quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eu gosto é de jogar "àpanhada"!!



Tenho saudades de jogar “àpanhada” e apanhar os outros. Ando fartinho de apanhar. Da vida (em sentido metafórico) e nas orelhas, cortesia da minha mãe (em sentido literal). Também tenho saudades de me esconder e de ninguém me encontrar durante dias a fio. Era muito forte no jogo d’apanhada. Tanto ou tão pouco que, uma vez, os meus pais tiveram de lançar apelos públicos e pôr o Grupo Operacional Cinotécnico da PSP no meu encalço e, nem assim, me conseguiram apanhar. Só quando o Popas, um cocker spaniel paneleiro da vizinhança, foi passear é que deram comigo, de cócoras (que os problemas de costas não são de hoje) numa garagem a 32 km de distância do ponto de partida, e aquele patife do Popas era doido por fezes humanas e, outrossim, por pensos higiénicos usados. Continuo a achar que aquele canídeo passou ao lado duma grande carreira no submundo do crime, fosse atrás de bufos borrados, fosse atrás de quengas foragidas menstruadas. E aquele foi, muito provavelmente, um dos maiores banquetes da vida do Popas e, acto contínuo, um dos maiores desgostos da minha (então, ainda, curta) vida, que percebi, a reboque de lambidelas ferozes nos meus destapados tornozelos (que fizeram ferida e tudo) que ninguém consegue engolir pra dentro fezes durante mais de 6 dias seguidos e eu tinha pretensões a medalhas nos campeonatos do mundo e assim no jogo d’apanhada e essa merda caiu toda por terra (literalmente) muito por culpa da medalha que deixei nas cuecas naquele fatídico dia – já noite. Enfim, tenho saudades de poder fazer coisas de garoto, que agora me estão vedadas e se eu as quiser fazer tenho de largar a casa onde moro e “andar ao cartão” e responder ao nome Canito ou outro nome composto e dormir ali por baixo daquele viaduto que fica ao pé do Lux e que toda a gente usa para fazer inversão de marcha. Seja como for a minha casa também não veda assim tão bem, que no Verão parece o crematório do cemitério de S. João e no Inverno parece a zona dos frios do Lidl de Alvalade. E por falar em cemitério e em Alvalade…!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Assaltos Musicais #2













Para quem aprecia covers pelo original ou pela interpretação ou ainda para quem não compreendeu a sua função, aqui fica uma bela transformação de um hit dos anos 80 numa sensual música de 2010. Bela reinterpretação, bela harpa, belo compasso! Addicted to love by Florence Welch and her Machine:
Florence and The Machine - Addicted to Love (Robert Palmer cover)

Import/Export # 42: Dos benefícios de natureza fiscal



[...]
Manuela Moura Guedes encontra-se de baixa há muitos meses. Enquanto estiver de baixa, a Segurança Social paga-lhe 80% do ordenado que receberia na TVI, mas o montante que o Estado deposita na sua conta não está sujeito a IRS. Feitas as contas, a Sra. Guedes fica a ganhar mais se for passear para a beira-mar do que se estivesse enfiada nos estúdios de Queluz de Baixo.

in blog Câmara Corporativa (www.corporacoes.blogspot.com)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Uma modelo colombiana cheiiiiinha + Um urso de peluche = Violação (dos direitos dos animais)



Pobre ursinho...!
Aqui fica o repto para que a WSPA (World Society for the Protection of Animals) venha a terreiro condenar este claríssimo abuso animal e (se possível) punir esta prevaricadora ao jugo cego e destemperado (de testosterona) dum urso de verdade. Ou dum bandido cujo primeiro nome comece pela letra "C" - o que, para a causa (punitiva) proposta, vai dar ao mesmo.

domingo, 26 de setembro de 2010

Assaltos Musicais #1

Face às acusações de fraca colaboração na bandidagem colectiva de que tenho sido alvo, resolvi criar a bela rúbrica de assaltos musicais, que revelará surrupios mais ou menos autorizados à propriedade intelectual alheia por talentos reconhecidos do panorama musical.

Deste modo, para dar início a esta mostra, apresenta-se a capacidade renovadora dos Vampire Weekend, em Everywhere dos Fleetwood Mac:
Vampire Weekend - Everywhere (Fleetwood Mac cover)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Import/Export # 41: Sou genial, caralho!



Assinalando o desaparecimento dum dos melhores blogs que tive a oportunidade de ler, e em linha com aquilo que são considerandos muito pessoais (e acertados) sobre a minha própria pessoa, sou de vos trazer um texto dum blog defunto (a saber, "A cena dos outros") que acaba por descrever a maneira como eu próprio me vejo mas que, por razões de modéstia, não posso dizer (assim de forma tão aberta) de mim mesmo. Por essa (e por outras razões) sou de aproveitar o texto que de seguida vos transcrevo (sobretudo a parte final do dito) assim logrando fazer um auto-elogio duma forma mais subtil. Ora, como sei que serei bem sucedido no propósito que lancei, aqui segue o referido:

«Um gajo está ressacado há quase 3 dias, o que não é normal, como não é normal um gajo ter sangue nas fezes ou tomate ou uma merda assim estilo vermelha, que já fui ao médico e tudo, mas o gajo diz que é laringite e eu começo a desconfiar que o gajo não é médico, mas um padeiro ou um gajo qualquer que tem de vestir de branco, isto porque acho que não é preciso arregaçar a pilinha para ver se um gajo tem apendicite e sobretudo verter fermento para cima dela, que seca a cena toda e depois as gajas pensam que um gajo não se lava e isso e vão logo contar ás mães, que depois contam aos pais, que depois contam ás tias, que depois contam ás primas, que depois contam a uma cigana que encontram na feira aquando da compra de uma dúzia de peúgas por dois euros, que é um granda negócio e ainda traz uma pedra de haxixe contrafeito lá dentro com o nome “traxixe” e ás tantas um gajo já está a ser mencionado pela gaja no microfone no intervalo de um bem mandando “aproveitem hoje que a cigana está maluca…” e o pior é que deve estar mesmo porque tem o microfone colado ao bucho com fita adesiva e uma criança no colo, que dá para ouvir a criança a peidar-se ao pé dos carrinhos de choque, onde passa o “no limits” dos 2 unlimited, que é mesma cena que os strokes terem uma música chamada “I’m feeling deezy … Call an ambulance”, esta piada foi genial e se houvesse um hall of fame de piadas devia estar lá, logo a seguir ao Rachid, o circuncisado, que era um rei árabe que apenas queria foder melhor e foi traído pelo devir dos tempos. Sou genial… Não se riam… Estou a falar a sério... Tenho documentos… Não se riam, caralho!»

Alfinetando o vizinho. Outra vez.

O Sporting Clube de Portugal - nem sei bem se é assim que se escreve, ou se será, ao invés e aceitando a sugestão trazida pelo primeiro nome tão tipicamente português ("Sporting"), Sporting Club du Portugal, o que traria ainda mais elitismo a este club da alta roda - continua na senda da já referida "belenização"*, pelo que sou de lançar uma sugestão que pode, concomitantemente, ajudar o relvado do estádio (tantas e tantas vezes acusado de ter má qualidade - seja porque o sol não o malha como devia e não seca, seja porque seca demais, seja porque é pouco (ou muito) ventoso, seja porque não está estrumado em condições) e ajudar a salvar as contas do club.
Ora, a ideia consiste - como a imagem infra melhor descreve - em remodelar o estádio de Alvalade, fazendo com que este se adapte a novas formas de financiamento (e outrossim de estrumagem), permitindo que os automobilistas que, todos os dias, sofrem com o engarrafamento na 2a circular (mormente aqueles que têm miúdos pequenos - que, bem se sabe, abusam nos refrigerantes o que, aliado às suas diminutas bexigas, faz com que precisem de mudar a água às azeitonas a cada 20min), possam acorrer àquele local tão central e, a troco duns trocos, ali possam despejar os litros de coca-cola sorvidos no recreio ou a alheira com ovo estrelado do almoço.
É ou não é uma extraordinária ideia?!



*O processo de "belenização" foi já, no passado e em linha com a tradicional genialidade do autor que assina este (e outros) texto(s), referido em tempo oportuno, sendo que o texto onde o mesmo pode ser encontrado se encontra num dos disparos de meados de Março deste ano. Ou Abril. É pesquisar, porra!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quem é o maior?!

Durante anos fui assaltado pela mãe de todas as questões: Quem será o maior dos maiores?! Anos e anos a fio de pesquisa permitem-me, agora, afirmar, com um elevado grau de certeza, que o maior dos maiores é um garoto com pouco mais de 7 anos (natural da Conraria ou outro sítio que o valha) e que responde ao nome de Ricardo. Uma categoria...!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Descubra as diferenças # 5: Bettencourt vs L.Nielsen



Ajuda do estupendo autor: A diferença não está nas vestes que envergam, nem na peruca branquinha que ostentam impecavelmente penteada. A diferença está no sentido de humor (mais apurado no primeiro exemplar).

Alfinetando o vizinho



A propósito do Relatório e Contas do Sporting Clube de Portugal, a reboque dos 400 mil euros que o seu Presidente ganha por ano (em ordenados pagos pelo clube e nos milhares de euros que dá a ganhar aos amigos(as)) e chegados aos mais de 3 milhões de euros, mais uma letra de 400 mil euros, devidos ao SC de Braga só me aprage dizer uma coisa a este senhor: PAGA O QUE DEVES, MALANDRO!!!

Oh Roberto, tu faz atenção!!!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Import/Export # 40: Como D. Maria, a Casa Pia



«Os seis condenados da Casa Pia vêm engrossar a chorosa lista de inocentes de que, como se sabe, estão cheios tribunais e cadeias de todo o Mundo.
Até ver, e dependendo do resto do processo, a principal diferença entre os inocentes da Casa Pia e alguns dos outros inocentes (assassínos, violadores, assaltantes) é que estes não aparecem nas TV's a fazer queixa dos juízes aos Exmos. Srs. Telespectadores nem a sua condenação (por crimes que, obviamente, nenhum deles cometeu) faz "aterrar" sobre a Justiça o apocalíptico Reino das Trevas (ou, ainda pior, das "Trêvas").
Como os demais "inocentes", os da Casa Pia irão "até ao fim" do Universo, da Física e da Metafísica para obter a condenação dos juízes que os condenaram e, se não for pedir muito, das vítimas que lhes "fizeram mal".
Ora quis o acaso objectivo que, no mesmo dia da sentença da Casa Pia, passasse na RTP um filme em que, a certa altura, John Turturro é metido na cela onde está Schwarzenegger e faz as apresentações perguntando imediatamente: "E tu? Estás aqui inocente de quê?".
"Maravilhosos acasos, aqueles que agem com precisão", diz Bresson.»

by Manuel António Pina in Jornal de Notícias (06.09.2010)

Let´s Play

Mas porquê? Mas porque é que as nossas brincadeiras de miúdos não continuam na idade adulta?
Aclamado leitor, não estou a tentar comparar infâncias, as dos meus avós, as dos meus pais, as minhas, as dos meus colegas mais novos, a dos filhos dos meus colegas, etc. Prendo a minha atenção em actividades de infância que não prolongam a sua duração, o tempo que perdíamos com elas quando chegamos a adolescentes/ jovens adultos.
Sim, sim, a playstation é muito catita e até é porreiro passar umas noitadas com a malta a beber cerveja e a jogar PES2010, onde a qualidade do jogo vais decrescendo à medida que o nível do tanque de cerveja interno vai aumentando. Mas ainda não é esse tipo de jogos a que me refiro. Também não é jogar à apanhada, ou às escondidas, se bem que muita gente ainda o faz… Correr atrás de um filho que anda perdido no centro comercial, esconder-se para não ter de ir mudar a fralda à criança que já tem mais de 3 meses (para quem não sabe, as fezes dos bebes só começa a ter “aquele” odor por volta dos 3 meses, que é quando o “pikeno” começa a ingerir alimentos de estado original sólidos, mas obviamente transformados em papa). Depois deste momento realmente informativo, passo ao que interessa.

Lembram-se do Bate Pé? Do Quarto Escuro? Verdade ou Consequência? Entre outrossim simpáticos, digamos!
O que é jogar qualquer um destes jogos com menos de 12/13/14 anos? É dar um chocho, é apalpar uma mamoca que será mais pequena que uma bola de ping-pong, é encontrar uma rapariga no escuro e só apalpar os braços, é saber a verdade que ela gosta do Zé… Há aqui uma infinidade de criancices que podem ser referidas.
Mas o que seria jogar estes mesmos jogos agora, com idades superiores a 25?
Bate Pé! Comecemos por aqui, em vez do referido chocho seria uma lambidela de busto, uma humidificação através do tacto, um atear do estandarte com a mesma fórmula.
Quarto Escuro! Teria de ser na sala, porque o quarto já é pequeno para nos escondermos, mas isto é só uma pequena observação. Era encontrar alguém e, de facto, ter piada apalpar os seios alheios com gosto, de mão cheia, e ficar a tentar perceber a quem pertencem (claro que a descoberta é feita nos primeiros 10 segundos, mas ficar lá a mexer durante largos minutos só pelo gozo da coisa!), é sentir o nalguedo feminino até… nos apetecer, não importa de facto descobrir quem será; é ser uma rapariga à procura e descobrir-nos só pelo tamanho e dureza do bartolo, é reconhecer um gemido de prazer enquanto procuramos, tactilmente, provas de quem será pelo deslizamento de dedos por entre os lábios - que não os da boca!
Verdade ou Consequência! Como a verdade é sobrevalorizada, passemos para as consequências. Seria fazer o gosto à língua, fazer uma dos seios fartos para dar azo a umas belas espanholadas, mandar umas pinocadas valentes só porque sim, aviar “umas encomendas” tendo como destino o belo do pacote!

Estes jogos e estas ideias só apenas uma ponta do iceberg no que toca à potencialidade de prazer que estes jogos da nossa infância podem produzir quando jogados numa idade mais avançada, chamemos-lhe idade interessante para o efeito.
Podem sempre opinar com outras sugestões!



by Xalo in http://aquelenome.blogspot.com/

Import/Export # 39: Serendipity



«Uma vez que as pessoas que costumeiramente partilham comigo o quarto a tais horas da noite não possuem inteligência suficiente para produzirem aforismos (regra geral ficam-se pelos ditongos, compensando a pobreza intelectual do discurso no volume: tanto do som como das tetas), fiquei convencido de que tinha o espírito do La Rochefoucauld a assombrar-me a casa.»

by Príapo in http://priapoblog.blogspot.com/

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Standing on the shore



Era médico cirurgião no Hospital da Luz e profeta na Igreja Maná. Um dia, cansado de cirurgias corriqueiras, operou um milagre.