quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Import/Export # 58: A ética e a etiqueta
« Alexandre Soares dos Santos [CEO do grupo Jerónimo Martins] acusou o governo de estar a mentir quando diz que Portugal não está em recessão económica e Sócrates respondeu que o empresário era mal-educado. (...)
Em primeiro lugar, há que ponderar se uma acusação pública de falta de educação não é, em si mesma, falta de educação. (...) E será educado chamar a atenção para a falta de educação que é chamar a atenção para a falta de educação, como estou a fazer agora? Enfim, são dilemas crúeis, os que a etiqueta coloca. Não deixa de ser significativo que vários grandes filósofos tenham escrito grossos compêndios sobre ética e nenhum sobre etiqueta. Alguém andou a evitar as grandes questões, não foi Sr. Kant?!»
by Ricardo Araújo Pereira in "Boca do Inferno", revista Visão (24.Fev.2011)
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Import/Export # 57: O (actual) estado do Sporting CP
«Como sabereis, a Sport TV transmitiu na noite passada um repousado treino de conjunto a que o Benfica se submeteu em Alvalade com o intuito de descontrair os jogadores para a Liga Europa e ensaiar em simultâneo situações técnico-tácticas específicas, precavendo a eventualidade de o Estugarda se apresentar ao jogo de quinta-feira com um onze inicial formado por elementos do seu escalão de Juvenis Paraolímpicos. Sabereis também que, no vasto mundo lá fora, Mubarak se demitiu antes de Paulo Sérgio, embora do ponto de vista humanitário os pretextos para as respectivas demissões sejam equivalentes.
Pergunto-me, no entanto, se sabereis da epifania que eu experimentei há duas semanas, no lugar 22F da Bancada CGD (topo) do Estádio Alvalade XXI, por ocasião daquilo que a imprensa descreveu falaciosamente como um "jogo de futebol" contra a Naval. A batofóbica localização permitiu-me pela primeira vez em muitos anos perceber, não apenas o "sistema táctico" do Sporting (nessa noite, um ousadíssimo 4-0-3), mas o seu ainda mais importante "modelo de jogo", algo que nunca esteve perto de me acontecer, por exemplo, na última época de Paulo Bento. A determinada altura na primeira parte, e pela sexta vez em quinze minutos (muito para lá do acidente estatístico) notei quatro jogadores do Sporting - os três avançados e um dos médios - alinhados a régua e esquadro com o quarteto defensivo da Naval, completamente estáticos se não considerarmos "movimento" uma sucessão pinabauschiana de espasmos nas omoplatas em flirt sincronizado com a bandeira do árbitro auxiliar, enquanto um improvisado quarterback geriátrico (Polga ou Pedro Mendes) esperava o momento certo para torpedear a linha de fundo com isco para os galgos. A sexta tentativa de executar esta jogada-padrão fracassou como as cinco anteriores, mas o mais impressionante não foi isso; o mais impressionante não foi sequer a compreensão de que aquilo eram jogadas planeadas, que havia ali trabalho; o mais impressionante foi reparar que essas seis jogadas não teriam resultado em ocasiões de golo mesmo que nenhum jogador adversário estivesse em campo. (E estavam, como se veio a provar). O que aconteceu ao futebol do Sporting esta época configura uma situação sem precedentes na história da modalidade: implementou-se um conjunto de processos de jogo que já seriam potenciais fósseis teóricos na terceira divisão inglesa, que não têm qualquer utilidade prática, e que ainda assim continuam a ser repetidos - e isto é que é verdadeiramente revolucionário - com evidente decréscimo de qualidade de jogo para jogo. É a coisa mais feia do mundo.
O que nos transporta para a situação do Grimi, um problema pelo qual eu só não sou responsável porque nunca tive responsabilidades, mas cuja génese aplaudi que nem um maluquinho. O Grimi, resumidamente, além de ser o pior jogador de futebol alguma vez nascido em território sul-americano, é um activo da SAD que custou mais ao Sporting do que o Maxi Pereira, o Fábio Coentrão e o Fucile juntos custaram a Benfica e Porto. Mas no Verão de 2008, eu estava plenamente convencido de que o Grimi era um bom investimento, e que o problema da lateral-esquerda estaria resolvido pelo menos durante meia década. (Estou a falar-vos das profundezas da mesma cabeça que acreditou, até cinco minutos antes de começar o Mundial, que o Coentrão era o ponto fraco da selecção portuguesa; percebo tanto de "esquerdas" como a Helena Matos). Se um adepto moral e intelectualmente infalível como eu é capaz de semelhante jackpot de opiniões catastróficas, o que esperar de pessoas normais, ou mesmo de dirigentes do Sporting?
O Grimi, vocês estão a ver bem o que é o Grimi? Ontem, perto dos 5 ou 6 minutos de jogo, o Sálvio aplicou ao Grimi duas brutais fintas curtas e deixou-o para trás com um arranque ciclónico. Na repetição do lance, reparei que não fora o Sálvio, mas sim o Maxi Pereira. Isto não deixa de ser um elogio ao Maxi Pereira, mas chamo a vossa atenção para um pormenor mais importante, que é o de o Grimi ser alguém que quando é fintado pelo Maxi Pereira faz o Maxi Pereira parecer o Sálvio. Esta conclusão foi reforçada na jogada seguinte quando o Grimi foi de facto fintado pelo Sálvio e fez o Sálvio parecer o Overmars, o que sugere uma décalage óptica progressiva, e potencialmente infinita, entre a realidade real e a lânguida realidade alternativa na qual Grimi funciona como uma espécie de prisma e acelerador cósmico. E funciona para os dois lados: suponho que a única maneira de me parecer que o Grimi acabou de ser fintado pelo Maxi Pereira é o Grimi ser fintado pelo Urbano Tavares Rodrigues.
Este lamentável estado de coisas não foi suavizado pelo árbitro, que, numa desavergonhada repetição daquela farsa no jogo com o Porto, conseguiu sabotar toda a organização ofensiva do Sporting expulsando um central adversário. Não quero com isto arranjar desculpas: apesar de ser mais fácil anular o Sporting jogando com dez, admito que mesmo sem a habilidosa expulsão do Sidnei o resultado seria igual.
Este pode muito bem ser o plantel mais fraco da história recente do Sporting, mas a falta de qualidade tem sido potenciada com rigor soviético por um modelo de jogo - e nesta altura não me resta dúvidas de que é mesmo um modelo intencional, com dedo do treinador - baseado em longas parábolas para desmarcações espectrais de um avançado que além de não ter arranque ou pique curto, encara a armadilha do fora-de-jogo como uma tecnologia misteriosa proveniente de uma civilização superior: como se não houvesse nada a fazer. E ao contrário dos macacos do Kubrick, aquilo é gente que não se prestará a nenhum salto evolutivo por mero contacto com artefactos alienígenas. Nenhuma das bolas primitivas arremessadas pelo Polga na direcção geral da área adversária corre o risco de se transformar numa nave espacial em plena trajectória. O máximo que podemos esperar é que se transforme em osso e se espatife nos cornos do Postiga. Muito embora, se bem conheço este clube, o mais provável é que lhe passe a "escassos centímetros" do crânio. Entretanto vai-me doendo tudo cá dentro, e acho melhor darmos um tempo.»
by Rogério Casanova in http://pastoralportuguesa.blogspot.com/2011/02/sporting-its-not-you-its-me.html
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Os Stella Awards 2010
Os Stella Awards são os prémios atribuídos anualmente aos casos mais bizarros de processos judiciais nos Estados Unidos. Têm este nome em homenagem a Stella Liebeck, que derramou café quente no colo e processou, com sucesso (!), o McDonald's, recebendo quase 3 milhões de dólares de indemnização...!
Desde então, os Stella Awards existem como instituição independente, publicando e "premiando" os casos de maior abuso do já de si folclórico sistema judicial norte-americano.
Este ano, os vencedores foram:
5º lugar (ex aequo):
(i). Kathleen Robertson, de Austin, Texas, recebeu 780.000 dólares de indemnização duma loja de móveis, por ter partido o tornozelo ao tropeçar numa criancinha que corria solta na loja. A criança descontrolada era o próprio filho da Sra. Robertson...!
(ii). Terrence Dickinson, de Bristol, Pensilvânia, estava a sair pela garagem duma casa que acabara de roubar. Não conseguiu abrir a porta da garagem porque o sistema automático tinha defeito. Também não conseguiu entrar outra vez na casa porque a porta já se fechara por dentro. A família estava de férias e o Sr. Dickinson ficou trancado na garagem durante 8 dias, alimentando-se de ração para cães. Processou o proprietário da casa, alegando que a situação lhe causou profunda angústia mental. Recebeu 500.000 dólares de indemnização.
4º lugar:
Jerry Williams, de Little Rock, Arkansas, foi indemnizado em 14.500 dólares, mais despesas médicas, depois de ter sido mordido pelo Beagle do vizinho. O cão estava preso, do outro lado da cerca, mas ainda assim reagiu com violência quando o Sr. Williams saltou a cerca e disparou repetidamente contra ele, com uma pressão de ar...!!
3º lugar:
Um restaurante de Filadélfia foi condenado a pagar 113.500 dólares a Amber Carson, de Lancaster, Pensilvânia, por ela ter escorregado e fracturado o cóccix. O chão estava molhado porque, segundos antes, a própria Amber Carson tinha atirado um copo de refrigerante contra o namorado, durante uma discussão.
2º lugar:
Kara Walton, de Claymont, Delaware, processou o proprietário duma casa de diversão nocturna por ter caído da janela da casa de banho, partindo os dois dentes da frente. A Sra. Walton tentava escapar do bar sem pagar a despesa de 3,50 dólares. Recebeu 12.000 dólares de indemnização, mais despesas dentárias...!
E o grande vencedor em 1º lugar:
O grande vencedor do ano foi o Sr. Merv Grazinski, de Oklahoma City, Oklahoma. O Sr. Grazinski tinha acabado de comprar um Chrysler Winnebago, com mudanças automáticas e regressava sozinho dum jogo de futebol. Na estrada, activou o "cruise control" do carro para 100 km/h, abandonou o banco do motorista e foi para a traseira do veículo preparar um café. Como era de esperar, o veículo despistou-se, bateu e capotou. O Sr. Grazinski, como é lógico, processou a Chrysler por não explicar no manual que o "cruise control" não permitia que o motorista abandonasse o volante. O júri (dos seus pares, claro está!!) concedeu-lhe a indemnização de 1.750.000 dólares, mais um Chrysler novo do mesmo modelo. A construtora automóvel mudou todos os manuais a partir deste processo, para se acautelar contra qualquer outro mongoló...consumidor que comprasse um Chrysler.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
everyone looks... and they like it! ;)
Elas já sabem que toda a gente olha, homens mulheres coisas e até o J. C. no final, mas é só mais uma confirmaçãozinha... CHECK!!!
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
girls girls girls....
1 – “Chega”
Esta é a palavra que as mulheres usam para encerrar uma discussão quando elas acham que estão certas e tu tens que te calar.
2 – “5 minutos”
Se ela está a arranjar-se significa meia hora…”5 minutos” só são cinco minutos, se esse for o prazo, que ela te deu para veres futebol antes de ajudares nas tarefas domésticas.
3 – “Nada”
Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGO está a acontecer e que deves ficar atento. Discussões que começam em “Nada” normalmente terminam em “Chega”.
4 – “Tu é que sabes”
É um desafio, não uma permissão. Ela está a desafiar-te, e nesta altura tens que saber o que ela quer… e não digas que não sabes!
5 – Suspiro ALTO
Não é realmente uma palavra, é uma declaração não-verbal que frequentemente confunde os homens. Um suspiro alto significa que ela pensa que és um idiota e que só está a perder tempo a discutir contigo sobre “Nada”.
6 – “Tudo bem!!!”
Uma das mais perigosas expressões ditas por uma mulher. “Tudo bem!!!” significa que ela quer pensar muito bem antes de decidir como e quando vais pagar na mesma moeda pelo que fizeste.
7 – “Obrigada”
Uma mulher está a agradecer, não questiones, nem desmaies. Apenas diz “de nada”. A menos que ela diga “MUITO obrigada” – isso é PURO SARCASMO e ela não está a agradecer por coisa nenhuma. Nesse caso, NÃO digas “de nada”. Isso apenas provocará o “Esquece”.
8 – “Esquece”
É uma mulher a dizer “Vai-te LIXAR!!”
9 – “Deixa estar, EU resolvo”
Outra expressão perigosa, significando que uma mulher disse várias vezes a um homem para fazer algo, mas agora está ela a fazer. Isto normalmente resulta no homem a perguntar “mas afinal o que é que queres?”. Para a resposta da mulher, consulta o ponto 3.
10 – “Sabes, estive a pensar…”
Esta expressão até parece inofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse.
11 – “Precisamos ter uma conversa!”
Ui! Estás a 30 segundos de levar na cabeça…
Import/Export # 56: Galp de Estado
«Há uns dias, ao meter gasolina no carro, ocorreu-me a ideia de que, com os preços a subirem assim, dentro de pouco tempo os bancos vão criar linhas de crédito para as pessoas encherem o depósito. (...)
A cartelização de preços [no sector dos combustíveis] não é mais que a cultura estatista no [agora] privado. Os lucros da Galp, além das vuvuzelas, devem-se à concertação de preços entre as petrolíferas. No fundo, é como se existisse apenas uma marca de gasolina. O mesmo se passa nas empresas de TV Cabo, nas redes de telemóvel, nas de internet, etc. Preços todos iguais. Temos um mercado soviético de marca branca.
Os empresários nacionais têm fobia à concorrência, uma agorafobia empresarial; querem acabar com o Estado para serem eles o Estado. (...)»
by José de Pina in Jornal i (16.Fev.2011)
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Import/Export # 55: Versão (ainda mais) badalhoca
(1). «Se me barrarem à porta de uma discoteca africana que seja com Nutella. Para me sentir integrado.»
(2). «Na primária, ensinam-nos que os portugueses estiveram em Goa, Damão e Diu. No secundário, que diu é uma cena de meter na cona.»
(3). «Os homens e os bebés adormecem muito melhor depois da mamada.»
(4). «Coerência é o dealer de pastilhas ser um gorila.»
by Juvenal, O Anormal in http://sobpressaonaoconsigo.blogspot.com/
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
A frase do dia # 415
Import/Export # 54: Mixórdia ideológica
«(...), depois de identificada a natureza leninista e neoliberal de Sócrates [exercício feito por uma antiga Secretária de Estado de um Governo do PS], é mais fácil determinar o perfil do político que o pode derrotar. Neste momento, é evidente que Portugal precisa de um democrata-cristão maoísta que ponha isto tudo na ordem.»
by Ricardo Araújo Pereira in "A Boca do Inferno", revista Visão (10.Fev.2011)
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Import/Export # 53 - Pedofilia fiscal
«(...), ter um NIF logo desde o nascimento é estimular o sentido de responsabilidade. As crianças precisam de regras! Elas cresecem num mundo sem regulação e por isso são uns meliantes em potência. Basta ver a maneira como os miúdos trocam os cromos: eles têm de saber que quando trocam um cromo por quatro há mais-valias a pagar.»
by José de Pina in jornal i (09.Fev.2011)
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
A frase da semana # 81
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Import/Export # 52: Sinonímia financeira
«Os problemas relacionados com a dívida soberana trazem, apesar de tudo, algumas vantagens notáveis. A primeira é o facto de a dívida soberana ser, como o próprio nome indica, soberana. (...) Quando toda a nossa política é definida pela União Europeia, dá gosto saber que a dívida se mantém firma na sua teimosa e patriótica soberania.
(...)
A segunda vantagem é que mesmo leigos em economia e finanças, como eu, dão por si a prestar atenção à informação sobre os mercados, para ir avaliando o estado do nosso endividamento e da nossa economia em geral.
Depois de ter estudado profundamente os serviços de informação económica, estou em condições de apresentar uma conclusão preliminar: nos mercados, além da especulação financeira, há especulação lexical.
Quando as bolsas têm um dia mau, ficamos a saber que Nova Iorque perdeu, Paris derrapou, Madrid regrediu, Tóquio tombou e o PSI 20 deslizou. (...) É muito raro que dois mercados caiam no mesmo dia, porque os jornalistas de economia não deixam. Quando um mercado cai, o outro derrapa. E, provavelmente para refrear os ânimos especulativos, quase nunca se verifica a existência de mais do que um mercado a subir. Se um sobe, o outro avança. (...)»
by Ricardo Araújo Pereira in Boca do Inferno, revista Visão (03.Fev.2011)
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Face (mais ou menos) Oculta
Um bandido sabe que a justiça no seu país está em altas (!) quando um arguido se tenta defender em julgamento acusando o próprio filho (in casu, José Penedos, ex-administrador da REN, a respeito do seu filho, o ignóbil Paulo, no processo Face Oculta).
Assim, e depois de ouvidas as declarações do papá Penedos a respeito do filhote Penedos, o juíz de instrução criminal da comarca do Baixo Vouga resumiu o que havia ouvido nesta estupenda súmula:
"(...) Disse que o seu filho revela algum exagero de protagonismo e um desvio de personalidade relacionado com a sua vontade de exibicionismo. Disse mesmo que não valoriza as conversas telefónicas com o filho porque, em alguma medida, 'trata o seu filho como uma criança'.
(...) Destruída a credibilidade do seu filho estava aberta a porta para que José Penedos defendesse que tudo quanto o seu filho afirmou nas conversas que manteve não passou de uma utilização abusiva do seu nome com o propósito de obter dividendos de Manuel Godinho."
Mas o tiro parece ter saído furado, porquanto aquele magistrado afirma, no fim, que "[a defesa de José Penedos] dá nota do carácter e da personalidade do arguido [o papá Penedos], que não se coibiu de desqualificar o filho para se defender."
Tão bom...!!!
Sai um apelo à Revolução dos licenciados...!!
E não me venham cá com merdas e queixinhas de que este espaço está a abichanar, porque eu, com este singelo (porém pirateado) video, mato dois coelhos duma só cajadada: (i) polvilho com um pouco de cultura este estaminé de devassa e, outrossim, (ii) apelo à revolta que há em cada licenciado desempregado e/ou estagiário mal remunerado (ou não remunerado de todo) em Portugal.
Um movimento indestrutível e perpétuo
[A propósito da saída do David Luiz do Benfica para o Chelsea por 25 milhões de euros]
«O Benfica não é um número, não são os milhões obscenos que as manchetes põem em grande e por extenso. O Benfica não é um «marca», e não é - não pode ser - um entreposto entre o talento do Novo Mundo e os cifrões dos novos ricos. O Benfica è aquele golaço que o miúdo Menezes declamou no domingo [passado]: um movimento indestrutível, todo futuro e certeza, a subir, sempre a subir.»
by Jacinto Lucas Pires in JN (02.Fev.2011)