quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Import/Export # 149: A felicidade está nas coisas simples... e pronto!!

«Quando tinha 14 anos, esperava ter uma namorada algum dia.
Quando tinha 16 anos tive uma namorada, mas não tinha paixão. Então percebi que precisava de uma mulher apaixonada, com vontade de viver.
Na faculdade saí com uma mulher apaixonada, mas era emocional demais. Tudo era terrível, era a rainha dos problemas, chorava o tempo todo e ameaçava
suicidar-se. Então percebi que precisava de uma mulher estável.
Quando tinha 25 encontrei uma mulher bem estável, mas chata. Era totalmente previsível e nada a excitava. A vida tornou-se tão monótona, que decidi que precisava de uma mulher excitante.
Aos 28 encontrei uma mulher excitante, mas não consegui acompanhá-la. Ia de um lado para o outro sem se deter em lugar nenhum. Fazia coisas impetuosas, que me fez sentir tão miserável como feliz. No começo foi divertido e eletrizante, mas sem futuro. Então decidi buscar uma mulher com alguma ambição.
Quando cheguei nos 31, encontrei uma mulher inteligente, ambiciosa e com os pés no chão. Decidi casar-me com ela. Era tão ambiciosa que pediu o divórcio e ficou com tudo o que eu tinha.
Hoje, com 40 anos, gosto de mulheres com mamas grandes. E pronto!!»
by Luís Fernando Veríssimo

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Import/Export # 148: A circunferência do quadrado

 
"A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir. Não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês - basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir. (...)
Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. Houve, assim, um comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia. (...)
A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável.
Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção.
Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo e tem responsáveis conhecidos.
Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público-privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.
Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia/[vive]."

by António Costa in "Quadratura do círculo"

sábado, 26 de janeiro de 2013

Import/Export # 147: Ainda dizem que as equipas B não funcionam...

"Só do Porto B já subiram à equipa principal o Moutinho, o Varela, o Izmaylov e o Liedson."
 
by Gordo in blog "Gordo vai à baliza!"

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A frase da semana # 103


"É preciso que se resista à tentação de embarcar num frenesim de reformismo agudo, precipitado, faccioso e de vistas curtas. Não pode ser feito a correr só para inglês ver."
 
by Jorge Sampaio

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A frase da semana # 102

 
"Os tribunais são hoje os cobradores de fraque das grandes empresas."
 
by Noronha de Nascimento (presidente do STJ)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Import/Export # 146: O ano de 2013



"Quando o primeiro-ministro prometeu que, para o ano [de 2013], todos iríamos beneficiar de novas oportunidades, fiquei com a sensação de que, em 2013, o País ia ser um lugar de sonho, em que toda a gente conseguia usufruir de condições excepcionais para subir na vida. No fundo, que o Portugal do ano que vem seria para os portugueses o que o BPN da última década foi para aqueles amigos do Presidente da República. Por isso mesmo, a promessa não me entusiasmou. Gozar daquele tipo de benefício pode ser agradável, no início, e até render milhões, mas depois sabemos como tudo acaba: olhe-se para as dezenas e dezenas de implicados no escândalo do BPN, para as fortunas que tiveram de devolver, para as duras penas de prisão que estão a cumprir. A esse preço, ninguém deseja ser bem-sucedido na vida."

by Ricardo Araújo Pereira in revista Visão

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A frase da semana # 101



«Como qualquer amante [do programa] Top Gear, sei que os Alfa Romeo são perfeitos, apesar de estarem sempre na oficina. Sim, embora passem temporadas inteiras no estaleiro, os Alfa Romeo são o coração da indústria automóvel. No fundo, os Alfa são obras de arte, peças de museu e não meros instrumentos para usar na estrada. Lembrei-me desta Jeremyada durante o jogo de domingo. O nosso Pablo Aimar é o Alfa Romeo da bola. Pablito está sempre no estaleiro, mas não deixa de ser o maior por causa disso.»

by Henrique Raposo in jornal Expresso (08.jan.2013)

Import/Export # 145: Faltam cavacas!!

«O Presidente da República, na sua mensagem de Ano Novo, disse aos portugueses tudo e o seu contrário, contando com isso ficar bem com Deus e com o Diabo. Tanto disse que as medidas aplicadas pelo governo, em 2012, criaram um país “socialmente insustentável”, como disse que “não é uma opção negociar o perdão de uma parte da dívida do Estado”. Tanto disse que tinha “fundadas dúvidas” sobre a constitucionalidade de algumas normas do orçamento, como o promulgou para que pudesse entrar em vigor no início do ano. Cavaco Silva tanto alertou para a “espiral recessiva” sem fim à vista, em que o governo mergulha o país, para, de imediato, formular o vago desejo, talvez por crença em milagres, de que “se inicie um ciclo de crescimento da economia.” (...)
Este governo é perigoso, não só porque tem por objectivo destruir a economia e empobrecer os portugueses, mas porque revela uma cultura antidemocrática e revanchista sem precedentes na democracia portuguesa. Fez mal o Presidente da República, nestas circunstâncias, em ter sacudido a água do capote na sua mensagem de Ano Novo.»

by Tomás Vasques in jornal i (07.jan.2013)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Jorjadas # 1

 
JJ - "No final da época saio... estes benfiquistas são mal agradecidos... já lhes dei 2 títulos e eles continuam sem gostar de mim!"
X - "Mas... foi só 1 título..."
JJ - "E o deste ano?! Está no papo!"
 
Jesus e a sua tradicional (e irritante) bazófia...!
Resumindo: mais um campeonato cu'caralho!!
 
Roubado ao blog "Gordo, vai à baliza" onde o B. garante que a conversa existiu mesmo. 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

La Radio de La Quadrilha #2

Em onde de balanço do ano que passou, temos o segundo episódio de La Radio de La Quadrilha, com o melhor de 2012.

Enjoy

(ou, para download, aqui)