

Acredito que as opiniões se devem apresentar, ao menos formalmente, como disposições conclusivas lógicas de premissas correctamente desenvolvidas que permitam ao comum dos destinatários, através da sua exposição sucinta, a reconstituição do itinerário cognoscitivo e valorativo percorrido pelo opinante. Ou seja, acredito em merdas com pés e cabeça! Ora, serve o supra exposto intróito para expressar o meu descontentamento (cá está o primeiro dos elementos, a opinião prestada na forma de um adjectivo, ou vários como se perceberá já adiante), porque não dizer mesmo a minha indignação, aliás, o meu repúdio que se transmuta numa revolta profunda e que culmina numa fúria cega que, qual hossana da linguagem calaceira, potencia a mais sentida das exortações quando oiço da boca de fideputas que mais depressa desejam a derrota do clube de Benfica à milagrosa cura do pé de atleta que os atormenta desde que foram àquelas piscinas em Xabregas, corria o ano de mil nove e noventa e seis: «ide levar no prolongamento da coluna vertebral, horda de cáfilas», vulgo, no cu bando de camelos (e cá está a disposição conclusiva, brilhantemente exposta, aliás). Efectivamente, esta indisposição galopante tem a sua génese no estertor de clubíticos ordinários que vaticinam o fim do mais glorioso dos clubes, já desde o tempo em que o prodigioso joelho esquerdo do Rei Zezébio foi triturado num daqueles passadores com que a minha santa mãe, nos antigamentes, e como que por magia, transformava incipientes batatas cozidas em delicioso puré. Meus amigos, o vermelho veio para reinar e é bom que todos, mas todos mesmo (!), se compenetrem disso., caso contrário ver-me-ei obrigado a sacrificar virgens apenas por auto-recriação e na exacta rácio com que açambarco mínis – e não me obriguem a representar numericamente o valor em causa que eu ainda não aprendi a deitar o 8 –, a magnificência do Benfica que, não obstante o terramoto de Agosto de 1994, que atingiu a magnitude de 8,6 na escala de A.Jorges – devastador portanto –, bem como das suas réplicas nos anos subsequentes, ainda se mantém de pé e cheiinho de pujança (e, com a mestria de poucos, eis a exposição sucinta com a natural reconstituição do itinerário cognoscitivo). Se não fosse pelo clube do estádio da claridade produzida por qualquer fonte luminosa ou por qualquer substância em ignição, talvez (quase seguramente) a maior parte de vós não lograria alcançar, em tão tenra idade, a reveladora distinção entre coisas corpóreas e transcendência. Por tudo isto aceitem este singelo pedido e deixem de procurar Mães de Santo, Espíritas e, assim “c’massim”, Videntes das Estrelas e Tarólogos (com a honrosa excepção da Maya, não a famigerada abelha) para urdir o fim do clube do Rei. Todavia, e acaso insistam nesse comportamento mesquinho e arreliador, não terei eu outro remédio que não seja pedir ao “Maior” que vos castigue a todos, bem castigadinhos, em dias de profusa excreção intestinal à limitada escolha de um dos elementos representados lá mais em cima com o recurso ao suporte fotográfico (imaginando, claro está, que não existe nem a rabichice do bidé, nem água, nem folhas de jornal, nem plantas, nem aquela manga daquela camisa que a Tia Adélia vos ofertou por razão da comemoração do vosso 25º aniversário num raio de 400Km e que é o Chalana que tem as duas últimas folhinhas do vosso papel na mão e vai embalar em direcção a Adis Abeba)!
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