sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Eu não dizia...!



Conforme prometido aqui mesmo, mas ali mais abaixo (num disparo de segunda-feira), cá estou eu de volta para provar as minhas capacidades de adivinhação. Efectivamente, não só desapareceram as manchetes nas quais o Sp. Braga reivindicava ter sido vítima de roubos e assaltos e estupros e tudo e tudo (relembrando que após o jogo com o SL Benfica o choradinho durou 2 semanas inteiras, ao passo que após o jogo com o FC Porto durou... 3 dias?!), com exigências de árbitros estrangeiros, de maior transparência nos processos de nomeação dos árbitros, de uma palavra a dizer na escolha da indumentária dos árbitros e nos décibeis dos seus apitos, etc., como ainda descobrimos que o que vai fazendo as manchetes desportivas nesta sexta-feira são as notícias de troca de jogadores entre o SP. Braga e... o FC Porto. De facto, não há grito que não se possa calar. Ou, ao menos, insonorizar.
P.S. Infelizmente para os lados da Luz houve castigo para o grego Katsouranis por ter usado a expressão "roubados". Foi, realmente, a primeira vez que ouvi tamanho palavrão da boca de um jogador e/ou responsável no futebol português, razão pela qual entendo que o castigo (de um jogo de suspensão) não só é justo como, provavelmente, peca por escasso. Os mais cépticos poderão perguntar se haverá filhos e enteados no futebol português, mas eu asseguro-vos que isto são apenas resquícios vingativos de uma certa final perdida num certo Europeu de futebol... "Vocês sabem do que eu estou a falar!"

O nosso primeiro é o mááááior - menos quando fala (ou tenta) em inglês!

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Coitado do nosso primeiro... A Comunicação Social tem dado grande destaque ao tema Freeport (ou Freepor, sem t, como diz o nosso primeiro, coitadinho), como se tivessem descoberto o ovo de colombo. Toda a gente sabe, desde aqui (chamemos-lhe, Local X) até Freixe de Espada à Cinta, que quem quer alguma coisa a mexer neste país de doutores tem de abrir os cordões à bolsa. Não é segredo. Aliás, quem nunca ouviu falar no princípio do utilizador-pagador (ou nas suas variantes mais refinadas: construtor-pagador, ou explorador-pagador, ou ainda curtidor-pagador), tão amplamente propalado nessa mesma Comunicação Social, que levante a mão e seja imediatamente abatido por ignorância! O português e os seus brandos, mesmo frouxos, costumes nunca fez caso deste sistema. Quer dizer, lá esperneia um bocadinho (para não parecer que lhe podem calcar todo o tipo de botas em cima), mas depois deixa passar. O português também não quer ser chato e estar sempre a buzinar pelo mesmo (a não ser que faça parte dessa corja conhecida como "os professores", que agora que aprenderam o caminho para a Av. da Liberdade e, bem assim, para Belém e os seus famosos pastéis, não param de chagar o país com as suas reivindicações, rimas muito mal amanhadas e embaraços no trânsito da capital). O português é, em bom português, porreiro, pah! E o nosso primeiro, coitadinho, também o é. O que a Comunicação Social esquece é que o nosso primeiro, coitadinho, é um gajo do norte (de Vilar de Maçada, Alijó) e, mais ou menos, engenheiro civil, ou seja, é (por nascença e formação, mais ou menos) uma gajo despachado, que quer pôr o país a mexer, com gruas e pontes e auto-estradas e aeroportos e tgvs e quartéis de bombeiros e hospitais e o que mais houver para, imitando o popular jogo SimCity, se aproximar (ainda que só na vida real, que na PS3 é que é a doer) do highscore do Pedro Silva Pereira, ministro da presidência, que passa a vida a gabar-se dos feitos virtuais na gestão da sua própria Lisbópolis. Quanto a este (real) escândalo de (alegada) corrupção sob a forma de recebimento de luvas, dois considerandos: (1) é muito estranho que esta salganhada de luvas e adereços tenha vindo a público em ano de eleições legislativas e logo quando o tempo começa a arrebitar e (2) convenhamos que ao nosso primeiro, coitadinho, o 6º homem mais elegante do planeta em 2008, umas luvas inglesas não fazem pandan com a indumentária italiana.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Import/Export # 11: Kylie Minogue banned commercial



Como definir estes 95 segundos de puro entesoamento?! Maldade, talvez...!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Import/Export # 10: O mágico da máscara by "Os Contemporâneos"



Num dos mais brilhantes sketchs do programa "Os Contemporâneos" da RTP - ao qual se juntam outros, chamemos-lhe, por delicadeza, menos brilhantes - surge uma explicação muito plausível para o desaparecimento de 500 milhões de euros do BCP: nada mais, nada menos do que um truque no qual o mágico da máscara faz desaparecer dinheiro, muito dinheiro. Que delícia os pormenores com que se conta, resumidamente, a história da fraude do BCP e, noutro momento, quando se refere à distracção do público, do Ministério público e do Banco de Portugal, assim duma só assentada, pela passagem das pernas da bela assistente do mágico da máscara!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

RocknRolla


"People ask the question: what's a RocknRolla? And I tell 'em - it's not about drums, drugs, and hospital drips, oh no! There's more there than that, my friend. We all like a bit of the good life - some the money, some the drugs, other the sex game, the glamour, or the fame. But a RocknRolla, oh, he's different. Why? Because a real RocknRolla wants the fucking lot."

Serviço Público # 1: Veracidade ou fingimento nos orgasmos femininos


Porquanto todos os Bandidos, mormente os que se emparelham neste pasquim de falsidades, compreendem que a única maneira de chegar ao apanascado leitor, por forma a cativá-lo, ganhar-lhe a timorata confiança e, depois sim, palmá-lo em toda a glória, passa por ir ao encontro dos seus apanascados interesses, segue infra um excelente texto que poderá ser muito útil aos empreiteiros da vulgaridade que nos lêem aquando da interacção dos mesmos com o sexo oposto (e só com este, que este folheto de ilicitudes não alimenta panisguices).
"As mulheres podem aperfeiçoar as suas capacidades de representação como quiserem, mas um observador perspicaz com conhecimento suficiente de fisiologia poderá provavelmente saber. De acordo com sondagens, estudos e textos médicos, cada orgasmo feminino é precedido por quatro estádios. Não são diferentes dos estádios que antecedem o orgasmo masculino.
(1) No primeiro estádio, o clítoris fica erecto, os dois terços internos da vagina incham e a pele em volta fica mais escura. Isto são sinais de que está a aumentar o fluxo sanguíneo nessa zona.
(2) No segundo estádio os mamilos endurecem e as mamas tornam-se sensíveis.
(3) Depois vem o terceiro estádio, que tem a ver com a respiração. O ritmo respiratório torna-se mais rápido, mais curto e mais profundo, e nalguns casos até rítmico, à medida que o corpo tenta inalar mais oxigénio.
(4) Depois, precisamente antes do todo-importante estádio de clímax, a parte de cima do corpo fica corada, o pescoço da mulher e o peito ficam vermelhos e as faces ganham uma tonalidade rósea. É aqui que o Vesúvio está prestes a explodir. O que se segue a seguir são espasmos musculares que se estendem por todo o corpo, particularmente na vagina, no útero e na zona pélvica. As primeiras contracções são as mais fortes. À medida que isto acontece, as coxas da mulher tremem ligeiramente e as costas arqueiam-se e alongam-se incontrolavelmente.
Meus caros e inexperientes leitores, não olvidem que os sons são uma boa forma de revelação. Os gemidos suaves e as frases incompletas são sinais de que um orgasmo pode ser verdadeiro. Se uma mulher profere uma frase coerente ou grita tão alto que acorda os vizinhos, há hipóteses de ela estar a fingir."
in Expresso de 12 de Janeiro de 2009

Há dias assim

Há dias em que acordamos com a nossa criatividade verbal toldada por uma estranha excessiva sensibilidade às "boas maneiras" de um qualquer bom cidadão. E também há dias em que só nos apetece levar 2 bocetadas na cara...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Olhó Sporting de Braga a fingir!!!


O presidente do Sporting de Braga, um tal de António Salvador, o mesmo que conseguiu andar a choramingar e a ameaçar que fazia e que acontecia durante 15 dias (!) por causa de um golo em fora-de-jogo e dois penáltis não assinalados a favor do Braga no jogo contra o SL Benfica, teve agora de fingir estar tão ou mais aborrecido com o "roubo" de que afirma ter sido vítima no jogo de sábado contra o FC Porto - onde foi inequívoco o fora-de-jogo no primeiro golo do Porto e onde não foram assinaladas três grandes penalidades a favor dos coitadinhos dos minhotos. Eu que já cá ando há muito tempo só quero ver se esta celeuma chega, ao menos, ao fim desta semana ou se, ao invés do que aconteceu no jogo do Braga contra a equipa da qual o senhor presidente dos minhotos não é sócio, isto não passa de 4a feira. Eu já sei a resposta, mas não a revelo ao céptico (e provavelmente mal formado) leitor que nos consulta em horário de expediente, aproveitando os intervalos em que o patrão está em reunião. Assim, qual Zandinga do século XXI, prometo voltar a este assunto na próxima sexta-feira para disparar o seguinte e singelo post: Eu não dizia...!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Import/Export # 8: Calhau vs iPhone


Num dos mais completos, intrigantes e renhidos testes comparativos entre dois objectos de culto, trazido ao meu conhecimento por esse concorrente da DECO ProTeste de seu nome dmonteiro do blog Estupidez crónica, o iPhone apenas garante a vitória no último item. Não obstante esta (pequena) vantagem tecnológica, a Escolha Acertada vai para o calhau em razão do compromisso custo/benefício.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Oh mierda, soy un narcotraficante colombiano...!



A pedido de muitas e muitas famílias, sai um excerto do filme Bedazzled de dois mil e trocó-passo. Acho que é a primeira (e última vez) que o Brandon Fraser consegue ter piada. Enfim, é tão bom que até dói!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Uma notícia triste...!


De acordo com os dados recentes do World Drink Trends, Portugal desceu do 4º para o 8º lugar no consumo anual de ácool per capita. Bem sei, meus caros, bem sei...! Andámos nós, enquanto profissionais da coisa - o mesmo é dizer, enquanto estudantes universitários -, a lutar, a lutar, numa entrega (não rara vez) diária, para estes embustes escolásticos da Igreja do bolsar divino arruinarem o trabalho de gerações e gerações de devotos praticantes da causa em pouco mais de quatro anos. Cabrões! E nem que se lhes impinjam as inúmeras vantagens da coisa, seja pelo efeito cardiovascular positivo dos polifenóis do vinho, seja pelo aumento das propriedades antioxidantes da cerveja, seja pelo efeito comportamental galhofeiro que provocam as bebidas destiladas, em geral, e os shots (de tequilla!), em particular, estes quadrúpedes não se dignam a fazer nada pelo país que os expeliu cá para fora. Estas bestinhas limitam-se a usar as bebidas alcoólicas enquanto "binge drinking" e depois, porque vão com muita sede ao pote, não chegam ao fim da prova e quem sai a perder é Portugal. Sim, Portugal! Ou pensam que os rankings nascem do ar?! Nada se faz sem trabalho. Sem entrega. Sem suor. Sem uma expulsão do conteúdo gástrico aqui e acolá. Por tudo isto, lanço aqui o apelo para que todos pratiquem o consumo desmedido de bebidas alcoólicas já neste fim-de-semana e que se aguentem até ao raiar do dia. Só assim, ilustres biltres, daremos novamente dignidade a esta Pátria que é nossa e que vai perdendo o estatuto de país-pêra - a bêbeda, não a Rocha que é para maricas dos suminhos néctar da Compal.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Import/Export # 7: Crise? Qual crise?!


Num dos actos que mais nos tem celebrizado além (e aquém) fronteiras, segue dentro de momentos, tipo agorinha mesmo, mais uma rapinagem de um texto (da autoria do RAP na Visão) que ilustra bem o sentimento do povo português em face da crise que se vive e se espera para este ano de 2009.
Habituados a crises sucessivas, a gravíssima de 2008, a anterior e malfadada crise de 2007 que se justificava por seguir o caminho traçado pela crise de 2006, que, por sua vez, resultou das crises de 2005, 2004, 2003 e mesmo 2002 "(...) creio que, se uma crise quiser mesmo impressionar os portugueses, vai ter de trabalhar a sério. Um crescimento zero, para nós, é amendoins. Pequenas recessões comem os portugueses ao pequeno-almoço. 2009 só assusta esses maricas da Europa que têm andado a crescer acima dos 7 por cento. Quem nunca foi além dos 2%, não está preocupado. (...) A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado. Agora, somos o povo da Europa que está mais bem preparado para fazer face às dificuldades."

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Quando a ignorância é uma benção...


Em entrevista ao jornal francês "Les Echos", o ministro italiano da economia, Giulio Tremonti, disse que os bancos do país "sofreram pouco a crise dos 'subprime' por serem raros aqueles nos quais se fala inglês. A exposição aos activos tóxicos foi, em consequência, muito limitada e por isso, hoje, os nossos banqueiros não pedem ajuda", disse Tremonti.
E ainda nos querem convencer que aprender compensa. Bem se vê...!

O fim do princípio...


Ao ponto a que nós chegámos… A metamorfose do bandido Black Bart, com as suas cada vez mais frequentes gouchices (trad. acto ou forma de reagir a um acontecimento, seja ele de que natureza for, sempre na forma de espanto, com o recurso fonético a sons agudos acompanhados de gesticulação excessiva), impedem-no de ver além, de aquilatar aquilo que era pretendido com o Comunicado de Imprensa # 1 (ali mais abaixo) e por isso mesmo me entristece (se preferirem a versão macho comó caralho, cá vai: e por isso me dá vontade de lhe cortar os bulhos, assim bem rentinhos, com uma faca de mato mal afiada, para doer à séria). O objectivo de medir o pulso aos bandidos que pontificam neste pasquim de imoralidades é (ou era, porque parece que estes desgraçados não sabem ler – o que também não me surpreende, porque a Escola foi feita até ao 9º ano, com a competição a centrar-se antes no fananço de apagadores, gizes e, uma vez, num quadro de ardósia e não tanto nas letrinhas e números que eram escrevinhados no quadro pela professora) saber se os demais meliantes concordam em usar este folheto blogosférico para mais nos expormos pelos nossos erros e façanhas e jamais (!) para direccionar alguém para outro rumo que não este que fazemos em conjunto. Se entendermos (todos) que os Prémios Bala 2008 deverão funcionar só para nós, então assim será. Confesso que gostava da exposição e do escárnio público (mais ou menos, até porque ninguém lê esta merda) dos Prémios, mas se a maioria entender que não deverá ser assim, eu vou com a dita (maioria, bem entendido).
Uma palavrinha, ainda, ao bandido Dark Helmet que também não logrou alcançar o pretendido pelo supra citado Comunicado de Imprensa # 1: eu estou calmo, caralho!!! E sim, concordo contigo quando dizes que ninguém deve vir aqui debitar trampa por obrigação, antes por inspiração. Aliás, ninguém diz aos bandidos de La Quadrilha o que fazer, nem tão pouco quando o fazer. Nós fazemos o que nos dá na real gana! – sim, gajas incluídas (não, Black Bart, nem todas!).
Vamos sarar as feridas como sempre fizemos: com um assalto-repasto num qualquer restaurante já no próximo fim-de-semana. Que me dizem, seus celerados miseráveis?!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O principio do Fim...




















Caros bandidos, companheiro, comparças, compinchas, escumalha,

Venho falar-vos numa altura de crise, que ameaça abalar os pilares desta nossa corrente (não a que nos aterroriza os sonhos nos quais, depois de encarcerados pelos crimes cometidos, temos de partilhar a cela com alguém que teima arfar-nos o camgote, com um bafo aperfumado pelo fedor da carie que habita o ultimo dente que se lhe figura no piano)!! Os ideias que nos unificavam outrora parecem agora levantar questões de interpretação que conseguem, por incrível que pareça, violar até a nossa falta de ética e moral!!!

O ponto a que chegámos mui me entristece. Um ponto em que não mais são as diarreias mentais, os furtos qualificados de ideias alheias, os seios profusos de uma qualquer gostosona, “nossa senhora”, “auuuaaauuuuaauuuuuuuu” com que o ilustre Cactus Jack nos presenteava, que ocupam este espaço cibernâutico. O espaço ludo-didáctico foi tomado por uma guerrinha interna, onde parece haver necessidade de dividir os elementos fora da lei em “bons” e “maus”.

Não vamos estar com lérias. Pois para os mais assíduos visitantes e colaboradores desta edição mentecapta trocar “Black Bart” por uma letra do alfabeto e mais um conjunto de calunias e atuardas que só visam incendiar e instigar a desordem, e manchar o meu precurso que já tantas alegrias nos deu, não irá de certo resolver tudo. A questão aqui é de fundo! De raiz! E precisa de medidas drásticas com objectos cortantes ao nivel da genitália de certo e determinado indivíduo. Mas deixo isso para outra altura. Não é tempo de ajuste de contas. É sim tempo de ponderação.

E depois de muito ponderar (e o meu erro poderá ter começado justamente por ai...quem me manda a mim activar aquilo a que os entendidos chamam de rede de sinapses...) sinto que a minha contribuição para este projecto chegou a um fim. Saio triste mas a tempo de sair de queixo erguido, a saber que não mais quis contribuir para a destruição desta nobre forma de estar na vida.
Assim como se poda um arbusto, cortam-se aqui uma folhitas para que o mesmo volte a transpirar saude (pena que seja a folha mais promissora a sair mas que se lixe...).

Caríssimos, estimo que vos fodeis!!!

“30 tequilhas em rameira casmurra,
Tanto bate até que... se escancara toda ao ponto de se lhe ver a glote pela abertura natural do meio das pernas!”

Os Princípios da Bandidagem! (ou a resposta ao Cactus Jack)


Se há actividade que não se compadece com regras, obrigações ou vínculos de outra espécie, essa actividade é a bandidagem!
The way I see it, são poucos (mas bons!) os princípios que nos orientam, a nós bandidos na demanda pelo gado. Esses princípios, que mais do que princípios poderiam ser elevados a uma categoria superior, quiçá ao nível de um imperativo categórico kantiano (isto sou eu a tentar mostrar que, não obstante o orgulho de pertencer à classe de tão reles bandidos, tento espalhar, aqui e ali, um pouco de magia e cultura para que os visitantes do nosso versátil pasquim possam beber todo o tipo de néctares da sapiência).
Assim, a máxima pela qual todos nos regemos é “roubarás, mentirás, ludibriarás, enganarás, e farás tudo o que for necessário para tresmalhar gado, excepto desrespeitar os teus colegas bandidos!” Julgo que, mais coisa menos coisa, será isto – caros colegas bandidos, sintam-se à vontade para emendar a mão, sugerir alterações ou retoques (embora isso fosse um pouco abichanado...).
Ainda que a máxima possa ser objecto de discussão, o que julgo ser incontestável é que a bandidagem é uma arte livre, comprometida apenas com o desígnio máximo tão bem postulado no sub-título deste blog. A bandidagem é uma arte que vive do timing, da situação e, por que não, da inspiração.
Por mim falo (estou a falar, não se metam com merdas!) quando digo que não sinto a obrigação de vir aqui partilhar todos os meus presságios de bandidagem convosco. Aliás, invejo a profusão de trampa que sai do teclado do Cactus que mais parece o tiro de rajada de uma Tommy Gun! Meu caro, alvíssaras para ti! E até proponho um título ad hoc para tão valiosa contribuição, a Bala Joaquina (estenógrafa do tribunal de Freixo de Espada à Cinta que, de nada ter que fazer e de ser um daqueles bagulhos que ninguém toca, treinava a técnica profissional a toda a hora, de tal modo que se tocava com dedos vários, como quem transcreve o testemunho do Carlos Cruz em sede de processo Casa Pia).
Ora, eu tenho este espaço como um saloon! Aqui a malta encontra-se, manda uns tiros, partilha uns copos, e depois vai para a rua assaltar bancos, arrombar cofres, roubar senhoras desnudas! Eu vou ao saloon quando tenho coisas para partilhar, não passo por lá todos os dias só porque sim. Aliás, qualquer ida ao saloon vestida no manto da obrigação não tem qualquer graça.
Para concluir, entendo que todos nos devemos reger pela máxima da bandidagem e que este saloon deve estar aberto para os bandidos que o querem frequentar, quando o querem frequentar. Isto sem prejuízo de bandidos que não bebem (aqui, falando metaforicamente porque todos sabem as capacidades de armazenar líquidos que ostenta o ex-bandido Síndrome) virem a ser impedidos de frequentar o saloon por não pagarem o dízimo.
Caro Cactus, não te excites. Este pasquim é volátil, mas não pára de crescer!

Comunicado de Imprensa # 1


Foi com manifesto desgosto que descobri que o ajuntamento de bandidos que compõem este sítio de folgança e renites alérgicas não estão em sintonia com aquele que deverá, no meu modesto entendimento, ser o espírito de exposição, partilha e auto-crítica deste projecto. Verdadeiramente, para aqueles que compõe este agrupamento de facínoras, a utilização desta ferramenta sempre teve o intuito de nos ajudar a divertir, ao mesmo tempo que se proponha demarcar da banalidade e da mediocridade que impera no universo blogosférico, e outrossim do cinismo do mundo lá fora, com uma extensão daquela que é (ou era) a nossa filosofia de vida, com achincalhanços e rotinas de sátira diárias muito pouco maldosas que entendemos, em conjunto, dever e poder partilhar com a orbe. Efectivamente, a adenda que tive de fazer à entrega dos Prémios Bala 2008 (ali mais abaixo), mormente com a passagem para o anonimato de identidades que nem ao menos são conhecidas para aqueles que perdem o tempo a ler-nos, deixou-me… qual a palavra?... fodido, é isso! Um projecto faz sentido enquanto todos caminhamos no mesmo sentido. Ora, quando descobrimos que tal não é o caso, os alicerces da própria construção que se projectou estão, pois, em crise. Assim sendo, gostaria de medir o pulso àqueles que compõem este projecto para que digam, de sua justiça, se este projecto é para manter ou se o decepamos antes mesmo de completar um ano. Falem, caralho!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Import/Export # 6: O melhor excerto de 2008 é de leitura obrigatória!


Na senda das coisas boas que rapinamos aos outros sem lhes dar cavaco, cá vai mais uma que foi, muito sinteticamente, definida na Pastoral Portuguesa como o melhor texto de 2008. É um texto muito curtinho, mas acutilante, brilhante (!) e convenhamos handful!
Deliciem-se, seus beldroegas blogosféricos:
«O JM, blogger da minha particular estima, tem que perceber uma coisa: a minha opinião é sempre a da última coisa que li ou ouvi. Naturalmente que depois de ouvir o que o JM me propõe vou absorver essa visão das coisas e fazê-la como minha. Até que leio ou ouço a opinião seguinte, altura em que me transfiro para lá de corpo, alma e convicção. Notar que não há evolução de uma opinião para outra: há substituição pura e simples. No fundo, a minha pessoa é um conjunto de opiniões paralelas que se revezam com o tempo, e que nunca se comunicam. O trabalho e eventual sucesso de me educar para uma determinada causa tem mais a ver com o timing que com a inteligência da construção cognitiva que me é apresentada. Mas, em todo o caso, apreciou-se o esforço. Vou expor-me à proposta do JM lá para o fim da tarde, altura em que escreverei um post a dizer que o JM tem toda a razão.»

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Boladas


Quando o Benfica ganha diz-se à boca cheia que 6 milhões de portugueses rejubilam e que, no dia seguinte, o país trabalha com mais alegria. Se isto é verdade ou não, confesso que não sei - o meu pai e os milhões de pelinhos supérfluos que compõem o seu farto bigode ficam e bastante (!) -, mas que este jornal desportivo exulta com as vitórias do SLB, ai disso não haja dúvidas! E desta feita, o título não parece falar do que se passou em campo ou tampouco da percepção daquele que será o estado de espírito da equipa, mas tão-somente do sentimento que se vive na equipa de redacção d'A Bola.
Nota final: Como bem dizia o maradona, n'A dieta Rochemback, em dias de vitória do SLB este é, indubitavelmente, o jornal mais feliz do mundo!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Prémios Bala 2008



PRÉMIO BALA DE OURO 2008

O Prémio Bala de Ouro só foi descoberto no terminus do presente ano, com o fantástico feito alcançado pelo Bandido X (sim, este nome teve de ser ocultado para não ferir susceptibilidades ou lá como se chama a estas mariquices) que, à força da(s) bastonada(s) em baliza(s) alheia(s), logrou arrebatar um título há muito perseguido por estes miseráveis militantes desta igualmente miserável Quadrilha. Falo, como julgo ser óbvio para o enrabichado leitor que vai seguindo o emparelhar de disparates neste estamine de alarvidades, da Pinillada – o que, muito resumidamente, e aproveitando a estupenda descrição do bandido Dark Helmet, consiste na analogia daquilo que o homem que emprestou o seu nome a tão cobiçado troféu fez, já lá vão para cima de oito anos, ao serviço do SCP, se bem que com algumas particularidades, ou seja, neste caso o bandido tem de marcar golos (leia-se bastonadas de força, taroladas ou encavadelas) em 3 campos diferentes (leia-se cricas, iogurteiras ou patarecas) durante as 24 horas de que dispõe. A standing ovation e a entrega do troféu que vai encomendado (assim ao jeito dos cinturões do wrestling, cuja imagem ao lado é francamente aproximada, é de uso obrigatório nos próximos 6 meses) ficam agendados para uma data futura que se espera oportuna. Alvíssaras ao Bandido X!! Urra! Zurra! Burra!


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PRÉMIO BALA DE PRATA 2008

O Prémio Bala de Prata foi, também ele, alcançado nesta recta final para a atribuição de tão aguardados galardões e vai para o Bandido Y (que, muito infelizmente, e numa atitude de cobardia muito pouco consentânea com o estatuto de bandido e homem que, ainda!, vai ostentando, impediu a divulgação do seu nome). No cerne desta escolha por parte do júri deste certame está aquilo que pode, muito sucintamente, definir-se como o derradeiro brilhantismo na arte do saquete e que se cifra no apuramento estético supremo com o amanho duma frondosa protuberância pilosa na zona que medeia a zona a sul do cabo do nariz e a zona imediatamente a norte do lábio superior (um bigode, caralho!) e com este instrumento partir à conquista de fêmea(s) e, outrossim, o que vier à rede/parede. O dito Bandido Y não só logrou adquirir, a expensas suas e do seu ornamento, uma fêmea como a trabalhou em local impróprio, público e muito pouco asseado. Por tudo isto, o Prémio é-lhe entregue e manifestamente merecido. Já foste grande, oh Bandido Y, mas agora és só uma gaja com pêlos nas pernas e demasiados caprichos!

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PRÉMIO BALA REDEX - LUBRIFICANTE PARA CARROS, MOTOS E BARCOS 2008

Este Prémio, equivalente bandital ao Bidão de Ouro do Calcio, vai entregue ao Bandido Síndrome (entretanto expulso das lides deste pasquim de folgança por inutilidade superveniente na contribuição) pela sua manifesta desadequação, despreocupação e desconcentração na suprema arte da bandidagem. O referido bandido não logrou nenhuma conquista digna de registo e, não rara vez, deprimiu tudo e todos pelo constante manejo daquela que é a sua derradeira arte: a bipolaridade, com um sem número de episódios que esgotariam as linhas que vão disponibilizadas para este certame galardoante. Ainda assim, julgo não restarem dúvidas que o seu contributo com estupidezes e palermices gritantes permitiram grandes e boas galhofadas de riso ao colectivo de meliantes que compõem este bando, pelo que aqui vai a felicitação grupal, não obstante o prémio ter mesmo de lhe ser entregue.

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PRÉMIO CARIDADE 2008
Este Prémio, que vem desmistificar um pouco da imagem que foi sendo construída ao longo dos últimos três séculos pela Comunicação Social e por velhas alcoviteiras, visa agraciar o Bandido Y (que, também a este propósito, e com receio de ser mal-falado, pediu para que a sua identificação não fosse conhecida, assim logrando completar a metamorfose através da qual abraçou a plenitude do género feminino) pela sua prestimosa e benemérita actuação ao longo do ano de 2008, mormente pela distribuição de (bastantes!, diga-se em abono da verdade) sorrisos nas caras de algumas dançarinas de kan kan e outras bailarinas de circo que, não tendo sido bafejadas pela beleza ou por uma manifesta graciosidade nas curvas capazes de dar alento a um mineiro ao cabo de 36 horas de escavação nas minas da Panasqueira, foram animadas pelo desempenho deste bandido que, com os olhos postos na filantropia e outrossim nos umbigos alheios, aceitou pôr de lado os seus próprios desejos e, qual Calouste Gulbenkian, lá foi favorecendo as menos favorecidas(pela futilidade do palminho de cara) e assim fazer do mundo a better place to live (para as menos abençoadas).
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Para o ano temos mais...!