavalo por forma a que os verões voltem a ser tudo aquilo que recordamos com saudade...!

1 comentário:

Anónimo disse...

em 2 palavrinhas: bri-lhante